Nelson14
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"Rés-vés Campo de Ourique"
É uma expressão popular da língua portuguesa que tal como muitas outras tiveram origem na cidade de Lisboa e logo se espalharam de norte a sul do país. Significa em sentido figurado, que algo ou alguém ficou por perto ou à justa de algum obstáculo ou de um acontecimento.
"Rés-vés Campo de Ourique" é uma expressão popular da língua portuguesa para a qual existem algumas explicações plausíveis. Alguns autores afirmam que estará associada ao Grande Terramoto de Lisboa em 1755 que foi seguido de um maremoto, que por sua vez atingiu a cidade e arredores, matando milhares de pessoas. A força do maremoto, segundo as crónicas da época, foi de tal ordem que as águas entraram por Lisboa dentro e chegaram à zona que hoje equivale a parte da Avenida da Liberdade e chegaram, segundo essas crónicas, perto de Campo de Ourique. Foi portanto "rés-vés". Outros atribuem ao facto de com o Grande Terramoto de 1755, o grande Aqueduto das Águas Livres com os seus 35 arcos, ter sobrevivido sem fissuras. Visto ficar situado na junção de duas placas tectónicas do designado Cretáceo Superior (época geológica), muito perto de uma falha sísmica, a de Campo de Ourique. Dai ter sido "rés-vés Campo de Ourique". Outros autores ainda atribuem o sentido da expressão ao facto de no traçado urbano da cidade de Lisboa oitocentista, quando a Estrada da Circunvalação atravessava o bairro de Campo de Ourique, pela mais tarde rua Maria Pia, ficar "por um triz, por pouco, à justa", como parte limítrofe da cidade, generalizando-se a partir daí a expressão nos meios populares de "rés-vés". Outra tese defende que esta expressão surgiu com o carro eléctrico da carreira 24 da Companhia da Carris de Ferro de Lisboa (CCFL), que fazia o percurso entre o Largo do Carmo e Campolide. Este carro eléctrico quase roçava, segundo relatos, na esquina da Real Panificação na rua Silva Carvalho em Campo de Ourique, e um passageiro colocando a mão fora da janela, tocava no edifício, era portanto "rés-vés Campo de Ourique".
historiaschistoria
É uma expressão popular da língua portuguesa que tal como muitas outras tiveram origem na cidade de Lisboa e logo se espalharam de norte a sul do país. Significa em sentido figurado, que algo ou alguém ficou por perto ou à justa de algum obstáculo ou de um acontecimento.
Como exemplos:
"Ao entrar na sala ias deitando o candeeiro ao chão, foi rés-vés Campo de Ourique"
"Hoje ias chegando atrasado para a reunião das nove horas, foste tu a chegar e ela a começar, foi mesmo rés-vés Campo de Ourique"
"Ao entrar na sala ias deitando o candeeiro ao chão, foi rés-vés Campo de Ourique"
"Hoje ias chegando atrasado para a reunião das nove horas, foste tu a chegar e ela a começar, foi mesmo rés-vés Campo de Ourique"
"Rés-vés Campo de Ourique" é uma expressão popular da língua portuguesa para a qual existem algumas explicações plausíveis. Alguns autores afirmam que estará associada ao Grande Terramoto de Lisboa em 1755 que foi seguido de um maremoto, que por sua vez atingiu a cidade e arredores, matando milhares de pessoas. A força do maremoto, segundo as crónicas da época, foi de tal ordem que as águas entraram por Lisboa dentro e chegaram à zona que hoje equivale a parte da Avenida da Liberdade e chegaram, segundo essas crónicas, perto de Campo de Ourique. Foi portanto "rés-vés". Outros atribuem ao facto de com o Grande Terramoto de 1755, o grande Aqueduto das Águas Livres com os seus 35 arcos, ter sobrevivido sem fissuras. Visto ficar situado na junção de duas placas tectónicas do designado Cretáceo Superior (época geológica), muito perto de uma falha sísmica, a de Campo de Ourique. Dai ter sido "rés-vés Campo de Ourique". Outros autores ainda atribuem o sentido da expressão ao facto de no traçado urbano da cidade de Lisboa oitocentista, quando a Estrada da Circunvalação atravessava o bairro de Campo de Ourique, pela mais tarde rua Maria Pia, ficar "por um triz, por pouco, à justa", como parte limítrofe da cidade, generalizando-se a partir daí a expressão nos meios populares de "rés-vés". Outra tese defende que esta expressão surgiu com o carro eléctrico da carreira 24 da Companhia da Carris de Ferro de Lisboa (CCFL), que fazia o percurso entre o Largo do Carmo e Campolide. Este carro eléctrico quase roçava, segundo relatos, na esquina da Real Panificação na rua Silva Carvalho em Campo de Ourique, e um passageiro colocando a mão fora da janela, tocava no edifício, era portanto "rés-vés Campo de Ourique".
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