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A Casa da Música acolhe hoje, segunda-feira, um espectáculo promovido pelo Centro de Dança do Porto. Trata-se de uma gala em que participam jovens bailarinos provenientes de escolas da cidade, de Lisboa e ainda de Madrid, capital espanhola. Começa às 21.30 horas.
Momentos fortes de técnica, beleza, virtuosismo e um sentimento puro de paixão. É isto que prometem os participantes da Gala Jovem Bailado, iniciativa que hoje reúne 46 bailarinos pré-profissionais na sala Suggia, habitualmente usada só para concertos. Entre eles estará Telmo Moreira, vencedor de vários prémios e bolsas de estudo no estrangeiro.
Sem ser competitivo, o espectáculo permite a alunos de várias escolas mostrar como tem vindo a desenvolver-se o seu trabalho, tanto a nível de ballet clássico como da dança contemporânea. Por outro lado, é para o público uma oportunidade rara de ver a interacção entre Portugal e Espanha nesta área.
Foi a pensar no trabalho árduo dos jovens bailarinos que o Centro de Dança do Porto (CDP) se lançou na organização da gala. "São o nosso futuro, são eles que vão continuar a alimentar as raízes e cabe-nos a nós, escolas de dança, dar-lhes bases para transmitirem às gerações futuras a beleza da dança", refere a directora artística e fundadora do CDP, Teresa Vieira.
Envolvimento além-fronteiras
A mesma responsável justifica a presença escolas de Porto, Lisboa e Madrid sublinhando que "a projecção de um trabalho com este cariz necessitava de um envolvimento além-fronteiras, incluindo profissionais que já formaram dos melhores bailarinos a nível mundial, como Ana Lacerda, Angel Corella, Carlos Pinillos, Lucia Lacarra, Tamara Rojo, entre outros".
Participam alunos do CDP, da Escola de Dança do Conservatório Nacional, do Cento de Danza Víctor Ullate, do Conservatório Superior de Danza María de Ávila, do Instituto Universitario de Danza Alicia Alonso e do Centro de Artes Escénicas Carmen Roche.
A organização pediu aos participantes um pequeno comentário acerca da iniciativa, das suas ambições e de como vêem a realidade desta arte. Ágata Roque, por exemplo, espera que a gala "demonstre que, de facto, há falta de companhias neste país". É aluna do CDP e confessa um dos seus sonhos: "Que um dia surja uma grande companhia de dança no Grande Porto".
Colega de escola, Carolina Monarca espera vir a ser "solista num bailado e conciliar uma carreira de dança com outras actividades profissionais". Também a estudar no CDP, Franscisca Mendo é mais ambiciosa: "O que eu gostava mesmo era de dançar a "Paquita", como principal, no grande palco da Ópera de Paris".
"A dança é uma forma de contar uma história utilizando o movimento do corpo. É uma cultura teatral que provoca emoções nos espectadores e nos bailarinos. Para mim, a dança clássica é a disciplina mais dura que existe, mas, quando consigo resultados, sinto-me muito contente", diz María Encinas Vaskova, aluna da escola Carmen Roche.
Já Razvan Iacob, do instituto Alicia Alonso, tem a dança como "um estilo de vida". "No futuro, quero ensinar aos meus alunos que é importante sermos nós próprios, ensinar a elegância da dança e transmitir-lhes o valor que tem para mim", acrescenta.
Fundado em 1993
Situado na Rua da Bouça, na Ramada Alta, o Centro de Dança do Porto foi fundado em 1993 por Teresa Vieira e o seu marido, Jaime Tojal.Então, havia três objectivos: actualizar a formação em dança, facilitar o acesso ao ballet, para que não fosse um passatempo de elite, e fazer das aulas uma mais-valia lúdica e pedagógica
Depois dos primeiros anos em instalações provisórias, Teresa Vieira conseguiu um espaço que passou a ser como que a segunda casa de quem frequenta o centro. As instalações têm muitos espaços verdes e muita luz e situam-se numa tranquila rua da cidade.
Em 1996, o Centro de Dança do Porto tinha finalmente casa própria, cuja dimensão é já pequena para o número de alunos e as crescentes actividades.
JN
Momentos fortes de técnica, beleza, virtuosismo e um sentimento puro de paixão. É isto que prometem os participantes da Gala Jovem Bailado, iniciativa que hoje reúne 46 bailarinos pré-profissionais na sala Suggia, habitualmente usada só para concertos. Entre eles estará Telmo Moreira, vencedor de vários prémios e bolsas de estudo no estrangeiro.
Sem ser competitivo, o espectáculo permite a alunos de várias escolas mostrar como tem vindo a desenvolver-se o seu trabalho, tanto a nível de ballet clássico como da dança contemporânea. Por outro lado, é para o público uma oportunidade rara de ver a interacção entre Portugal e Espanha nesta área.
Foi a pensar no trabalho árduo dos jovens bailarinos que o Centro de Dança do Porto (CDP) se lançou na organização da gala. "São o nosso futuro, são eles que vão continuar a alimentar as raízes e cabe-nos a nós, escolas de dança, dar-lhes bases para transmitirem às gerações futuras a beleza da dança", refere a directora artística e fundadora do CDP, Teresa Vieira.
Envolvimento além-fronteiras
A mesma responsável justifica a presença escolas de Porto, Lisboa e Madrid sublinhando que "a projecção de um trabalho com este cariz necessitava de um envolvimento além-fronteiras, incluindo profissionais que já formaram dos melhores bailarinos a nível mundial, como Ana Lacerda, Angel Corella, Carlos Pinillos, Lucia Lacarra, Tamara Rojo, entre outros".
Participam alunos do CDP, da Escola de Dança do Conservatório Nacional, do Cento de Danza Víctor Ullate, do Conservatório Superior de Danza María de Ávila, do Instituto Universitario de Danza Alicia Alonso e do Centro de Artes Escénicas Carmen Roche.
A organização pediu aos participantes um pequeno comentário acerca da iniciativa, das suas ambições e de como vêem a realidade desta arte. Ágata Roque, por exemplo, espera que a gala "demonstre que, de facto, há falta de companhias neste país". É aluna do CDP e confessa um dos seus sonhos: "Que um dia surja uma grande companhia de dança no Grande Porto".
Colega de escola, Carolina Monarca espera vir a ser "solista num bailado e conciliar uma carreira de dança com outras actividades profissionais". Também a estudar no CDP, Franscisca Mendo é mais ambiciosa: "O que eu gostava mesmo era de dançar a "Paquita", como principal, no grande palco da Ópera de Paris".
"A dança é uma forma de contar uma história utilizando o movimento do corpo. É uma cultura teatral que provoca emoções nos espectadores e nos bailarinos. Para mim, a dança clássica é a disciplina mais dura que existe, mas, quando consigo resultados, sinto-me muito contente", diz María Encinas Vaskova, aluna da escola Carmen Roche.
Já Razvan Iacob, do instituto Alicia Alonso, tem a dança como "um estilo de vida". "No futuro, quero ensinar aos meus alunos que é importante sermos nós próprios, ensinar a elegância da dança e transmitir-lhes o valor que tem para mim", acrescenta.
Fundado em 1993
Situado na Rua da Bouça, na Ramada Alta, o Centro de Dança do Porto foi fundado em 1993 por Teresa Vieira e o seu marido, Jaime Tojal.Então, havia três objectivos: actualizar a formação em dança, facilitar o acesso ao ballet, para que não fosse um passatempo de elite, e fazer das aulas uma mais-valia lúdica e pedagógica
Depois dos primeiros anos em instalações provisórias, Teresa Vieira conseguiu um espaço que passou a ser como que a segunda casa de quem frequenta o centro. As instalações têm muitos espaços verdes e muita luz e situam-se numa tranquila rua da cidade.
Em 1996, o Centro de Dança do Porto tinha finalmente casa própria, cuja dimensão é já pequena para o número de alunos e as crescentes actividades.
JN