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Encontraste um diamante? é teu

xatux

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Garimpeiros por um diaTURISMO

Uma mina de diamantes onde as pedras ficam para quem as encontra? Parece bom de mais, mas há um sítio assim. E os donos do terreno não fazem mau negócio.
Pegue na família e leve-a para o ar livre, dois ou três dias a andar pelo campo. Respirar os grandes espaços, ver plantas e animais, percorrer os campos com olho atento e apanhar algum diamante que esteja por ali pelo chão.
Não, isto não é um sonho.
É mesmo uma coisa que se pode fazer.
E mais: todas as pedras preciosas que encontrar são suas sem mais encargos.
Isto também não é um texto do dia das mentiras.
Passa-se no Crater of Diamonds National Park, nos EUA. É um sítio com regras muito próprias e uma história bem peculiar.
Este afloramento de materiais vulcânicos fica no estado do Arkansas, ali bem perto da terra dos Clinton, Little Rock, e é a única mina de diamantes do mundo com acesso livre ao público.
Num terreno com cerca de 15 hectares, podem encontrar-se famílias inteiras ou pesquisadores solitários a passear de olhos no chão, a escavar com material próprio ou alugado pelos serviços do parque, a peneirar a terra que os responsáveis pelo local fazem questão de lavrar uma vez por mês, sempre que as condições meteorológicas o permitem.
Todos andam à procura de diamantes.
E eles existem, em número que não chegava para sustentar a exploração comercial que chegou a instalar-se por ali, mas, ainda assim, mais do que suficientes para alimentar os sonhos de milhares de garimpeiros amadores. Quando a pressão dos ambientalistas e a reduzida rentabilidade do local afastaram os interesses comerciais, o Estado comprou a terra, por 750 mil dólares, e transformou-a num parque nacional.
Foi em 1972 e, desde então, já por lá foram encontrados mais de 26.000 diamantes, na sua maioria minúsculos.
Mas para cima de sete centenas tinham mais de um quilate (unidade de medida destas pedras preciosas e que corresponde a 200mg). E, destes, alguns são realmente pedras de grande valor (ver caixa). De forma muito resumida, calcula-se que um diamante em bruto possa valer entre um e dez dólares por ponto (a centésima parte do quilate).
Fazendo uma média grosseira de cinco dólares por ponto, os cerca de cinco mil quilates correspondentes aos diamantes encontrados desde que o parque foi aberto ao público valerão qualquer coisa à volta de 2,5 milhões de dólares. Nestes 37 anos, é também esse o número de visitantes que tentaram a sua sorte nos campos da antiga cratera do Arkansas. A 6,5 dólares por adulto (crianças dos seis aos doze pagam 3,5 dólares e os mais pequenos podem garimpar à borla), já para não falar nas despesas de alojamento e alimentação, dá para perceber que este campo de diamantes é uma verdadeira mina, mas de ouro, para o serviço de parques dos EUA?

Os maiores achados
Pesquisador Peso* Ano
W.W.Johnson 16,37 1975
C.Blankship 8,82 1981
B.Lamle 8,61 1978
K.Connel 7,95 1986
M.Dickinson 7,28 1998
T.Dunn 6,75 1975
R.Cooper 6,72 1997
S.Lee 6,30 1988
C.Newman 6,25 1981
J.Fedzora 6,23 1991
*em quilates


NÚMEROS E FACTOS>

O parque dispõe de infra-estruturas de alojamento e oferece um variado leque de opções de entretenimento, desde a pesca aos passeios na Natureza, passando por um parque aquático e visitas guiadas de um dia a outras áreas protegidas.
Pode alugar-se um balde por 2,25 dólares (mais cinco de depósito) e uma pá desdobrável do Exército por outro tanto (dez dólares de depósito). Mas a lista de material disponível é bem mais vasta.
Até Outubro de 2007, foram encontrados no parque 206 diamantes. Durante todo o ano de 2006 foram 488.
Os anos mais generosos foram os primeiros da década de 80 do século XX: 1981 (1324 diamantes/97.490 visitantes), 1982 (1383/71.413), 1983 (1501/87.271) e 1984 (1339/75.883). Outro ciclo profícuo coincidiu com a passagem para a década seguinte: 1988 (1280 diamantes, 75.491 visitantes), 1989 (1277/86.479) e 1990 (1292/67.563). Os anos de 1994 (1421 diamantes) e 1978 (119.844 visitantes) também se destacam.
Lapidado para 1,09 quilates a partir de uma pedra de 3,03, o Strawn-Wagner é o diamante mais perfeito jamais certificado pela Sociedade Americana de Pedras Preciosas. Foi encontrado no parque em 1990.
O Tio Sam, com 40,23 quilates, é o maior diamante encontrado na América do Norte. Foi descoberto em 1924 nos terrenos do que viria a ser o Crater of Diamonds National Park. > Uma equipa de especialistas analisa e certifica as pedras encontradas pelos visitantes. Para além de diamantes (as cores mais comuns são o branco, o castanho e o amarelo), o afloramento vulcânico «fornece» ainda outros 40 tipos de minerais e pedras semi-preciosas.

* Fonte: http://www.craterofdiamondsstatepark.com/
 
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