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Fotografia espirita - processo

ferny

GF Prata
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Out 12, 2007
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Processo



Naturalmente, as opiniões acerca das fotografias de Mumler passavam longe de qualquer unanimidade. Muitos cépticos, entre fotógrafos amadores e profissionais, empenharam-se em demonstrar publicamente que Mumler não passava de uma fraude, e que suas fotografias podiam ser reproduzidas por meio de diversas técnicas. A coisa ganhou grande repercussão quando, em abril de 1869, instaurou-se um processo contra Mumler, tendo em vista denúncia do jornal nova-iorquino The World. O fotógrafo, que acabara de se mudar de Boston para abrir um estúdio em Nova York, chegou a ser preso, sob suspeita de "ter cometido fraudes e trapaças à custa do público, por meio de fotografias espíritas" (Aksafof, 1956, pg. 96).

Os autores elaboraram oito fotos com o fito de provar a impostura de Mumler, e apontaram seis métodos diferentes para obte-las, que, segundo eles, poderiam explicar completamente todo o trabalho de Mumler com a fotografia espírita. Acontece que nenhum dos fotógrafos que estavam do lado da acusação havia investigado o processo de trabalho de Mumler in loco. Ainda que convincentes,os seus argumentos careciam da experiência concreta a que haviam se dedicado os quatro fotógrafos que testemunharam a favor de Mumler. Todos já tinham tido a oportunidade de inspeccionar pessoalmente Mumler durante o trabalho de preparação, lavagem, exposição e revelação exigidos pelo método fotográfico da época.

Pesados os argumentos, e diante de doze testemunhos de pessoas que afirmavam ter reconhecido, nas fotos que tiraram com Mumler, parentes mortos, cinco dos quais tendo assegurado que os familiares nunca haviam sido fotografados em vida, o juiz concluiu que "o detido devia ser posto em liberdade (...) Mesmo que o acusado tivesse cometido fraudes e trapaças (...) em sua opinião, a parte queixosa não tinha conseguido provar o fato".
 
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