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Festroia - Setúbal
"Vasilhame” ganhou Golfinho de Ouro de Melhor Filme do 24.º Festroia
“Vasilhame”, do realizador checo Jan Sverák, ganhou o Golfinho de Ouro de Melhor Filme do 24.º Festroia, por decisão unânime do júri, numa noite que homenageou o actor português Nicolau Breyner e a actriz espanhola Assumpta Serna.
A obra vencedora, que completa uma trilogia na qual consta “Kolya”, Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, foi escrita e interpretada pelo pai do realizador, num registo humorado autobiográfico sobre um homem que, casado há 40 anos, questiona a sua vida.
“Quando o meu pai estava a escrever o guião dizia-me que tinha medo que ficasse uma comédia ou uma história demasiado séria e que a minha mãe se revisse nela. Resolveu o problema dizendo-lhe que era sobre o que a vida deles teria sido caso ele não fosse actor e argumentista...”, comentou Jan Sverák, na cerimónia de entrega de prémios do 24.º Festroia, sábado à noite, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.
Esta edição do Festival Internacional de Cinema de Setúbal, que exibiu o número recorde de mais de 200 filmes, europeus na grande maioria, uma marca característica deste certame, assistiu àquilo que pode ser o nascimento casual de um slogan espontâneo – “Viva o Festroia”, frase pronunciada por praticamente todos os que discursaram na entrega dos prémios.
Além do Golfinho de Ouro de Melhor Filme, este Festroia entregou o galardão máximo a Nicolau Breyner e a Assumpta Serna, pelos contributos dados ao cinema. O actor português descerrou ainda uma placa com o seu nome no átrio do Fórum Luísa Todi. Já na sala de espectáculos, agradeceu as distinções. “Vivemos para os afectos e de afectos. Quando somos aplaudidos, sentimos que fizemos qualquer coisa de bom”, referiu.
Nicolau Breyner, apontado pela directora do Festroia, Fernanda Silva, como fazendo parte “dos amigos do festival”, salientou que, num país em que o cinema tem dificuldades em ser apoiado pelo Estado, manter este evento ao longo de 24 anos “é um acto de heroísmo”.
“Vasilhame”, uma produção República Checa/Reino Unido/Dinamarca, foi o grande vencedor desta edição, que decorreu entre os dias 6 e 15, mas, nos prémios oficiais, contam-se ainda oito Golfinhos de Prata, nomeadamente de Prémio Especial do Júri, para “A Turma”, do estónio Ilmar Raag, e de Melhor Realizador, ganho pelo sérvio Srdan Gulobovic, com “A Armadilha”.
Na interpretação foram atribuídos dois Golfinhos de Prata de Melhor Actriz, para Outi Maenpaa e Ria Kataja, pelas participações em “A Máscara”, da Finlândia/Alemanha, e um de Melhor Actor, ganho por Robert Wieckiewicz, que entrou no filme polaco “Tudo Ficará Bem”.
O Golfinho de Prata de Melhor Argumento foi conquistado por Amos Kollek, pelo filme “Sem Rumo”, de Israel/Canadá/Bélgica/França/Alemanha, enquanto o de Melhor Fotografia premiou Oleg Kirichenko, na obra russa “Sereia”.
Nas distinções especiais concedidas pelo 24.º Festroia, de salientar o Prémio do Público (“Estrellita”, de Metod Pevec, Eslovénia/Alemanha), o Prémio O Homem e a Natureza (“Arrependido”, de Justin Lerner, Estados Unidos), o Prémio Câmara Municipal de Setúbal – Independentes Americanos (“Começo Tardio”, Andrew Wagner) e o Prémio Primeiras Obras (“Proteger”, Lukasz Palkowski, Polónia).
Rostos On-line
"Vasilhame” ganhou Golfinho de Ouro de Melhor Filme do 24.º Festroia
“Vasilhame”, do realizador checo Jan Sverák, ganhou o Golfinho de Ouro de Melhor Filme do 24.º Festroia, por decisão unânime do júri, numa noite que homenageou o actor português Nicolau Breyner e a actriz espanhola Assumpta Serna.
A obra vencedora, que completa uma trilogia na qual consta “Kolya”, Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, foi escrita e interpretada pelo pai do realizador, num registo humorado autobiográfico sobre um homem que, casado há 40 anos, questiona a sua vida.
“Quando o meu pai estava a escrever o guião dizia-me que tinha medo que ficasse uma comédia ou uma história demasiado séria e que a minha mãe se revisse nela. Resolveu o problema dizendo-lhe que era sobre o que a vida deles teria sido caso ele não fosse actor e argumentista...”, comentou Jan Sverák, na cerimónia de entrega de prémios do 24.º Festroia, sábado à noite, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.
Esta edição do Festival Internacional de Cinema de Setúbal, que exibiu o número recorde de mais de 200 filmes, europeus na grande maioria, uma marca característica deste certame, assistiu àquilo que pode ser o nascimento casual de um slogan espontâneo – “Viva o Festroia”, frase pronunciada por praticamente todos os que discursaram na entrega dos prémios.
Além do Golfinho de Ouro de Melhor Filme, este Festroia entregou o galardão máximo a Nicolau Breyner e a Assumpta Serna, pelos contributos dados ao cinema. O actor português descerrou ainda uma placa com o seu nome no átrio do Fórum Luísa Todi. Já na sala de espectáculos, agradeceu as distinções. “Vivemos para os afectos e de afectos. Quando somos aplaudidos, sentimos que fizemos qualquer coisa de bom”, referiu.
Nicolau Breyner, apontado pela directora do Festroia, Fernanda Silva, como fazendo parte “dos amigos do festival”, salientou que, num país em que o cinema tem dificuldades em ser apoiado pelo Estado, manter este evento ao longo de 24 anos “é um acto de heroísmo”.
“Vasilhame”, uma produção República Checa/Reino Unido/Dinamarca, foi o grande vencedor desta edição, que decorreu entre os dias 6 e 15, mas, nos prémios oficiais, contam-se ainda oito Golfinhos de Prata, nomeadamente de Prémio Especial do Júri, para “A Turma”, do estónio Ilmar Raag, e de Melhor Realizador, ganho pelo sérvio Srdan Gulobovic, com “A Armadilha”.
Na interpretação foram atribuídos dois Golfinhos de Prata de Melhor Actriz, para Outi Maenpaa e Ria Kataja, pelas participações em “A Máscara”, da Finlândia/Alemanha, e um de Melhor Actor, ganho por Robert Wieckiewicz, que entrou no filme polaco “Tudo Ficará Bem”.
O Golfinho de Prata de Melhor Argumento foi conquistado por Amos Kollek, pelo filme “Sem Rumo”, de Israel/Canadá/Bélgica/França/Alemanha, enquanto o de Melhor Fotografia premiou Oleg Kirichenko, na obra russa “Sereia”.
Nas distinções especiais concedidas pelo 24.º Festroia, de salientar o Prémio do Público (“Estrellita”, de Metod Pevec, Eslovénia/Alemanha), o Prémio O Homem e a Natureza (“Arrependido”, de Justin Lerner, Estados Unidos), o Prémio Câmara Municipal de Setúbal – Independentes Americanos (“Começo Tardio”, Andrew Wagner) e o Prémio Primeiras Obras (“Proteger”, Lukasz Palkowski, Polónia).
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