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José Ramos-Horta
O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, classifica o país como "um oásis de tolerância num continente onde há muitos problemas étnicos e religiosos".
Aquele responsável falava na terça-feira à margem de um encontro com o líder dos imãs (chefes islâmicos) do país, em Mansoa, e em que foram discutidos os apoios que estes podem dar para o sucesso das eleições gerais de 13 de abril.
"A Guiné-Bissau é um oásis de tolerância num continente onde há muitos problemas étnicos e religiosos. Vemos os problemas que estão a acontecer, por exemplo, na Nigéria, República Centro Africana, Mali, Somália", entre outros, notou o representante da ONU.
Na Guiné-Bissau, apesar dos problemas causados pela elite política ou classe castrense não há guerra, acrescentou Ramos-Horta, destacando o papel dos líderes muçulmanos nesse contexto.
"Os chefes religiosos, os imãs da Guiné-Bissau, têm uma doutrina de moderação, apaziguadora, de serenidade", em vez de "confrontação" e "agressividade", enfatizou o responsável da ONU, prometendo dar mais apoio às suas ações.
"Devem ser reconhecidos e apoiados", sublinhou Ramos-Horta, ao anunciar que vai falar com outros responsáveis de instituições internacionais para que passem a dar mais atenção às ações dos líderes muçulmanos.
dn