E380, E420... o que andamos a comer?

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O Es que constam nas listas de ingredientes dos produtos alimentares são perigosos? Devo evitá-los na alimentação do meu filho? A nutricionista Paula Veloso, autora do livro «Dieta sem Castigo», responde.

Os aditivos alimentares têm sobretudo a função de conservar os géneros alimentícios e melhorar as suas características organolépticas (cor, sabor, aroma e textura). Podem ser aromatizantes, corantes, estabilizantes, espessantes, antimicrobianos, intensificadores de sabor, edulcorantes ou outros.

Na maioria dos produtos processados, podemos encontrar no rótulo vários ingredientes com a nomenclatura E qualquer coisa: E220, E300, E420, etc. De vez em quando, surgem não se sabe muito bem de onde, umas listas de E¿s que põem os consumidores em pânico quando entram nos supermercados e constatam que quase todos os produtos processados contêm E¿s¿

Se um ingrediente recebe a nomenclatura E, significa que foi sujeito a testes sobre o seu efeito na fertilidade, teratogenicidade (malformações fetais), carcinogenicidade e mutagenicidade e a um control legal restrito e que, por ser inócuo, foi aprovado e autorizado pela União Europeia.

Só poderá ser usado determinado aditivo, se houver a garantia da sua inocuidade para a saúde. No entanto, esta depende da dose em que é consumido.

As crianças, sensíveis a pequenas doses, podem sofrer consequências do consumo excessivo de alguns aditivos alimentares. Pensa-se que algumas alergias, asma e o síndrome de hiperactividade possam estar nalguns casos relacionados com o consumo de corantes e conservantes.

O monoglutamato de sódio, que é um intensificador de sabor muito usado em restaurantes chineses, está associado a episódios de asma, urticária e ao síndrome dos restaurantes chineses. É desaconselhado a bebés ou crianças muito pequenas. Alguns edulcorantes, como o sorbitol usado em pastilhas elásticas, gomas ou bebidas sem açúcar, em excesso podem ocasionar diarreia.

Mesmo nos adultos, os alimentos processados devem ser consumidos com moderação, uma vez que muitas destas substâncias são testadas há relativamente pouco tempo e que o organismo humano demora muitos anos a adaptar-se a novas situações. Desde que se começaram a fazer testes rigorosos e o controle legal é mais eficaz, muitos aditivos foram retirados do mercado, o que nos dá maior garantia para os que foram autorizados.

Nas crianças, todo cuidado é pouco, por isso, o meu conselho é evitar que consumam alimentos processados industrialmente e que a sua alimentação seja, preferencialmente, o mais «natural» possível, com alimentos frescos, sazonais e de preferência locais e biológicos.
 
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