Google proíbe o Zoom nos computadores de trabalho dos seus funcionários

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Se há empresa que foi do céu ao inferno nesta pandemia COVID-19 foi o Zoom. Esta plataforma de videoconferência explodiu em popularidade durante a pandemia e posteriormente viu-se envolvida em polémicas partilhas de informação com o Facebook e, mais tarde, graves problemas de segurança. Apesar destes riscos, ainda há muita gente, especialmente profissionais, a usar o Zoom. Contudo, o problema continua e até a Google proibiu os seus funcionários de instalar a ferramenta nos seus computadores.



Esta atitude mostra claramente que usar esta plataforma, para já, é um risco. Isto, porque, como vimos, vários vídeos de videoconferências foram publicados na internet por hackers que atacaram a plataforma.









Google bane o Zoom dos computadores dos seus funcionários


A Google baniu o popular software de videoconferência Zoom dos dispositivos dos seus funcionários. Apesar de o Zoom ser um concorrente do próprio serviço de videoconferências da Google, o Meet, muitos colaboradores usavam a plataforma criada por Eric Yuan, um ex-engenheiro da Cisco Systems.



Na semana passada, a gigante das pesquisas enviou um e-mail aos funcionários que tinham nos seus computadores de trabalho o Zoom instalado, citando as suas “vulnerabilidades de segurança” e alertaram que o software de videoconferência nos PCs deixaria de funcionar a partir desta semana.


Desde há muito tempo que temos uma política de não permitir que os funcionários usem aplicações não aprovados para trabalhos fora da nossa rede empresarial. Recentemente, a nossa equipa de segurança informou os funcionários que usam o Zoom Desktop Client que não será permitido executá-lo em computadores da empresa, pois não atendem aos nossos padrões de segurança para aplicações usados ​​pelos nossos colaboradores. Os funcionários que usam o Zoom para manter contacto com familiares e amigos podem continuar a fazer isso mas através de um navegador da Web ou via smartphone.




Explicou Jose Castaneda, porta-voz do Google.







Zoom “era” das melhores plataformas de videoconferência


Sediada em San Jose, Califórnia, a Zoom tornou-se pública em 2019, tornando o seu Ceo Eric Yuan num milionário. O serviço de videoconferência da empresa foi destinado às empresas para realizar webinars e reuniões, mas agora está a ser usado por pessoas, fechadas em todo o mundo, para sessões de ginástica, aulas de educação, reuniões empresariais e muito mais. Em março, 200 milhões de pessoas usavam o Zoom diariamente, em comparação com apenas 10 milhões em dezembro.




Contudo, o crescimento do Zoom foi prejudicado por preocupações com a segurança e privacidade do serviço. No mês passado, uma investigação mostrou que a aplicação do Zoom para iphone e ipad enviava dados sobre os dispositivos dos utilizadores ao Facebook, incluindo pessoas que não tinham contas no Facebook.





A empresa parou de enviar os dados para o Facebook no dia seguinte. No entanto, surgiram mais problemas logo depois. Um ex-hacker da NSA descobriu um problema de segurança do Zoom que poderia permitir quecibercriminosos controlassem microfones e camaras dos computadores dos utilizadores e conseguissem mesmo o controlo dos iMacs da Apple.






Zoom está a ser processada por esconder falhas de privacidade

O Intercept mostrou que as chamadas do Zoom não eram realmente encriptadas como a empresa afirmava. Na semana passada, a empresa referiu que algumas videochamadas foram “erradamente” geridas através de servidores na China quando não deveriam. Tais situações levaram a que algumas entidades estejam já a processar a plataforma.




Um dos fenómenos que tem sido criticado e que assusta os utilizadores é o zoombombing. É uma situação em que pessoas com más intenções (os ditos trolls) interrompem reuniões públicas na aplicação para transmitir pornografia, imagens violentas ou comentários racistas. Isto resulta pelo facto de muitas conversas na aplicação autorizarem a entrada de pessoas com um código simples de nove a dez dígitos, uma das razões por detrás da popularidade zoombombing.






O Google não é a primeira empresa a proibir os funcionários de usar esta plataforma de videoconferências. No início deste mês, a empresa SpaceX, de Elon Musk, também proibiu os funcionários. Segundo Musk a plataforma acarreta “preocupações significativas de privacidade e segurança”. Na segunda-feira, o Departamento de Educação da cidade de Nova York pediu às escolas que abandonassem o Zoom e mudassem para um serviço da Microsoft.




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