Galp explora 600 mil hectares de terras no Brasil para produção de óleos vegetais

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Set 24, 2006
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A Galp Energia vai explorar 600 mil hectares de terras no Brasil para a produção de óleos vegetais, tendo em vista o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, confirmou à Lusa o presidente executivo, Ferreira de Oliveira.

"No Brasil, estamos a trabalhar em parceria com a Petrobras. Os projectos estão a andar, correspondem ao desenvolvimento de 600 mil hectares para a produção de óleos vegetais, dos quais 50% se destinariam ao mercado português", reforçou hoje Manuel Ferreira de Oliveira, presente em Sines.

A outra metade da produção tem em vista o mercado internacional, adiantou. Questionado pela Lusa à margem de uma sessão plenária/acolhimento que decorreu hoje no auditório da Administração do Porto de Sines (APS), no âmbito do processo de concessão do Serviço Público de Movimentação de Cargas no Terminal de Granéis Líquidos, o responsável realçou o interesse da empresa em "dois projectos em Moçambique e vários no Brasil".

"A Galp está muito empenhada no desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, que são tecnologias mais avançadas que fazem com que esses óleos dêem origem a produtos que são iguais ou melhores em termos de performance do que os óleos minerais", salientou

O governador da Baía, Jacques Wagner, avançou à Lusa na passada semana a intenção da Galp em iniciar em breve a construção de uma unidade de esmagamento de oleaginosas para produção de óleo vegetal na região metropolitana de Salvador, em parceria com a Petrobras.

Durante a cerimónia em que foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, destinada a distinguir personalidades que prestaram serviços relevantes a Portugal, Jacques Wagner não soube precisar o volume de investimentos da Galp na construção da fábrica, mas disse que os recursos são "bastante significativos".

Segundo o governador, os óleos vegetais produzidos no Brasil serão exportados para serem transformados em Portugal em biodiesel, devido a questões tarifárias e tributárias.

Jacques Wagner admitiu que o governo poderá ceder à Galp uma área industrial do Estado para a instalação da fábrica, provavelmente no município de Candeias, a cerca de 40 quilómetros de Salvador.

Sem se alongar em detalhes, Ferreira de Oliveira realçou apenas que as terras a utilizar para a produção de óleo não vão concorrer com a cadeia alimentar.

"Estamos a recorrer a terras semi-áridas, não terrenos que produzam produtos para a agricultura, e não usaremos plantas que pertençam à cadeia alimentar, mas sim o pinhão manso", frisou.

Tais medidas serão tomadas, de acordo com Ferreira de Oliveira, porque a Galp "respeita os chamados princípios da sustentabilidade e depois, em termos económicos, quer que os seus óleos vegetais tenham certificação ambiental total. Para isso, têm que cumprir com estes parâmetros".


Fonte Inf.- Jornal de Negócios


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