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Literatura: Doris Lessing revela que edita em Maio a sua última obra literária
"Alfred & Emily", romance que tem por base a história dos seus pais e que a autora diz ser o último que vai publicar.
Em entrevista publicada hoje no jornal Daily Telegraph, a escritora revela que "Alfred & Emily" se divide em duas partes, um romance e uma biografia sobre a sua família, que sairá no Reino Unido a 05 de Maio.
Doris Lessing nasceu em 1919, em Kermanshah, na Pérsia (actual Irão), um ano depois da primeira guerra mundial, onde a mãe esteve destacada como enfermeira e o pai foi soldado, tendo perdido uma perna em combate.
Naquela que diz ser a sua última obra literária, ao fim de mais de 50 livros publicados, Doris Lessing ajusta contas com o passado, sobretudo com a sua mãe.
"Odiávamo-nos mutuamente. Se ela pudesse não me tinha escolhido como filha", disse Lessing na entrevista, sublinhando que os seus pais nunca deviam ter casado.
Doris Lessing revela ainda que a guerra moldou-lhe o carácter, ainda que tenha nascido em 1919.
"A raiva que o meu pai sentiu nas trincheiras tomou conta de mim e nunca mais me largou. É como se essa guerra estivesse na minha memória, na minha consciência. Ficou-me a terrível sensação de um mau presságio, de que as coisas nunca podiam ser normais e decentes, como se estivessem sempre condenadas", confessou.
Doris Lessing, 88 anos, foi distinguida em finais de 2007 com o Nobel da Literatura, no ano em que publicou no Reino Unido o romance "The Cleft", que sairá esta semana em Portugal com o título "A Fenda".
No livro, um historiador romano decide recontar a história da Humanidade, partindo dos Cleft, uma comunidade ancestral composta apenas de mulheres, que controlam a natalidade e só têm filhos do sexo feminino até ao dia em que nasce um rapaz.
Lessing diz que se inspirou num artigo científico que defende a teoria de que os primeiros seres humanos terão sido mulheres.
SS.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
"Alfred & Emily", romance que tem por base a história dos seus pais e que a autora diz ser o último que vai publicar.
Em entrevista publicada hoje no jornal Daily Telegraph, a escritora revela que "Alfred & Emily" se divide em duas partes, um romance e uma biografia sobre a sua família, que sairá no Reino Unido a 05 de Maio.
Doris Lessing nasceu em 1919, em Kermanshah, na Pérsia (actual Irão), um ano depois da primeira guerra mundial, onde a mãe esteve destacada como enfermeira e o pai foi soldado, tendo perdido uma perna em combate.
Naquela que diz ser a sua última obra literária, ao fim de mais de 50 livros publicados, Doris Lessing ajusta contas com o passado, sobretudo com a sua mãe.
"Odiávamo-nos mutuamente. Se ela pudesse não me tinha escolhido como filha", disse Lessing na entrevista, sublinhando que os seus pais nunca deviam ter casado.
Doris Lessing revela ainda que a guerra moldou-lhe o carácter, ainda que tenha nascido em 1919.
"A raiva que o meu pai sentiu nas trincheiras tomou conta de mim e nunca mais me largou. É como se essa guerra estivesse na minha memória, na minha consciência. Ficou-me a terrível sensação de um mau presságio, de que as coisas nunca podiam ser normais e decentes, como se estivessem sempre condenadas", confessou.
Doris Lessing, 88 anos, foi distinguida em finais de 2007 com o Nobel da Literatura, no ano em que publicou no Reino Unido o romance "The Cleft", que sairá esta semana em Portugal com o título "A Fenda".
No livro, um historiador romano decide recontar a história da Humanidade, partindo dos Cleft, uma comunidade ancestral composta apenas de mulheres, que controlam a natalidade e só têm filhos do sexo feminino até ao dia em que nasce um rapaz.
Lessing diz que se inspirou num artigo científico que defende a teoria de que os primeiros seres humanos terão sido mulheres.
SS.
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