Há quem corra mundo atrás dos eclipses. Alguns são portugueses

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Set 27, 2006
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Máximo Ferreira em Moçambique, por ocasião de um eclipse total
Hoje há eclipse, que é visto como parcial em todo o território português. Astrónomos promovem observações em vários locais e especialistas recomendam cuidados
As ilhas Faroé, 300 quilómetros acima da Escócia, e as Svalbard, mais a norte, já no Ártico, são os locais (além do polo Norte) onde hoje vai ver-se o eclipse total do Sol. Os dois arquipélagos ficam dentro da faixa de sombra com mais de 400 quilómetros de largura que a Lua projeta esta manhã durante escassos minutos na Terra, mas o problema é que estão fora de mão e são tão diminutos que "já devem ter a lotação esgotada há muito", diz a brincar o astrónomo Máximo Ferreira. Por isso, por causa dos compromissos com o Centro Ciência Viva que dirige em Constância e porque também seria caro, desta vez não foi atrás do eclipse total, como aconteceu tantas outras vezes nos últimos 25 anos.



Hoje Máximo Ferreira vai estar em Teixoso, Covilhã, no Campus de Ciência da Quinta de Santa Iria, onde coordena entre as 08.00 e 10.00, uma observação aberta ao público do eclipse solar, que em Portugal se vê como parcial, entre 69% a 77% na fase máxima.

Nas suas andanças de observador dos astros e de divulgador da astronomia, Máximo Ferreira já quase perdeu a conta aos eclipses totais do Sol que viu ao vivo. Para o fazer, atravessou mais do que uma vez o Atlântico, foi a África, esteve no deserto - "no Egito, junto à fronteira com a Líbia, hoje já não daria", diz - e numa ocasião, na Hungria, em 1999, até andou atrás do bom tempo quase ao minuto para conseguir ver e fotografar o momento do eclipse total.
"Caçador de eclipses? Sim, posso dizer que sou", diz satisfeito. E o número dos que viu confirma-o: ao todo, tem no currículo oito eclipses solares totais e um anular, e para este, que ocorreu em 2005, só precisou de ir até Bragança. "Nas primeiras vezes fui para fazer fotografias e para aplicar os conhecimentos, mas depois comecei a ir pela emoção, que é quase indescritível. Aquilo vicia", garante.
Pedro Ré, biólogo, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e astrónomo amador é da mesma opinião. "Basta ver um eclipse solar total para ficar viciado", confirma.




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