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"Eu quero acreditar, mas será verdade?"

mjtc

GF Platina
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A célebre frase pendurada no escritório do personagem Mulder é uma representação da crença não justificada acerca do fenómeno ovni.
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A visita extraterrestre, embora não impossível, é altamente improvável e carece de evidência. Somente isso é o suficiente para o programa SETI (Search for extraterrestrial intelligence) nem levar a sério os relatos ufológicos. Mas se os defensores da hipótese ovni ainda não mostraram suas evidências concretas, pelo menos a psicologia tem-se beneficiado com um campo de pesquisa não só curioso como também necessário.

O psicanalista Carl Jung enquadra o fenómeno ufológico como uma projecção arquetípica moderna e de expressão tecnológica.

A psicóloga Susan Blackmore sugere que os acontecimentos de abdução são uma manifestação de uma paralisia do sono, que ocorre entre o estado de vigília e o sono. Neste momento, o cérebro pode facilmente reproduzir alucinações carregadas de suporte visual e sonoras, simulando o encontro com um alienígena.

Carl Sagan resume de maneira brilhante:

"Os discos voadores, ou ovnis, são bem conhecidos de todos. Mas ver uma luz estranha no céu não significa que estamos sendo visitados por seres do planeta Vénus ou de uma galáxia distante de nome Spetra. Os nossos laboratórios são muito sofisticados. Um produto de fabricação alienígena pode prontamente ser identificado como tal. No entanto, ninguém jamais trouxe um pequeno fragmento de uma nave alienígena para ser submetido a teste físico, muito menos o diário de bordo do capitão da nave estelar. Quando o embuste e as alegações simplistas forem excluídas, parece que nada restará para ser estudado".
 
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mjtc

GF Platina
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O Motivo das Provas Materiais: Um Relato Céptico acerca do Fenómeno OVNI!

"Alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias" (Carl Sagan)

A natureza é fascinante em vários aspectos, e talvez, uma das suas mais belas imagens seja o céu, independente de lugar ou tempo. As grandes cidades, contudo, têm perdido a possibilidade de contemplação do céu nocturno, sobretudo porque a iluminação tem-se tornado um obstáculo para a observação. De qualquer forma, isso não impede de que os relatos de objectos voadores não identificados (OVNI) continuem existindo no quotidiano.

Sim, ovnis existem; mas assumindo uma atitude um pouco mais crítica, são estes fenómenos realmente extraterrestres?

Antes de discorrer a respeito, é válido salientar que neste caso, o fenómeno em discussão são as alegações duvidosas a respeito das evidências de visitas extraterrestres ou de veículos extraterrestres, e não eventos corriqueiros como queda de meteoritos ou semelhantes. Nesse sentido, é comum as pessoas dizerem, especialmente os crentes em visitas extraterrestres, que possuem razões convincentes para acreditarem.

Em geral os relatos sobre ovnis baseiam-se:
- Em testemunhos oculares de pessoas que afirmam terem supostamente vistos naves ou seres extraterrestres;
- Em testemunho de alguém que viu, tocou ou manuseou documentos de origem confidencial, os quais relatam como verdadeiros a existência de discos voadores visitando os humanos;
- Em pessoas que viram ou tocaram em materiais de origem extraterrestre;
- Nos relatos de terceiros que aparentemente, são pessoas idóneas, e portanto, não teriam motivos para mentir.

Estes itens, mesmo que defendidos com paixão por alguns crentes, permitem que pensemos com cuidado acerca deles:
- Os testemunhos originais podem ser enriquecidos, distorcidos ou contaminados por terceiros, especialmente por influência dos entrevistadores;
- Com excepção das Teorias Conspiratórias, nenhum grande laboratório ou agência de pesquisa (NASA, Agência Espacial Europeia) idónea validou qualquer artefacto como sendo de produto de uma civilização extraterrestre;
- O facto de uma pessoa ser decente e sincera, e não ter nada a ganhar mentindo, não a torna imune ao erro de interpretação derivado de seus sentidos.
Além disso, esses itens, pela maneira como são defendidos, acabam esbarrando em dificuldades de se tornarem alvo de investigação criteriosa; por exemplo, é difícil escrutinar detalhes de acontecimentos ocorrido no passado no sentido de verificar a idoneidade destes testemunhos, ou as ilusões e falhas de memórias inerentes.

Onde estão os metais, pedaços da nave, qualquer simples papel ou algo semelhante, que seja atribuído à origem extraterrestre?

Todas as pessoas que se dizem abduzidas ou que tiveram algum contacto com eles não trazem nada além de relatos vagos, limitado somente ao que seus olhos parecem ter visto.

Por outro lado, é possível argumentar que tudo isso pode ser verdade, e que mesmo sem provas concretas, eles estão por aí nos visitando e raptando.

Porque necessitamos de provas materiais?

Somos dependentes de nossa subjectividade, principalmente com relação as nossas crenças, e neste caso, do que gostaríamos que fosse verdade. Um mesmo facto pode gerar as mais diversas interpretações, e dessa forma, não chegaremos a um mínimo de consenso. Estaremos mais ainda vulneráveis a essa condição quando estamos diante de situações que, desejando respostas, temos apenas vagas impressões ou ausência de qualquer objecto físico que possamos caracterizar.

Nesse sentido, a ciência lida com o palpável, aquilo que está disponível para ser objecto de investigação. É uma atitude conservadora, pois somente assim podemos chegar a uma conclusão que não esteja vinculada aos nossos desejos pessoais.

Se uma pessoa acredita muito no relato, é provável que seja verdade, mas provavelmente, só para ela. É necessário um método que permita que uma alegação seja investigada, e o método científico permite isso. Assim, podemos minimizar ao máximo os erros que somos capazes de cometer devido as nossas subjectividades e a despeito do método não estar imune a falhas — chegar a uma conclusão a partir daquilo que a natureza de facto nos mostra.

Sendo assim, mesmo que extraterrestres nos visitam seja um facto, é impossível fazer investigação somente com relatos visuais, a partir de fotos ou de crenças pessoais.

Pode ser que seja verdade, mas considerando as ferramentas que temos acesso, tais relatos estão além da capacidade de investigação minuciosa.

Qualquer relato extraterrestre não submetido a um escrutínio não passará de uma crença pessoal, e nós humanos, somos muito susceptíveis a elas. A falta de evidências materiais condena estes relatos a uma situação no qual não são passíveis de investigação científica.

De modo algum isso equivale a negar peremptoriamente a existência deles. Nesse sentido, recorda-se que foram realizados investigações do fenómeno ovni. O "Projecto Blue Book" da Força Aérea Norte-Americana é um exemplo de que as supostas evidências já foram seriamente estudadas. Contudo, muitas dessas evidências não são conclusivas nem convincentes. Além disso, podem ser explicadas por hipóteses mais plausíveis, terrenas e com boa atitude céptica, seguindo a navalha de Occam (diante da necessidade de razões explicativas para algo, não postule mais que o necessário).

Todos os relatos de naves espaciais ou contactos físicos são na grande maioria, devido a:
- Equívocos, ao olho mal treinado/não acostumado;
- Informações confusas ou fora de contexto;
- Eventos naturais;
- Artefactos humanos;
- Vídeos e fotos forjados;
- Factores psicológicos (sonhos, desejos e até devaneio ou histeria).
Ou seja, até hoje, não foi encontrado sequer um relato que fosse não explicado ou desafiado pela ciência!

Os casos dos objectos não identificados podem ter tido sua fama estabelecida sobretudo porque na maioria dos casos, existem mistérios inerentes às suas histórias. O mistério, assim como o céu estrelado, sempre fascinou as pessoas. O facto é que há uma riqueza imensa a ser descoberta através da ciência; há muitos mistérios ainda em aberto. É nela que estão as grandes perguntas ainda não solucionadas, e com esta ferramenta, podemos responder.

Tudo isso pode ser levado de forma mais razoável e compartilhado de uma maneira que certamente não será isenta de receber opiniões adversas, necessárias para o método científico, mas que forneça um caminho mais racional com o intento de encontrar respostas.

Dentro da nossa realidade palpável há muitos mais mistérios intrigantes e ainda não solucionados do que teorias conspiratórias, que quando colocado ao lado das perguntas científicas, perdem o encantamento.

Talvez as pessoas mais entusiastas da possibilidade de vida extraterrestre são os astrónomos e astrofísicos profissionais. Os olhos treinados que os astrónomos têm, bem como o melhor conhecimento dos objectos do céu, protege-os da maioria dos erros que as pessoas sem treino e facilmente iludidas cometem. Os astrónomos amadores também podem fazer parte desta busca por evidências concrectas.

Ninguém precisa ser cientista para investigar o fenómeno ovni; de facto, existem muito poucos investigadores nessa área. De qualquer forma, uma possível evidência promissora deverá ser levada a um escrutínio que, inevitavelmente, não estará isento da metodologia científica. Todavia, durante as simples observações do céu nocturno, uma atitude céptica, independentemente do assunto é sempre saudável.

Autor do artigo: Cicero C. Escobar, Mestrado em Engenharia Química na UFRGS. Investigador experimental na área de catálise, com ênfase na produção de hidrogénio de elevada pureza para ser aplicada em células de combustíveis.
 
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Fishlock

GF Bronze
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Será verdade??! Qualquer pessoa com o minimo de curiosidade e que investigue um pouco vai ficar logo sem duvidas.
Não é por acaso que já foram encontrados varias especies alienisnas aqui no nosso planeta.
Extraterrestres são bem reais mas á muita desinformação e negas por parte dos governos que querem continuar a deixar-nos ignorantes...
 
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