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Divulgar o desporto adaptado é o principal objectivo da exposição
“Chamar a atenção para as pessoas com deficiência para a prática do desporto”. “Chamar a atenção para as pessoas com deficiência para a prática do desporto”.
É esta a intenção de Hélder Fernandes, atleta paraplégico e atleta de meia maratona, com a exposição que está patente no Parque Atlântico, desde do dia 26 de Janeiro até ao próximo dia 1 de Fevereiro.
Expostas estão cadeiras de rodas para ténis e atletismo, fotos alusivas ao desporto adaptado, troféus, entre outros.
A iniciativa da exposição partiu de Hélder Fernandes, que contou com o apoio daquele estabelecimento comercial, isto porque “sei que muitas delas não têm conhecimento do diverso leque de actividades desportivas adaptadas que existem cá na ilha”, explica.
“Existem apoios para as diversas modalidades do desporto adaptado, mas faltam atletas e no fundo pretendo que as pessoas façam alguma coisa por elas. Não pensem que são uns coitadinhos. Desde que entrei nesta modalidade fiz muitas provas em Espanha. A troca de experiências e conhecimentos é muito bom”, realça Hélder Fernandes, que pretende ainda mudar mentalidades das pessoas com deficiência porque algumas ainda “têm um pouco de medo de saírem, vergonha, outras acredito que seja por causa dos próprios pais. Quero mudar essa tendência”.
Como referido, a exposição foi inaugurada na passada segunda-feira e ontem decorreu uma conferência de imprensa para a apresentação aos órgãos de comunicação social.
Presentes na mesma estiveram, para além do atleta, Rui Melo, coordenador regional do desporto adaptado, José Carlos Cabral, director do serviço do desporto de São Miguel, Nuno Mota, director técnico do Clube de Ténis de São Miguel e João Mota, director do Parque Atlântico.
Na ocasião, Nuno Mota, do Clube Ténis de São Miguel, clube que tem o maior núcleo de ténis adaptado, afirmou que o desporto adaptado é uma realidade muito cara.
“O desporto adaptado acaba por ser mais caro do que os outros porque uma cadeira de rodas custa à volta de 3 mil euros, a de corrida, em 2ª mão, custa 4.500 euros... Esta realidade é extremamente cara”.
Com cartas dadas a nível nacional no ténis em cadeira de rodas, o CTSM conta com oito atletas, entre eles “Paulo Estrela, vice-campeão Nacional e Roberto Moniz, que participa sempre nos nacionais. O Hélder Fernandes, que veio para os Açores há pouco tempo, e uma vez que tinha poucas referências desportivas cá para o desporto adaptado, tentámos levá-lo ao clube para experimentar a modalidade e tem sido um adepto”, disse.
Falta criar uma associação
Por seu turno Rui Melo é de opinião que o desporto adaptado tem “vindo a crescer nos Açores, desde 2003”. Exemplo disso são os 850 atletas existentes, em sete ilhas dos Açores, num total de 25 clubes/instituições.
Isto engloba um apoio por parte da Direcção Regional do Desporto, num valor a rondar os 80 mil euros, e todos os anos surgem campeões nacionais no desporto adaptado nas várias modalidades existentes.
Porém, muito ainda falta por fazer nesta matéria, tal como a criação de associação regional que tutele toda a competição.
“Temos lançado vários desafios a várias entidades por forma a que se crie uma associação e que esta organize, quer o quadro competitivo, quer a formação dos técnicos”, salientou Rui Melo, acrescentando que “existem provas regionais e locais, todos os meses, mas não é aquela competitividade que poderia ter, nem organização, porque não existe um organismo responsável pelo desporto adaptado”.
No entanto, e para a meia maratona de 2009, que decorrerá em Abril, a DRD conta em trazer à ilha de São Miguel 11 atletas do continente por forma a que “este consigam competir com o Hélder Fernandes”. “Neste momento o desporto adaptado tem uma imagem diferente do que era há uns anos atrás, mas temos em perspectiva que pode-se sempre melhor”, finalizou. ||
Fonte:Açoriano Oriental
É esta a intenção de Hélder Fernandes, atleta paraplégico e atleta de meia maratona, com a exposição que está patente no Parque Atlântico, desde do dia 26 de Janeiro até ao próximo dia 1 de Fevereiro.
Expostas estão cadeiras de rodas para ténis e atletismo, fotos alusivas ao desporto adaptado, troféus, entre outros.
A iniciativa da exposição partiu de Hélder Fernandes, que contou com o apoio daquele estabelecimento comercial, isto porque “sei que muitas delas não têm conhecimento do diverso leque de actividades desportivas adaptadas que existem cá na ilha”, explica.
“Existem apoios para as diversas modalidades do desporto adaptado, mas faltam atletas e no fundo pretendo que as pessoas façam alguma coisa por elas. Não pensem que são uns coitadinhos. Desde que entrei nesta modalidade fiz muitas provas em Espanha. A troca de experiências e conhecimentos é muito bom”, realça Hélder Fernandes, que pretende ainda mudar mentalidades das pessoas com deficiência porque algumas ainda “têm um pouco de medo de saírem, vergonha, outras acredito que seja por causa dos próprios pais. Quero mudar essa tendência”.
Como referido, a exposição foi inaugurada na passada segunda-feira e ontem decorreu uma conferência de imprensa para a apresentação aos órgãos de comunicação social.
Presentes na mesma estiveram, para além do atleta, Rui Melo, coordenador regional do desporto adaptado, José Carlos Cabral, director do serviço do desporto de São Miguel, Nuno Mota, director técnico do Clube de Ténis de São Miguel e João Mota, director do Parque Atlântico.
Na ocasião, Nuno Mota, do Clube Ténis de São Miguel, clube que tem o maior núcleo de ténis adaptado, afirmou que o desporto adaptado é uma realidade muito cara.
“O desporto adaptado acaba por ser mais caro do que os outros porque uma cadeira de rodas custa à volta de 3 mil euros, a de corrida, em 2ª mão, custa 4.500 euros... Esta realidade é extremamente cara”.
Com cartas dadas a nível nacional no ténis em cadeira de rodas, o CTSM conta com oito atletas, entre eles “Paulo Estrela, vice-campeão Nacional e Roberto Moniz, que participa sempre nos nacionais. O Hélder Fernandes, que veio para os Açores há pouco tempo, e uma vez que tinha poucas referências desportivas cá para o desporto adaptado, tentámos levá-lo ao clube para experimentar a modalidade e tem sido um adepto”, disse.
Falta criar uma associação
Por seu turno Rui Melo é de opinião que o desporto adaptado tem “vindo a crescer nos Açores, desde 2003”. Exemplo disso são os 850 atletas existentes, em sete ilhas dos Açores, num total de 25 clubes/instituições.
Isto engloba um apoio por parte da Direcção Regional do Desporto, num valor a rondar os 80 mil euros, e todos os anos surgem campeões nacionais no desporto adaptado nas várias modalidades existentes.
Porém, muito ainda falta por fazer nesta matéria, tal como a criação de associação regional que tutele toda a competição.
“Temos lançado vários desafios a várias entidades por forma a que se crie uma associação e que esta organize, quer o quadro competitivo, quer a formação dos técnicos”, salientou Rui Melo, acrescentando que “existem provas regionais e locais, todos os meses, mas não é aquela competitividade que poderia ter, nem organização, porque não existe um organismo responsável pelo desporto adaptado”.
No entanto, e para a meia maratona de 2009, que decorrerá em Abril, a DRD conta em trazer à ilha de São Miguel 11 atletas do continente por forma a que “este consigam competir com o Hélder Fernandes”. “Neste momento o desporto adaptado tem uma imagem diferente do que era há uns anos atrás, mas temos em perspectiva que pode-se sempre melhor”, finalizou. ||
Fonte:Açoriano Oriental