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Fotografias de Eduardo Gageiro em exposição na China
Um conjunto de 13 fotografias, da autoria do fotojornalista português Eduardo Gageiro, tiradas durante os Jogos Olímpicos de Munique de 1972, integram a exposição «Espírito Olímpico», patente em Pequim até 04 de Julho.
Posições estratégicas e músculos salientes, a alegria da vitória e a desilusão da derrota, atletas e multidões de adeptos são aspectos imortalizados nas fotografias da exposição «Espírito Olímpico: Os Jogos Olímpicos através da lente dos Fotógrafos Europeus».
As imagens expostas, da autoria de diferentes fotógrafos europeus, entre as quais estão as fotografias de Eduardo Gageiro, retratam personalidades e momentos de várias edições das Olimpíadas desde o início do século XX até à actualidade.
«É gratificante para mim e fico muito contente que Portugal e a fotografia portuguesa estejam representados tão longe do nosso país», disse hoje Gageiro ao telefone com a Agência Lusa em Pequim.
«Já que em Portugal não sou prestigiado, nem se dá atenção à fotografia portuguesa...», lamentou o fotojornalista português, que volta a ter o seu trabalho exposto na China, onde já recebeu vários prémios.
Em exibição encontram-se as imagens a preto e branco que Gageiro captou do topo de um edifício, entre a escuridão e apenas com uma objectiva, mas em que é possível distinguir os momentos decisivos da tomada de reféns israelitas por um comando palestiniano e da fuga de helicóptero.
«É um documento único, um trabalho especial com fotografias que correram o mundo inteiro na época», afirmou João Barroso, conselheiro cultural da Embaixada de Portugal na China, à Agência Lusa em Pequim.
João Barroso sublinhou que «ele foi o único fotógrafo que captou as últimas imagens dos atletas vivos antes de estes serem vítimas do atentado terrorista em Munique», justificando a escolha do trabalho de Gageiro.
«Agências de comunicação internacionais e outros jornais e revistas ofereceram a Gageiro uma pequena fortuna por estas imagens, mas ele guardou-as», refere a legenda das imagens na exposição, sublinhando que a atitude do fotógrafo foi fiel ao espírito olímpico de «paz, verdade, solidariedade».
Gageiro relembra que na época lhe ofereceram «250 contos pelas imagens, que era uma fortuna».
«Mas naquela noite o dinheiro não tinha muito significado para mim, só pensei na satisfação de ser o fotojornalista que captou um furo», adiantou.
Comentando a actual associação dos JO a questões políticas, o fotojornalista refere que na altura «ainda não se viviam tanto as intenções políticas» e que o atentado foi uma surpresa.
Na opinião de Gageiro, mesmo que alguns grupos tentem chamar a atenção para questões políticas este ano em Pequim, «os Jogos vão ser um sucesso na China».
A exposição integra 250 fotografias e dois filmes dedicados ao espírito olímpico e ao elogio da «combinação equilibrada de corpo, mente e vontade», refere o comunicado da Delegação da Comissão Europeia em Pequim, que organizou a mostra.
A ginástica da romena Nádia Comaneci, a multidão de espectadores e os atletas paralímpicos nos Jogos de Atenas 2004, o boxe de Papp László da Hungria, a esgrima e o ciclismo, treinos e cerimónias de abertura são outros dos momentos captados pelas câmaras europeias e que se encontram na exibição.
A mostra «pretende resumir o Espírito Olímpico expressado pelos atletas europeus ao longo do tempo» e revelar a expressão máxima da «cultura do desporto baseada (...) nos princípios éticos de lealdade, força de vontade e colaboração, bem como do espírito de sacrifício pessoal e dedicação», lê-se no comunicado.
A entrada é gratuita e a exposição vai estar aberta até dia 04 de Julho.
Um conjunto de 13 fotografias, da autoria do fotojornalista português Eduardo Gageiro, tiradas durante os Jogos Olímpicos de Munique de 1972, integram a exposição «Espírito Olímpico», patente em Pequim até 04 de Julho.
Posições estratégicas e músculos salientes, a alegria da vitória e a desilusão da derrota, atletas e multidões de adeptos são aspectos imortalizados nas fotografias da exposição «Espírito Olímpico: Os Jogos Olímpicos através da lente dos Fotógrafos Europeus».
As imagens expostas, da autoria de diferentes fotógrafos europeus, entre as quais estão as fotografias de Eduardo Gageiro, retratam personalidades e momentos de várias edições das Olimpíadas desde o início do século XX até à actualidade.
«É gratificante para mim e fico muito contente que Portugal e a fotografia portuguesa estejam representados tão longe do nosso país», disse hoje Gageiro ao telefone com a Agência Lusa em Pequim.
«Já que em Portugal não sou prestigiado, nem se dá atenção à fotografia portuguesa...», lamentou o fotojornalista português, que volta a ter o seu trabalho exposto na China, onde já recebeu vários prémios.
Em exibição encontram-se as imagens a preto e branco que Gageiro captou do topo de um edifício, entre a escuridão e apenas com uma objectiva, mas em que é possível distinguir os momentos decisivos da tomada de reféns israelitas por um comando palestiniano e da fuga de helicóptero.
«É um documento único, um trabalho especial com fotografias que correram o mundo inteiro na época», afirmou João Barroso, conselheiro cultural da Embaixada de Portugal na China, à Agência Lusa em Pequim.
João Barroso sublinhou que «ele foi o único fotógrafo que captou as últimas imagens dos atletas vivos antes de estes serem vítimas do atentado terrorista em Munique», justificando a escolha do trabalho de Gageiro.
«Agências de comunicação internacionais e outros jornais e revistas ofereceram a Gageiro uma pequena fortuna por estas imagens, mas ele guardou-as», refere a legenda das imagens na exposição, sublinhando que a atitude do fotógrafo foi fiel ao espírito olímpico de «paz, verdade, solidariedade».
Gageiro relembra que na época lhe ofereceram «250 contos pelas imagens, que era uma fortuna».
«Mas naquela noite o dinheiro não tinha muito significado para mim, só pensei na satisfação de ser o fotojornalista que captou um furo», adiantou.
Comentando a actual associação dos JO a questões políticas, o fotojornalista refere que na altura «ainda não se viviam tanto as intenções políticas» e que o atentado foi uma surpresa.
Na opinião de Gageiro, mesmo que alguns grupos tentem chamar a atenção para questões políticas este ano em Pequim, «os Jogos vão ser um sucesso na China».
A exposição integra 250 fotografias e dois filmes dedicados ao espírito olímpico e ao elogio da «combinação equilibrada de corpo, mente e vontade», refere o comunicado da Delegação da Comissão Europeia em Pequim, que organizou a mostra.
A ginástica da romena Nádia Comaneci, a multidão de espectadores e os atletas paralímpicos nos Jogos de Atenas 2004, o boxe de Papp László da Hungria, a esgrima e o ciclismo, treinos e cerimónias de abertura são outros dos momentos captados pelas câmaras europeias e que se encontram na exibição.
A mostra «pretende resumir o Espírito Olímpico expressado pelos atletas europeus ao longo do tempo» e revelar a expressão máxima da «cultura do desporto baseada (...) nos princípios éticos de lealdade, força de vontade e colaboração, bem como do espírito de sacrifício pessoal e dedicação», lê-se no comunicado.
A entrada é gratuita e a exposição vai estar aberta até dia 04 de Julho.
