Gas Natural quer construir nova central em Coimbra

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Gas Natural quer construir nova central em Coimbra

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A espanhola Gas Natural continua interessada em construir uma central de ciclo combinado (a gás natural) em Portugal. A empresa, que foi a grande perdedora do recente processo de licenciamento de novas centrais, está associada à apresentação de um projecto para Taveiro, no concelho de Coimbra. O pedido entrou em avaliação ambiental em Fevereiro de 2008 e foi apresentado pela Dawn Energy, uma empresa que, segundo o DN soube, está ligada ao um gabinete de projecto da Catalunha que trabalha com a Gas Natural. O objectivo, a curto prazo, é que o grupo espanhol compre a empresa e o projecto, tal como aconteceu com a candidatura apresentada para uma central em Sines.

A Gas Natural quer construir dois grupos a gás natural, com cerca de 400 MW (megawatts) cada, mas de forma faseada, em função da evolução da procura e da capacidade da rede gerida pela REN. O primeiro estaria operacional a partir de 2012, ou seja, dois anos depois de entrarem em funcionamento as centrais agora em construção. Só mais tarde seria construído um segundo grupo. O investimento para uma central a gás oscila, a preços actuais, ronda os 400 milhões de euros para dois grupos.

Este é mais um sinal do empenho da empresa espanhola em Portugal, sobretudo depois de frustrada a tentativa de compra hostil da Endesa. A Gas Natural é líder no mercado de gás em Espanha. A empresa já tem licença para comercializar gás natural em Portugal, um mercado que está em processo de liberalização, e foi uma das quatro eléctricas a pedir a informação para concorrer à barragem de Foz Tua.

O pedido da Gas Natural para uma central surge já fora do processo extraordinário de autorização ao abrigo do qual foram licenciadas as quatro centrais que já estão em construção e que tinham sido adjudicadas pelo anterior Governo, um processo que foi revisto pelo actual Executivo. A empresa espanhola tinha apresentando uma candidatura a Sines, mas ficou excluída do processo que atribuiu os pontos disponíveis de ligação à rede à Galp Energia (Sines), EDP e Iberdrola (ambas na Figueira da Foz) e Tejo Energia (Abrantes). O pedido agora apresentado é feito ao abrigo do novo enquadramento legal para o licenciamento de centros electroprodutores que dispensa o PIIP (pedido de informação prévio) e prevê que todas as licenças e autorizações necessárias sejam solicitadas em simultâneo.

A decisão de licenciamento irá depender em grande medida da capacidade da rede eléctrica para a receber, o que pode implicar investimentos adicionais que poderão vir a ser pagos também pelo promotor. Para já, e segundo o plano de investimentos da REN (Redes Energéticas Nacionais), está previsto um reforço de capacidade para a ligação à rede de duas centrais a gás, com 800 MW cada, da EDP e da Iberdrola. A REN prevê ainda 400 MW para a possível instalação de um grupo a carvão, mas admite que dependerá das licenças que vierem a ser dadas pelo Ministério da Economia.|

ANA SUSPIRO
DN Online
 
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