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O Fundo Monetário Internacional enviará uma missão de assistência técnica a Lisboa entre os dias 30 e 31 de Maio, para iniciar o acompanhamento do programa económico da troika para a economia portuguesa.
Esta missão mais curta, de natureza «preliminar» irá «preparar o terreno para uma missão completa de gestão financeira pública, mais tarde no verão», disse à Lusa fonte oficial do FMI
«A assistência técnica faz parte dos programas apoiados pelo FMI e União Europeia, e a missão vai encontrar-se principalmente com responsáveis do Ministério das Finanças», adiantou.
Na passada sexta-feira, a administração do FMI aprovou a participação da instituição financeira no resgate internacional a Portugal, com um empréstimo de 26 mil milhões de euros.
Do crédito total, 6,1 mil milhões de euros serão disponibilizados «imediatamente», e 12,6 mil milhões de euros até final de 2011.
Após a aprovação, o chefe da missão do Fundo para Portugal, Poul Thomsen, declarou-se confiante nas possibilidades de sucesso do programa para a economia portuguesa, e adiantou que o trabalho técnico do FMI vai começar antes das eleições.
«Não estaremos à espera até às eleições para formar grupos de trabalho, diagnosticar as questões técnicas e andar em frente”, disse.
O apoio do FMI e UE, no valor de 78 mil milhões de euros, permite às autoridades portuguesas evitar recorrer aos mercados durante o período de ajustamento e introdução de reformas.
A taxa juro do crédito do FMI será flexível, ajustada a cada duas semanas.
Começará nos 3,25 por cento nos primeiros 3 anos, subindo para 4,25 para os montantes em falta para além desse período.
Incluindo o período de carência, o reembolso do empréstimo será feito ao longo de 12 anos, segundo Thomsen.
Fonte comunitária revelou à Lusa na terça-feira que Portugal vai receber 1,75 mil milhões de euros a 31 de Maio da Comissão Europeia, no âmbito da ajuda internacional, devendo pagar uma taxa de 5,68 por cento por esta tranche.
Esta fonte indicou que "o mais provável" é que Portugal receba a 31 de Maio 5,25 mil milhões de euros: 1,75 mil milhões de euros do MEEF, 1,75 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e mais uma fatia de igual montante do FMI.
Lusa/SOL