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Homenagem às Vítimas do 11 de Setembro de 2001

mjtc

GF Platina
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Os olhos estiveram postos no dia 11 de Setembro de 2011, no Ground Zero, no Pentágono e em Shanksville. Os E.U.A. marcaram os 10 anos dos atentados em homenagens aos quase 3000 mortos que reuniram dois Presidentes. A cerimónia de homenagem às vítimas dos atentados de 11 de Setembro começou por volta das 08h30m (13h30m em Lisboa). Quando os relógios marcavam 08h46m observou-se o primeiro minuto de silêncio. Há exactamente dez anos, o voo 11 da American Airlines chocava contra a Torre Norte do World Trade Center desencadeando os ataques terroristas que marcaram a última década.

No local onde se erguiam as Torres Gémeas estiveram presentes o Presidente Barack Obama e o ex-Presidente George W. Bush, com as respectivas mulheres (Michelle Obama e Laura Bush). Foi a primeira vez que os dois estadistas se encontra-
ram naquele local simbólico. A cerimónia começou com uma marcha de uma banda de gaitas de foles e tambores, seguida da entoação do hino nacional pelo Coro Juvenil de Brooklyn.

O primeiro a falar, momentos antes do minuto de silêncio referente ao primeiro avião a embater na Torre Norte do WTC, foi o Presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg. "Dez anos passaram desde que uma manhã de céu azul se transformou na mais escura das noites", recordou o Mayor.

O segundo a falar foi Barack Obama, que leu o salmo 46 da Bíblia protegido por detrás de um vidro à prova de bala: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projectem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua bravura. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; ela não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da aurora. Bramam nações, reinos abalam-se; Ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. O Senhor dos exércitos está connosco; o Deus de Jacob é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. Ele faz cessar as guerras até aos confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra. O Senhor dos exércitos está connosco; o Deus de Jacob é o nosso refúgio".

Às 09h03m foi observado o segundo momento de silêncio, quando o voo 175 da United Airlines colidiu com a Torre Sul do World Trade Center. O avião, que tinha levantado voo do Aeroporto Logan, em Boston, com destino a Los Angeles, atingiu a torre à altura do 78º andar.

George W. Bush, o terceiro dignitário a tomar a palavra durante a manhã - e que foi aplaudido quando começou a falar - optou por ler uma mensagem histórica de Abraham Lincoln (escrita em 1864) para uma mulher que perdeu cinco filhos durante a Guerra Civil. "O Presidente Lincoln não só percebeu o quanto sofria este país, como percebeu o preço do sacrifício e tentou consolar todos aqueles que estavam mergulhados na tristeza".

Durante a cerimónia foram sendo enunciados, por ordem alfabética, os nomes de todas as cerca de 2980 vítimas dos atentados em Nova Iorque, Washington e Shanksville. Esta homenagem foi talvez, o acto mais marcante da jornada de homenagem. A leitura dos nomes demorou mais de 4 horas. Os nomes foram lidos por familiares dos mortos; cada pessoa leu um punhado de nomes, incluindo o do familiar que perdeu nos ataques, dedicando-lhe uma mensagem pessoal.

Os familiares das vítimas que foram convidados a participar na cerimónia puderam hoje, pela primeira vez, aceder ao espaço que acolhe o memorial do 11 de Setembro. No local onde se erguiam as Torres Gémeas foram criadas dois enormes tanques de água, em torno dos quais foram gravados os nomes das vítimas em grandes painéis de bronze. Internamente, a toda a volta destes dois tanques com a forma da base das torres foram colocadas cascatas de água. Em redor destas duas bacias foram plantadas árvores e relva. Sabe-se que foi criado um algoritmo para se conseguirem dispor, de forma optimizada, os nomes de todas as vítimas nos painéis de bronze.

Vários familiares das vítimas decidiram decalcar o nome dos seus entes queridos para folhas de papel. Encostaram o papel ao bronze e com o auxílio de um lápis de carvão, transferiram os nomes dos seus familiares para as folhas. Outras pessoas colocaram flores ou fotografias nas ranhuras dos nomes gravados no bronze.

Rudolph Giuliani, que era o mayor de Nova Iorque em 2001, disse também durante as cerimónias que a imagem de um homem a saltar do 101º andar de uma das torres está sempre nos seus pensamentos. A cerimónia no Ground Zero teve um momento musical de destaque: Paul Simon cantou o tema "The Sound of Silence" diante de todos aqueles que hoje se reuniram na base das torres.

Homenagens junto ao Pentágono e em Shanksville.

Por volta das 09h30m (14h00m em Lisboa) as cerimónias de homenagem às vítimas começam junto ao Pentágono, onde exactamente às 09h37m de dia 11 de Setembro de 2001 o voo 77 de American Airlines se despenhou contra o quartel-general do Departamento de Defesa dos E.U.A.

O Secretário da Defesa, Leon Panetta, dirigiu-se às pessoas reunidas junto ao Pentágono (maioritariamente militares) e admitiu: "Apesar de terem passado dez anos, as emoções continuam cruas. O 11 de Setembro foi um momento definido para todos os americanos. A Al-Qaeda tentou enfraquecer-nos, mas em vez disso tornou-nos mais fortes", acrescentou o responsável.

Depois de Panetta foi a vez de o Vice-Presidente Joe Biden se dirigir à nação, descrevendo os ataques como uma injusta tragédia. "Todos aqueles que estavam no Pentágono naquele dia, sabiam que isto era uma declaração de guerra por parte de actores apátridas com a missão de mudarem o nosso estilo de vida, que acreditavam que aqueles horríveis actos de terror poderiam afivelar os nossos joelhos, vergar a nossa vontade, dobrar-nos. Mas, em vez disso, o instinto americano galvanizou uma nova geração de patriotas - a geração do 11 de Setembro".

Exactamente às 10h03m (15h03m em Portugal) observou-se mais um minuto de silêncio da jornada evocativa, em homenagem a todas as vítimas do voo 93 da United Airlines que se despenhou contra um descampado de Shanksville, na Pensilvânia. O aparelho - que tinha como alvo o Capitólio e que levava a bordo 40 passageiros - foi despenhado pelos terroristas depois de uma revolta a bordo ter evitado o plano inicial dos operacionais da Al-Qaeda.

Entretanto em Nova Iorque o sino assinalou mais dois momentos fundamentais da manhã de 11 de Setembro de 2001: às 09h59m (14h59m em Portugal) a Torre Sul, a segunda ser atingida, colapsa, lançando uma nuvem gigantesca de pó e destroços por Manhattan. O sino volta a tocar às 10h28m (15h33m) assinalando a derrocada da segunda torre do World Trade Center, 102 minutos depois de ter sido atingida.

Depois de ter assistido às cerimónias em Nova Iorque, Barack Obama deslocou-se para Shanksville, na Pensilvânia. A Casa Branca referiu que o Presidente ficou impressionado com o memorial do World Trade Center e que achou particularmente tocante a leitura dos nomes das vítimas.

Cerca das 12h30m (17h30m) o Presidente e a Primeira Dama depuseram uma coroa de flores em frente ao novo memorial de mármore de Shanksville em homenagem a todos aqueles que morreram no voo 93.

O novo memorial - chamado de Wall of Names - foi visitado na véspera pelos ex-Presidentes George W. Bush e Bill Clinton, mas só hoje o monumento foi oficialmente descerrado.

Já ao final do dia, Barack Obama deslocou-se ao Pentágono, onde há 10 anos se despenhou um dos aviões e morreram 184 pessoas. Pouco antes também ali esteve Joe Biden, a participar numa primeira cerimónia de homenagem às vítimas.
 

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Cerimónia dos Atentados do 10º Aniversario do 11/09/2001

Milhares de familiares de vítimas do 11 de Setembro concentram-se para as cerimónias do 10º aniversário dos atentados. Vindos de todo o país e até do estrangeiro, começaram a chegar de madrugada ao local das cerimónias, junto ao monumento as vítimas no World Trade Center, rodeado de fortes medidas de segurança e muitas centenas de polícias. Trouxeram ramos de flores, bandeiras americanas, balões em forma de coração ou T-shirts com fotografias dos seus familiares mortos nos atentados contra as Torres Gémeas. A meio da cerimónia do 10.º aniversário dos atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque, as famílias das vítimas encheram a praça em volta do monumento no World Trade Center. Uma vez dentro da praça, os familiares das quase 3000 vítimas dos atentados procuram os nomes dos que perderam nos ataques, inscritos nas placas de bronze que rodeiam as duas enormes piscinas com cascatas interiores, no local exacto onde assentavam as Torres Gémeas até 2001. Enquanto alguns deixam flores, fotografias ou capacetes de bombeiro, outros simplesmente deixam-se estar sobre as placas a chorar.
 

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Homenagem às Vítimas do 11/9/2001 pelo Mundo

Do Afeganistão a Londres, homenagens foram prestadas neste domingo às cerca de quase 3000 vítimas dos atentados de 11 de Setembro, em ocasião do 10º aniversário da tragédia, com lideranças ressaltando que a luta contra o terrorismo está longe do fim. As primeiras cerimónias começaram no Afeganistão, onde as tropas americanas foram mobilizadas após os atentados nos Estados Unidos. Em todas as bases americanas, os soldados prestaram homenagem às vítimas dos atentados e dos combates que foram travados nos últimos dez anos nesse país. No dia 7 de Outubro de 2001, um mês depois dos atentados, os Estados Unidos lançaram uma ofensiva no Afeganistão, derrubando em algumas semanas o regime dos talibãs, que estava no poder desde 1996, recusando-se a entregar Osama bin Laden, cérebro dos ataques de 11 de Setembro. O vizinho Paquistão, cujas zonas tribais serviram de refúgio para Bin Laden após os atentados, juntou-se aos povos dos Estados Unidos e do mundo para honrar a memória daqueles que perderam suas vidas no dia 11 de Setembro, assim como das vítimas do terrorismo em todo o mundo.

Em Londres, as famílias dos 67 britânicos mortos no 11 de Setembro se reuniram na catedral Saint-Paul de Londres, para uma cerimónia religiosa, na presença de cerca de 2000 pessoas, entre elas o embaixador dos Estados Unidos, Louis Susman. Outras cerimônias foram organizadas no Reino Unido. A cerimónia realizou-se ao pé do memorial aos desaparecidos erguido na Grosvenor Square, próximo à embaixada dos Estados Unidos, no centro de Londres, onde os nomes das vítimas foram lidos.

Na Alemanha, a bandeira americana estava a meio mastro neste domingo em Checkpoint Charlie, o mais conhecido posto de controle entre Berlim Ocidental e Berlin Oriental durante a Guerra Fria, para lembrar os atentados. "Nós berlinenses não esqueceremos o dia 11 de Setembro de 2011", estava escrito no painel. Uma cerimónia ecuménica reunindo cristãos, judeus e muçulmanos foi celebrada na Igreja Americana de Berlim, na presença do presidente Christian Wulff.

Em Portugal, o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva enviou as condolências ao Presidente dos E.U.A., Barack Obama. "Lembrar do 11 de Setembro é a oportunidade de reflectir sobre a necessidade de uma cooperação internacional frente à ameaça do terrorismo, tendo a segurança e a liberdade como valores indissociáveis", declarou Cavaco Silva.

Em Paris, a inauguração de uma réplica das Torres Gémeas, destruídas após a colisão de duas das quatro aeronaves sequestradas, marcou a homenagem francesa à data. As edificações, de 25 metros de altura, foram colocadas nos jardins do Trocadero, tendo a Torre Eiffel como cenário. As estruturas também continham os nomes dos mortos no 11 de Setembro e as mensagens de apoio recebidas pela fundação The French Will Never Forget (a França nunca esquecerá, em tradução livre), fundada em 2003 por um grupo de empresários franceses residentes nos E.U.A. que quiseram contribuir para eliminar o sentimento anti-francês entre alguns americanos depois que o país se opôs à guerra contra o Iraque. As duas torres, compostas por uma estrutura metálica e cobertas por uma lona branca, foram projectadas pelo escritório do arquitecto Jean-Pierre Heim, que classificou a obra "como um símbolo de paz para o futuro". A cerimónia, que contou com um minuto de silêncio, teve a presença do embaixador americano em Paris, Charles H. Rivkin, o prefeito da capital francesa, Bertrand Delanöe e de outras autoridades locais.

O príncipe Felipe, herdeiro da coroa espanhola, inaugurou, ao lado da esposa, princesa Letizia, um bosque de carvalhos americanos no Parque Ferial Juan Carlos I, em Madrid, dedicado "à memória de todas as vítimas do terrorismo", em especial os 2977 mortos nos ataques em Nova York, Washington, e na queda de um avião sequestrado na Pensilvânia. O embaixador dos E.U.A. na Espanha, Alan Solomont, destacou que no dia dos atentados seu país decidiu que não deixaria que os terroristas mudassem sua forma de vida ou minassem sua democracia. "São valores que compartilhamos com a Espanha: a crença na democracia, os direitos humanos e o respeito às diferenças culturais e religiosas", afirmou Solomont. A solenidade reuniu mais de 200 membros da comunidade americana na Espanha. Também participaram a ministra espanhola de Relações Exteriores, Trinidad Jiménez, e o prefeito de Madrid, Alberto Ruiz Gallardón, que receberam José Luis San Pio, pai de Silvia, única cidadã espanhola morta nos atentados. Os príncipes Felipe e Letizia ajudaram, junto ao embaixador e sua esposa, Susan, a plantar os últimos dez carvalhos do parque.

Na Itália, as cidades lembraram os atentados de maneiras diferentes. No aeroporto de Roma, os passageiros e funcionários fizeram um minuto de silêncio no momento em que dez anos atrás, um avião atingia a primeira torre do World Trade Center, em Nova York. Vários anúncios foram feitos por alto-falantes nos aeroportos de Fiumcino e Campucino e às 14h46m no horário local (9h46m, horário de Brasília), os presentes pararam de trabalhar, em sinal de respeito. Também na capital italiana, o prefeito Gianni Alemanno e o embaixador dos E.U.A. no país, David Throne, foram juntos a uma missa e depositaram um ramo de louro diante do monumento dedicado às vítimas. Thorne declarou-se eternamente grato pela solidariedade demonstrada pelos italianos no trágico dia.

Em Ancona, o Papa Bento XVI realizou uma missa ao ar livre no canteiro naval de Fincantieri e fez um apelo aos políticos a "resistir à tentação do ódio". Bento XVI também pediu aos políticos, diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas, que "trabalham na sociedade inspirando-se nos princípios de solidariedade, de justiça e paz".

Para o Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu: "O terrorismo ameaça a própria existência do Estado de Israel sob a influência de regimes radicais, como o do Irão, que atingem todo o mundo. Este combate não chegou ao fim. Devemos nos unir contra esta praga", ressaltou.
 

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Estatísticas das Vítimas das Torres Gémeas

Várias cerimónias foram igualmente organizadas em vários pontos do globo, uma vez que nos ataques perderam a vida cidadãos de várias nacionalidades. No final, pessoas de 60 nacionalidades diferentes faleceram no acidente que destruiu o World Trade Center, um complexo de escritórios e empresas multinacionais que abrigava mais de 20.000 pessoas trabalhando no dia a dia. Outras milhares de pessoas visitavam os edifícios, que ainda estavam relativamente vazios, em razão do horário. As nacionalidades das pessoas desaparecidas segundo fontes do Departamento de Estado do Governo Americano e do Consulado-Geral do Brasil em Nova Iorque são:
- 3613 dos Estados Unidos;
- 403 da Holanda;
- 250 da Índia;
- 208 da Colômbia;
- 206 da Alemanha;
- 200 da Grã-Bretanha;
- 200 do Paquistão;
- 150 do Canadá;
- 133 de Israel;
- 96 da Rússia;
- 86 da Itália,
- 71 de São Salvador;
- 68 de Portugal;
- 55 da Austrália;
- 55 do Bangladesh;
- 40 da Áustria;
- 34 Irlanda;
- 34 do Equador;
- 30 da Polónia;
- 30 da Coreia do Sul;
- 25 da República Dominicana;
- 23 do Japão;
- 20 da Grécia;
- 17 do México;
- 10 da República Checa;
- 10 da Eslováquia;
- 10 da França;
- 8 de Marrocos;
- 8 do Iémen;
- 7 das Honduras;
- 7 da Jamaica;
- 7 de Taiwan;
- 6 da Argentina;
- 6 da Guatemala;
- 5 do Brasil;
- 5 do Irão;
- 4 da Bélgica;
- 4 de Belize;
- 4 da China;
- 4 Trinidad e Tobago;
- 3 de Barbados;
- 3 do Líbano;
- 3 do Panamá;
- 3 do Peru;
- 3 da Venezuela;
- 2 da Jordânia;
- 1 das Bahamas;
- 1 do Chile;
- 1 da Costa Rica;
- 1 da Dinamarca;
- 1 do Egipto;
- 1 do Gana;
- 1 da Indonésia;
- 1 da Nova Zelândia;
- 1 do Paraguai;
- 1 do Sri Lanka;
- 1 de Santa Lúcia;
- 1 da Turquia;
- 1 da Ucrânia;
- 1 da Bielo-Rússia.
Os funcionários da corretora Cantor Fitzgerald, na torre norte do World Trade Center, costumavam assumir o posto de trabalho, entre o 101º e o 105º andares, por volta das 7 horas da manhã. Ligados à operação da Bolsa de Valores, eles adiantavam a programação do dia e estava tudo pronto quando se deu o fatídico atentado. Mais de 700 deles morreram quando os andares foram atingidos em cheio pelo Boeing 767. Naquele horário havia cerca de 100 clientes tomando o café da manhã no restaurante Windows on the World, no 107º andar, servidos por aproximadamente 70 empregados da casa. Um pavimento abaixo, um congresso da consultoria financeira inglesa Risk Water reunia 80 pessoas. Naquele dia, 161 inscritos se atrasaram e se salvaram. As listas de vítimas mostram que houve menos mortos na torre sul porque mesmo com o seu desabamento ocorrendo primeiro, nesse prédio muita gente teve oportunidade de descer, até pelos elevadores, logo que o edifício ao lado foi acertado pelo avião. A energia eléctrica no complexo caiu muito tempo depois do primeiro impacto. No Banco Morgan Stanley, que ocupava 31 andares da torre sul, 40 dos 3500 empregados estão desaparecidos. Um chefe de segurança treinado, conseguiu que a imensa maioria iniciasse a descida no momento em que a outra estrutura foi atingida. Queimados, asfixiados ou atingidos pelo desmoronamento, todos os mortos acabaram esmagalhados. Não foram poucos os casos em que corpos irreconhecíveis portavam um telemóvel, e a identificação foi feita com a ajuda de técnicos das companhias telefónicas, que descobriram o número daqueles aparelhos.

De acordo com uma estatística avançada pela ABC, das cerca de 2980 pessoas mortas no dia 11 de Setembro de 2011:
- 76% eram homens;
- 24% eram mulheres;
- 48% tinham filhos com menos de 18 anos.
 

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11 de Setembro: A Terça-Feira Negra

Estava uma manhã de final de Verão esplendorosa. Às 8h46, o primeiro Boeing 767 embateu numa das torres do World Trade Center, em Nova Iorque, e o céu azul sobre Manhattan cobriu-se de fumo. O maior atentado de sempre faz 10 anos:
7:35) Mohammed Atta, o líder egípcio dos piratas do ar, e Abdulaziz al-Omari (22 anos) embarcam no Voo 11 da American Airlines.
7:59) O Voo 11, um Boeing 767, descola do Aeroporto Logan, em Boston, rumo a Los Angeles, Califórnia, com cinco terroristas a bordo.
8:14) O Voo 175 da United Airlines, um Boeing 767, deixa Logan (Boston), também com destino à Califórnia e também com cinco terroristas. Transporta 65 pessoas.
8:20) O Voo 77, um Boeing 757 com 64 pessoas, deixa o aeroporto de Dulles (Washington). Cinco terroristas seguem a bordo.
8:26) O Voo 11 faz um desvio em direcção a Nova Iorque.
8:42) O Voo 93, um Boeing 757, parte do Aeroporto de Newark, com 44 pessoas. Leva quatro terroristas a bordo.
8:46) O Voo 11 embate a 790 km/h na Torre Norte do World Trade Center, entre os andares 93º e 99º.
8:48) As primeiras pessoas encurraladas acima da zona de impacto perdem a esperança e começam a saltar. Um homem tenta escapar às chamas mas escorrega e cai. Estima-se que entre 100 e 250 pessoas tenham saltado.
8:54) O voo 77 desvia-se da rota prevista.
8:55) George W. Bush está na escola primária Emma E. Booker, em Sarasota, Florida, quando o seu conselheiro Karl Rove lhe anuncia que um pequeno avião embateu no World Trade Center.
9:02) É dada ordem de evacuação da Torre Norte.
9:03) O Voo 175 abalroa a Torre Sul a 950 km/h, entre os andares 77º e 85º.
9:04) O Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Boston (de onde haviam partido os aviões que embateram nas Torres Gémeas) cancela todas as partidas na sua área de jurisdição.
9:05) George W. Bush está prestes a começar a ler uma história aos alunos da escola Emma E. Booker quando o seu chefe de gabinete, Andrew Card, se aproxima e lhe segreda ao ouvido: «Um avião atingiu a segunda torre. A América está a ser atacada». Bush decide prosseguir com a leitura para não alarmar as crianças.
9:13) Caças F-15 partem da Base de Otis, perto de Long Island, e em breve estão a sobrevoar Manhattan.
9:14) Os Serviços Secretos levam George Bush para uma sala protegida, com telefone e televisão. O Presidente comunica com os seus principais colaboradores e acompanha as emissões em directo.
9:17) A Autoridade da Aviação fecha todos os aeroportos de Nova Iorque.
9:28) Os terroristas arrombam o cockpit do Voo 93 e assumem o comando da situação.
9:29) O Presidente Bush faz a sua primeira declaração pública, perante cerca de 200 professores e estudantes: «Tivemos uma tragédia nacional».
9:35) O Voo 93 muda de direcção.
9:35) Os Serviços Secretos ordenam a evacuação do Vice-Presidente, Dick Cheney, da Casa Branca.
9:35) Todas as pontes e túneis de Manhattan são encerrados.
9:37) O voo 77 embate no lado oeste do Pentágono. Além das 65 pessoas a bordo, há 125 vítimas mortais entre os funcionários do edifício.
9:43) A Casa Branca e o Capitólio são evacuados.
9:45) O espaço aéreo norte-americano é fechado. Todos os voos no ar recebem instruções para aterrar no aeroporto mais próximo. Nenhum voo civil é autorizado a partir e os aviões que se destinam ao E.U.A. são desviados para o Canadá ou o México. Só no dia 14 os voos serão retomados.
9:57) Bush entra no avião presidencial, o Air Force One, uma espécie de fortaleza voadora. O aparelho anda 40 minutos às voltas no ar até ser tomada uma decisão quanto ao seu destino.
9:59) A Torre Sul, a segunda a ser atingida, entra em colapso, 56 minutos após a colisão. A estrutura interior de 48 pilares de aço derretera e o peso exercido por cada andar sobre o andar inferior era demasiado grande para ser suportado, o que provocou o desabamento do edifício.
10:03) O Voo 93 da United Airlines despenha-se perto de Pittsburgh, na Pensilvânia. As autoridades presumem que o objectivo era atingir o Capitólio ou a Casa Branca, mas os passageiros ofereceram resistência e abortaram o ataque.
10:28) A Torre Norte começa a ceder. O colapso provoca um sismo de 2,9 graus na escala de Richter. O hotel Marriot, nas imediações, também não resiste.
10:35) O Air Force One, onde segue o Presidente, dirige-se para a Base Aérea de Barksdale, no Louisiana.
10:49) A Fox News insere um rodapé para passar notícias relacionadas com os atentados, uma novidade que será aproveitada por outras estações.
11:45) O avião que transporta o Presidente aterra em Barksdale, Louisiana, escoltado por dois caças.
12:15) O espaço aéreo norte-americano encontra-se totalmente desimpedido de voos comerciais.
13:04) Bush coloca o Exército Americano em Alerta Delta.
15:36) Uma conselheira afirma que o Presidente se encontra a salvo em lugar não divulgado, que mais tarde se vem a saber ser a Base Aérea de Offutt, no Nebraska, uma das mais seguras do mundo. Ali grava uma declaração dizendo que
«A própria liberdade foi atacada esta manhã por um cobarde sem rosto. Os Estados Unidos vão perseguir e punir os responsáveis por estes actos cobardes».
16:36) O Air Force One deixa a base de Offutt.
17:20) O edifício 7 do complexo do World Trade Center, uma torre de 47 andares, desaba.
18:54) Bush chega à Casa Branca.
20:30) Bush dirige um discurso à nação: «Hoje, os nossos concidadãos, o nosso modo de vida e até a nossa liberdade foram atacados numa série de actos terroristas deliberados e letais. Os ataques terroristas podem abalar os alicerces dos nossos maiores edifícios, mas não podem beliscar as fundações da América.
 

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Imagens do Atentado as Torres Gémeas

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Atentado ao Pentágono

Ataque ao Pentágono permanece vivo na memória dos norte-americanos. Ataque terrorista contra o Departamento de Defesa dos E.U.A. deixou 184 mortos e traumatizou centenas de parentes de vítimas, sobreviventes e pessoas que trabalharam no resgate. O Pentágono foi inaugurado em 15 de Janeiro de 1943 e continua sendo um dos edifícios mais famosos do mundo. Sempre foi parte das forças armadas dos Estados Unidos desde sua construção durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a primeira metade de 1941 o departamento de guerra encontrou cada vez mais dificuldade de fornecer um espaço para a equipe de funcionários das matrizes de seu exército em expansão. O presidente, pediu para o Congresso construir edifícios adicionais. O chefe da construção, o brigadeiro general Brehon B. Somervell do Departamento de Guerra, teve uma idéia melhor, um esquema de abrigar todas as forças armadas sob um telhado. Assim surgiu o conceito actual do Pentágono. O edifício tem forma de pentágono, e é a fonte de renda de aproximadamente 23.000 agentes civis e militares, cerca de 3000 deles são o pessoal de apoio, situado em Arlington, Virginia. Tem cinco andares e cada andar tem cinco corredores. O Pentágono é o maior edifício de escritórios do mundo reservado a inteligência estratégica e espionagem. Construído nos primeiros dias de Julho de 1941, era inicialmente para ser um abrigo provisório para o Departamento de Defesa, mas o seu destino foi se transformar na Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, onde o Presidente tem total controle. Até hoje é uma estrutura eficiente pois seus corredores somam 28,16 km, só é necessário 7 minutos para caminhar entre dois pontos extremos do edifício pelo seu sistema de locomoção realmente eficiente.
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Pentágono - Centro das Forças Armadas dos Estados Unidos da América (E.U.A.).
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O Pentágono, com o rio Potomac e o monumento de Washington ao fundo.
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O edifício do Pentágono depois dos ataques de 11 de Setembro.
 
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Torres Gémeas

O World Trade Center foi um complexo de sete edifícios, mais conhecido apenas pelas Torres Gémeas, construídos em Lower Manhattan, na cidade de Nova Iorque. O complexo abriu em 4 de Abril de 1973 e foi destruído em 2001, durante os ataques de 11 de Setembro. À época, foram considerados os edifícios mais altos do mundo, superando o Empire State Building. Actualmente, no terreno, estão sendo construídos cinco novos arranha-céus além de um memorial. O complexo foi projectado no início da década de 1960 por Minoru Yamasaki em parceria com as empresas Associates of Troy, do Estado de Michigan, e Emery Roth and Sons de New York. As torres gémeas de 110 andares usaram o método estrutural de secções tubulares. Para ter a aprovação do projecto, o Port Authority of New York and New Jersey concordou em assumir o controle da empresa Hudson & Manhattan Railroad, predecessora da linha de metro Port Authority Trans-Hudson (PATH), que liga Manhattan a New Jersey e que passava por debaixo do complexo. A pedra fundamental do edifício foi lançada no dia 5 de Agosto de 1966. A Torre Norte foi concluída em Dezembro de 1972 e a Torre Sul foi finalizada em Abril de 1973.

A sua construção envolveu a escavação de inúmeros metros cúbicos de terra, usados posteriormente na criação do parque Battery Park City, a oeste de Lower Manhattan. O custo da construção foi de 400 milhões de dólares. Localizado no coração financeiro da cidade de Nova Iorque, o complexo possuía 1.24 milhão de m² de área útil. O restaurante Windows on the World se encontrava nos andares 106º e 107º da Torre Norte enquanto o deck de observação Top of the World localizava-se no andar 107º da Torre Sul. Os outros edifícios do complexo eram o Marriott World Trade Center; 6 World Trade Center, edifício sede de órgãos do governo; e o 7 World Trade Center, que foi construído em 1980. O World Trade Center pegou fogo parcialmente em 13 de Fevereiro de 1975 e sofreu um ataque a bomba em 26 de Fevereiro de 1993. Em 1998, o Port of Authority decidiu privatizar o complexo, transferindo a administração de todos os edifícios para uma empresa privada, a Silverstein Properties em Julho de 2001. O World Trade Center foi uma estrutura ícone e já apareceu em numerosos filmes, bem como em muitos shows de televisão, desenhos animados, revistas em quadradinhos, computador, video games, música e vídeos. O World Trade Center junto da Estátua da Liberdade, a Ellis Island, o Empire State Building, fazia parte dos principais ícones da cidade de Nova Iorque.
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Vista das Torres Gémeas em Nova Iorque (E.U.A.).
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A belíssima cidade de Nova Iorque à noite com as Torres Gémeas.
 
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