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Família de Cardoso Pires cede parte do espólio do escritor a biblioteca
Mais de 3000 livros, um quadro e a máquina de escrever de José Cardoso Pires foram hoje cedidos pela família do escritor à Câmara de Vila de Rei para integrarem a futura biblioteca municipal que terá o seu nome.
Na cerimónia de assinatura do protocolo de cedência de uma «parte substancial» do espólio do escritor, que nasceu na freguesia vilaregense de São João do Peso, Ana Cardoso Pires, sua filha, disse ser «um dever deixar para quem queira estudar e apreciar parte da sua obra na biblioteca da sua terra natal».
Segundo disse, «apesar do meu pai de não ser uma pessoa muito vocacionada para a ruralidade, a que tinha pouco apreço, a família foi convidada para emprestar o nome de José Cardoso Pires à futura biblioteca e entendeu aceder, uma vez que o propósito é lembrar e cultivar a obra de um filho da terra».«Isso para nós foi o mais importante», afirmou.
Em declarações à agência Lusa, Ana Cardoso Pires adiantou que «esta fatia do acervo histórico inclui mais de 3000 volumes, um quadro original de Victor Palla» [representando o escritor] e a máquina de escrever que o acompanhou até quase ao final da sua vida«.Segundo disse, «esta parte significativa do acervo será complementada por uma grande quantidade de livros dedicados por outros escritores portugueses» a José Cardoso Pires, estando representados praticamente todos os escritores portugueses da segunda metade do século XX.
«Desde Ferreira de Castro a Redol, Carlos de Oliveira, Regina Louro e Lobo Antunes até aos mais contemporâneos, como Rui Zink ou Francisco Lucas Pires», afirmou.
De facto, não sendo uma pessoa mundana, José Cardoso Pires tinha um grande apreço pelos seus confrades e deles recebia muita admiração pelo que estes livros encerram em si uma história que pode um dia ser feita por estudiosos, curiosos ou especialistas».
Segundo disse, «não foi fácil para a família libertar-se deste acervo que, para além da sua raridade e valor material, encerra para nós um grande valor afectivo mas, desta forma, os documentos ficam num sítio público para que, quem entenda, possa estudar e desenvolver o que está naqueles livros».
Eduardo Lyon de Castro, em representação da autarquia, destacou a «importância, orgulho e responsabilidade», de acolher esta parte do acervo» - a restante ficará na biblioteca nacional -, afirmando que, «nela vai estar muito da sua pessoa enquanto escritor». «De espírito livre, complexo, inconformado e polémico, José Cardoso Pires divulgou, como poucos, a cultura e as letras portuguesas criando uma das maiores obras da literatura portuguesa do século XX», afirmou.
«Para além de tantos prémios e honrarias que recebeu em vida, Cardoso Pires vai ter agora uma biblioteca com o seu nome e na sua terra natal».«A nós e à futura biblioteca municipal José Cardoso Pires cabe o dever de honrar o seu nome e salvaguardar o legado agora transmitido», afirmou.
Com um orçamento de 1,1 milhões de euros, a futura biblioteca municipal José Cardoso Pires tem data de inauguração agendada para 26 de Outubro próximo, dia em que se assinala 10 anos sobre a morte do escritor nascido em Vila de Rei.
Diário Digital / Lusa
Mais de 3000 livros, um quadro e a máquina de escrever de José Cardoso Pires foram hoje cedidos pela família do escritor à Câmara de Vila de Rei para integrarem a futura biblioteca municipal que terá o seu nome.
Na cerimónia de assinatura do protocolo de cedência de uma «parte substancial» do espólio do escritor, que nasceu na freguesia vilaregense de São João do Peso, Ana Cardoso Pires, sua filha, disse ser «um dever deixar para quem queira estudar e apreciar parte da sua obra na biblioteca da sua terra natal».
Segundo disse, «apesar do meu pai de não ser uma pessoa muito vocacionada para a ruralidade, a que tinha pouco apreço, a família foi convidada para emprestar o nome de José Cardoso Pires à futura biblioteca e entendeu aceder, uma vez que o propósito é lembrar e cultivar a obra de um filho da terra».«Isso para nós foi o mais importante», afirmou.
Em declarações à agência Lusa, Ana Cardoso Pires adiantou que «esta fatia do acervo histórico inclui mais de 3000 volumes, um quadro original de Victor Palla» [representando o escritor] e a máquina de escrever que o acompanhou até quase ao final da sua vida«.Segundo disse, «esta parte significativa do acervo será complementada por uma grande quantidade de livros dedicados por outros escritores portugueses» a José Cardoso Pires, estando representados praticamente todos os escritores portugueses da segunda metade do século XX.
«Desde Ferreira de Castro a Redol, Carlos de Oliveira, Regina Louro e Lobo Antunes até aos mais contemporâneos, como Rui Zink ou Francisco Lucas Pires», afirmou.
De facto, não sendo uma pessoa mundana, José Cardoso Pires tinha um grande apreço pelos seus confrades e deles recebia muita admiração pelo que estes livros encerram em si uma história que pode um dia ser feita por estudiosos, curiosos ou especialistas».
Segundo disse, «não foi fácil para a família libertar-se deste acervo que, para além da sua raridade e valor material, encerra para nós um grande valor afectivo mas, desta forma, os documentos ficam num sítio público para que, quem entenda, possa estudar e desenvolver o que está naqueles livros».
Eduardo Lyon de Castro, em representação da autarquia, destacou a «importância, orgulho e responsabilidade», de acolher esta parte do acervo» - a restante ficará na biblioteca nacional -, afirmando que, «nela vai estar muito da sua pessoa enquanto escritor». «De espírito livre, complexo, inconformado e polémico, José Cardoso Pires divulgou, como poucos, a cultura e as letras portuguesas criando uma das maiores obras da literatura portuguesa do século XX», afirmou.
«Para além de tantos prémios e honrarias que recebeu em vida, Cardoso Pires vai ter agora uma biblioteca com o seu nome e na sua terra natal».«A nós e à futura biblioteca municipal José Cardoso Pires cabe o dever de honrar o seu nome e salvaguardar o legado agora transmitido», afirmou.
Com um orçamento de 1,1 milhões de euros, a futura biblioteca municipal José Cardoso Pires tem data de inauguração agendada para 26 de Outubro próximo, dia em que se assinala 10 anos sobre a morte do escritor nascido em Vila de Rei.
Diário Digital / Lusa