Estudantes debatem em Vendas Novas problemas da radiação ambiente

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Estudantes debatem em Vendas Novas problemas da radiação ambiente

Cento e cinquenta alunos e professores de escolas do Alentejo, Algarve e Lisboa debatem amanhã, em Vendas Novas, os problemas da radiação ambiente, no âmbito de um projecto para estimular o seu interesse pelas ciências experimentais.

O encontro dos dez estabelecimentos de ensino básico e secundário participantes no projecto "Radiação Ambiente", do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), decorre na Escola Secundária de Vendas Novas.


"No encontro nacional vamos fazer o balanço do primeiro ano do projecto, que arrancou neste ano lectivo, com o objectivo de divulgar a física e as ciências experimentais", explicou hoje à agência Lusa Florbela Rego, membro do LIP e coordenadora da iniciativa em Vendas Novas. O "Radiação Ambiente", de acordo com os seus promotores, procura levar os estudantes a explorar diversos aspectos ambientais das radiações ionizantes, nomeadamente os relacionados com a presença do gás radão na atmosfera.

O radão, explicam os promotores na sua página na Internet (www.lip.pt/radao), é um gás de origem natural, radioactivo, cujos núcleos decaem, originando núcleos de outros elementos também radioactivos. Trata-se de um "gás inodoro e incolor" não sendo por isso "detectável". Segundo a professora de Físico-Química, os alunos que têm estado a participar no "Radiação Ambiente" vão divulgar e partilhar os resultados das experiências efectuadas nas respectivas escolas, durante o presente ano lectivo.

"O projecto engloba actividades experimentais no âmbito da radiação natural. Os alunos mediram o gás radão presente na sua escola e fizeram algumas experiências com rochas recolhidas nas minas de Nisa, que têm vestígios de urânio", referiu. Para as experiências, o LIP concebeu um "kit", distribuído a cada estabelecimento, que incluía uma caixa, designada "casa do radão", amostras de rochas e um detector de Geiger para medir a radiação.

"O projecto pretende também alertar os miúdos para o meio que os rodeia, que tem radiações das quais nem se apercebem, essencialmente do gás radão proveniente das rochas e dos materiais de construção", justificou a docente. Os alunos das escolas ficam, assim, acrescentou, a conhecer "o lado mau e o lado bom das radiações", pois estas "também são úteis no dia-a-dia". "Mal de nós se não existissem, tanto para a nossa sobrevivência, como para a medicina e tecnologia", disse Florbela Rego.

O projecto "Radiação Ambiente", além das dez escolas do terceiro ciclo do ensino básico e do secundário, envolve ainda as faculdades de Ciências das universidades de Lisboa e do Algarve. A iniciativa é financiada pelo LIP, Ciência Viva e por fundos comunitários, ambicionando os seus promotores que as actividades, no próximo ano lectivo, possam ser "alargadas a escolas de todo o país", caso seja disponibilizado financiamento.
 
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