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As opções que as grávidas tomam durante a gestação, em especial no primeiro trimestre, têm consequências sobre a forma como decorre a gravidez e também na saúde do recém-nascido. Esta é uma verdade há muito conhecida, mas uma recente pesquisa realizada na Holanda vem revelar que as sequelas para o bebé são visíveis durante vários anos.
Os investigadores do Centro Médico Erasmus, de Roterdão, vigiaram a gravidez de 1631 mulheres, desde as primeiras semanas, o parto e a vida do bebé até aos dois anos. E descobriram que as que fumavam, tinham pressão arterial elevada e níveis baixos de ácido fólico tinham fetos de baixo peso no primeiro trimestre e com alto risco de complicações daí para a frente.
«O nosso estudo demonstra que existem várias características físicas e hábitos que afectam decisivamente o crescimento fetal precoce» afirma um dos autores do trabalho, Vincent Jaddoe, num artigo publicado pelo Journal of the American Medical Association. «Isto é especialmente importante porque fica provado que o bebé começa afectado antes de a mulher saber que está grávida ou de procurar um médico ou uma parteira, que lhe darão conselhos daí para a frente».
Os cientistas determinaram que alguns factores afectam o crescimento do bebé no útero e os fetos de mães fumadoras ou hipertensas são, em média, mais pequenos. E o mesmo se passa com as mulheres que não tomam suplementos de ácido fólico ou com níveis acentuados de glóbulos vermelhos no sangue.
Posteriormente, o tamanho reduzido do feto no primeiro trimestre de gestação traduziu-se num risco acrescido de complicações no seguimento da gravidez, tais como partos pré-termo e baixo peso à nascença.
Tanto Jaddoe como Gordon Smith, que assina o editorial no mesmo número do jornal, acreditam que quando as mulheres adoptam certos hábitos no início da gravidez, tal pode afectar o desenvolvimento da placenta e, em consequência, do bebé.
Inais&filhos