EUA: Obama propõe venda de 70 milhões de barris de petróleo das reservas do país

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O candidato presidencial democrata dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs, hoje, a venda de 70 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas do país para enfrentar a subida de preços dos combustíveis.

A proposta foi avançada no dia em que uma sondagem dá vantagem ao adversário republicano, John McCain.

É a primeira vez que o candidato democrata defende, em nome do "sofrimento" dos norte-americanos, o uso das reservas estratégicas petrolíferas dos Estados Unidos para combater a escalada de preços dos combustíveis.

"Deveríamos vender 70 milhões de barris de crude da nossa Reserva Estratégica de Petróleo [e substituí-los] por crude menos caro, o que no passado reduziu os preços da gasolina num prazo de duas semanas", sustentou Obama, quando discursava em Lansing, no Estado do Michigan.

O senador de Illinois está a favor da venda de crude ligeiro das reservas e da sua substituição por crude pesado.

O crude ligeiro, no entanto, é mais fácil de refinar para se produzir gasolina do que o pesado.

Criadas pelo Congresso em meados dos anos 70, depois do embargo petrolífero dos países árabes, as reservas estratégicas de crude dos Estados Unidos contêm 707.2 milhões de barris, acondicionados em depósitos subterrâneos no Texas e Luisiana.

Obama, que apresentou também medidas de longo prazo, como o desenvolvimento das energias alternativas, nomeadamente a solar e a eólica, acusou os políticos norte-americanos, incluindo o seu adversário directo, de terem fracassado, durante 30 anos, no combate à crise energética.

Barack e McCain estão a favor da redução do uso de combustíveis fósseis enquanto medida de luta contra as alterações climáticas.

Contudo, a campanha do republicano invoca que o recurso às reservas estratégicas de petróleo não é um substituto para um plano real de aumento da oferta adicional de energia, através de novos furos e do nuclear.

Os republicanos, que se têm oposto à utilização das reservas estratégicas, criticam a "hipocrisia" de Obama, que, segundo um porta-voz de McCain, terá recebido 400 mil dólares (256.814 euros) de donativos das companhias petrolíferas.

Em contra-ataque, um vídeo da campanha de Obama alega que "as grandes companhias petrolíferas deram, até ao momento, dois milhões de dólares [1,2 milhões de euros] à campanha de John McCain".

"Em vez de pretender taxar os lucros das companhias petrolíferas, para ajudar os automobilistas, McCain quer dar-lhes quatro mil milhões de dólares [2,5 mil milhões de euros] de receitas de impostos", aponta ainda o vídeo da campanha democrata.

Hoje, dia em que Obama completou 47 anos, uma sondagem publicada na imprensa norte-americana deu 47 por cento das intenções de voto a McCain, contra os 46 por cento do adversário democrata. Anteriormente, a vantagem pertencia a Barack Obama.


ER.

Lusa/Fim
04.08.08
 
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