EDP assinou mais um acordo com a Venezuela

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No último dia da visita a Lisboa, num jantar com empresários, o Presidente Hugo Chávez mostrou interesse em ter mais empresas portuguesas a investir na energia eólica no seu país. A eléctrica nacional assinou um protocolo, que conta também com a participação da Martifer

No último dia da sua visita a Lisboa, quinta-feira à noite, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ainda jantou com empresários portugueses em Oeiras. Um jantar oferecido pelo Ministério da Economia português, no qual o presidente venezuelano fez questão de demonstrar o interesse em ter mais empresas portuguesas em projectos de energia renováveis, nomeadamente eólicas, no seu país, contaram ao DN alguns dos empresários que participaram no encontro.

Um interesse que o embaixador da Venezuela em Lisboa, Lucas Ricón Romero, também tinha manifestado numa entrevista ao DN Bolsa, uma semana antes da visita. "Nós estamos muito interessados em projectos de energia eólica com empresas portuguesas, porque Portugal está avançado na formação de técnicos e engenheiros nesta área", afirmou, na altura, o diplomata.

Mas naquela noite, em Oeiras, só a EDP assinou um acordo com a Petróleos da Venezuela (PDVSA). Um memorando que tem por objectivo o estudo para o desenvolvimento de parques eólicos na Venezuela, confirmou ao DN fonte oficial da eléctrica. O projecto envolve também a participação de outra empresa portuguesa, a Martifer. A mesma fonte não quis, contudo, dar mais detalhes sobre o negócio.

Carlos Martins, o presidente da Martifer, que é um dos maiores players europeus de estruturas metálicas, confirmou o seu envolvimento neste protocolo. Mas admitiu que, se os projectos vierem a avançar, também há a possibilidade de construtoras nacionais entrarem na operação. A A.Silva Matos poderá ser uma delas. Participada do grupo Mota--Engil, a Martifer tem feito nos últimos anos uma forte aposta nas energias renováveis, com investimentos a nível nacional e no estrangeiro. Agora, a empresa prepara-se também para exportar barcos de pescas para aquele mercado sul-americano.

A EDP já tinha assinado anteriormente três acordos, um deles para o desenvolvimento, juntamente com a PDVSA, de parques eólicos fora da Venezuela, nos mercados do Caribe.

A Generg, empresa de energias renováveis, nascida no universo do extinto IPE - Investimentos e Participações Empresariais e hoje participada pela Fundação Oriente, é outra das interessadas em entrar no mercado venezuelano de energias renováveis.

Contactado pelo DN, Carlos Monjardino, presidente da fundação, diz que em Setembro representantes da empresa deslocar-se--ão aquele país para analisar "com calma" as oportunidades existentes.

Reconhece que neste momento há mais interesse da Venezuela em desenvolver projectos de energia eólica. Mas o interesse da Generg estende-se também à energia fotovoltaica.

A petrolífera Galp é outra das empresas que já tem um acordo assinado para o desenvolvimento de quatro parques eólicos no mercado venezuelano.



DN
28.07.08
 
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