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O Governo de Macau pediu explicações à Sociedade de Jogos de Macau sobre a transferência de acções na família de Stanley Ho e vai aguardar pelo fim da disputa familiar para agir, disse hoje à agência Lusa fonte oficial.
«Perante as notícias publicadas, o Governo enviou um ofício à Sociedade de Jogos de Macau (SJM), que explicou o sucedido, referindo que a situação não era clara, tendo, por isso, enviado uma carta à Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) à qual não obteve ainda resposta», explicou à Lusa fonte oficial.
Ao salientar que a «SJM aguarda as instruções da STDM» - a accionista maioritária, com 55,7 por cento de participação através da subsidiária STDM - Investments Limited -, a mesma fonte referiu que o «Governo nada fará até a situação ficar clara e a disputa no seio da família de Stanley Ho se resolver».
Num e-mail enviado à Lusa, o gabinete do Secretário para a Economia e Finanças de Macau referiu que a «Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos não recebeu até ao momento qualquer notificação da SJM sobre a transferência de acções, estando o desenvolvimento do caso a ser acompanhado de forma cautelosa».
A SJM está, segundo o contrato de concessão de jogo assinado em 2002, obrigada a «sujeitar a autorização do Governo a transmissão entre vivos, a qualquer título, da propriedade ou outro direito sobre participações sociais (.) quando estas correspondam, directa ou indirectamente, a um valor igual ou superior a 5% do capital social».
O director executivo da SJM, Ambrose So, disse recentemente que a disputa pela divisão da fortuna de Stanley Ho, de 89 anos, «não tem efeito sobre a administração e gestão da operadora de jogo, tratando-se apenas de uma questão de como as acções serão redistribuídas entre a família».
Em causa está a redução da participação de 100 por cento para 0,02 por cento de Stanley Ho na empresa Lanceford - que controla grande parte da sua fortuna avaliada em 3000 milhões de dólares - e o aumento de zero para 99,98 por cento de participação da terceira mulher do magnata, Ina Cha, e dos cinco filhos da segunda mulher, Lucina Laam - Pansy, Daisy, Maisy, Josie e Lawrence.
Com a transferência de acções pessoais do bilionário, a Lanceford passou a deter 31,6 por cento das acções na STDM - a empresa-mãe da SJM, que controla mais de 30 por cento do mercado de jogo de Macau -, sendo o maior accionista individual da empresa.
A operação foi conduzida em Dezembro alegadamente contra a vontade de Stanley Ho, que já a classificou como «algo parecido a um roubo», dizendo querer distribuir equitativamente a sua fortuna pela família, que abrange a actual esposa, duas ex-mulheres e 16 filhos.
O magnata interpôs em Janeiro uma providência cautelar no Tribunal Superior de Hong Kong para impedir que as acções sejam transaccionadas alegando apropriação «imprópria e/ou ilegal» da Lanceford e ameaçou esta semana tomar «medidas apropriadas» caso os familiares não lhe devolvam as acções e interesses naquela empresa.
Lusa / SOL
«Perante as notícias publicadas, o Governo enviou um ofício à Sociedade de Jogos de Macau (SJM), que explicou o sucedido, referindo que a situação não era clara, tendo, por isso, enviado uma carta à Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) à qual não obteve ainda resposta», explicou à Lusa fonte oficial.
Ao salientar que a «SJM aguarda as instruções da STDM» - a accionista maioritária, com 55,7 por cento de participação através da subsidiária STDM - Investments Limited -, a mesma fonte referiu que o «Governo nada fará até a situação ficar clara e a disputa no seio da família de Stanley Ho se resolver».
Num e-mail enviado à Lusa, o gabinete do Secretário para a Economia e Finanças de Macau referiu que a «Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos não recebeu até ao momento qualquer notificação da SJM sobre a transferência de acções, estando o desenvolvimento do caso a ser acompanhado de forma cautelosa».
A SJM está, segundo o contrato de concessão de jogo assinado em 2002, obrigada a «sujeitar a autorização do Governo a transmissão entre vivos, a qualquer título, da propriedade ou outro direito sobre participações sociais (.) quando estas correspondam, directa ou indirectamente, a um valor igual ou superior a 5% do capital social».
O director executivo da SJM, Ambrose So, disse recentemente que a disputa pela divisão da fortuna de Stanley Ho, de 89 anos, «não tem efeito sobre a administração e gestão da operadora de jogo, tratando-se apenas de uma questão de como as acções serão redistribuídas entre a família».
Em causa está a redução da participação de 100 por cento para 0,02 por cento de Stanley Ho na empresa Lanceford - que controla grande parte da sua fortuna avaliada em 3000 milhões de dólares - e o aumento de zero para 99,98 por cento de participação da terceira mulher do magnata, Ina Cha, e dos cinco filhos da segunda mulher, Lucina Laam - Pansy, Daisy, Maisy, Josie e Lawrence.
Com a transferência de acções pessoais do bilionário, a Lanceford passou a deter 31,6 por cento das acções na STDM - a empresa-mãe da SJM, que controla mais de 30 por cento do mercado de jogo de Macau -, sendo o maior accionista individual da empresa.
A operação foi conduzida em Dezembro alegadamente contra a vontade de Stanley Ho, que já a classificou como «algo parecido a um roubo», dizendo querer distribuir equitativamente a sua fortuna pela família, que abrange a actual esposa, duas ex-mulheres e 16 filhos.
O magnata interpôs em Janeiro uma providência cautelar no Tribunal Superior de Hong Kong para impedir que as acções sejam transaccionadas alegando apropriação «imprópria e/ou ilegal» da Lanceford e ameaçou esta semana tomar «medidas apropriadas» caso os familiares não lhe devolvam as acções e interesses naquela empresa.
Lusa / SOL