Incentivo monetário à substituição de electrodomésticos

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Plano Eficiência Energética torna mais completa politica do Governo

Incentivo monetário à substituição de electrodomésticos é uma das medidas mais emblemáticas


O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou esta quinta-feira que a aprovação do Plano Nacional para a Eficiência torna mais completa a politica do Governo para a energia, depois da aposta nas renováveis e da introdução de concorrência no sector.

«Com a aprovação deste plano fica mais completa a política do Governo para a energia, depois de ter apostado nas renováveis e na introdução da concorrência no sector», afirmou Manuel Pinho à «Lusa».

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o Plano Nacional para a Eficiência Energética, que deve permitir uma poupança de 10 por cento no consumo até 2015.

Manuel Pinho salientou que este objectivo é superior ao da União Europeia, que foi fixado em 8 por cento até 2016.

Sublinhou ainda que para o Estado foi fixado um objectivo superior ao nacional, em 12 por cento, porque a Administração Central «deve dar o exemplo».

O ministro considera que os ganhos em eficiência energética são «um grande desafio», sobretudo quando se assiste a uma escalada dos preços do petróleo, que hoje chegou a cotar nos 115 dólares o barril em Nova Iorque.

Incentivo aos consumidores

Apesar das tarifas do gás e da electricidade em Portugal ainda não serem suficientemente altas para pressionar os consumidores à poupança, Manuel Pinho afirmou que existe «uma forte preocupação em manter tarifas competitivas que protejam o poder de compra dos consumidores e a viabilidade económica das empresas».

«Mas é também necessário que os consumidores fiquem mais sensibilizados para a necessidade de poupar e de apostarem na eficiência energética através da substituição de lâmpadas ou de electrodomésticos por outros mais eficientes», sublinhou.

Manuel Pinho revelou que o plano foi aprovado nos moldes em que foi apresentado publicamente, tendo um orçamento anual de 30 milhões de euros, dos quais 6 milhões de euros provêm da taxa das lâmpadas, 8 milhões de euros do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e os restantes 16 milhões de euros serão financiados pelos clientes domésticos que tiverem maiores consumos.

O ministro não confirmou, no entanto, que as famílias que consumirem mais de 4 megawatts por ano-excluindo as famílias numerosas-vejam a sua factura agravada em 5 por cento, tal como tinha sido anunciado.

Entre as medidas anunciados pelo Ministério da Economia em Fevereiro destacava-se a redução de 2,5 por cento das tarifas de electricidade para os clientes que consumirem menos de 2 megawatts (MW) por ano e a penalização em 5 por cento para os que consumirem mais de 4 magawatts por ano.

O plano hoje aprovado inclui um conjunto de 12 programas abrangentes a vários sectores - transportes, indústria, residencial, serviços e Estado.

Uma das medidas emblemáticas neste plano para os consumidores domésticos passa pelo incentivo monetário à substituição de electrodomésticos.

Um consumidor que queira trocar o seu frigorífico antigo por um novo de classe mais eficiente (A++) terá um incentivo financeiro de 100 euros.

O Governo pretende ainda criar uma linha de crédito unificado de 250 milhões de euros por ano para investimentos em medidas de eficiência energética, o que permitirá contrair, para esse fim, um empréstimo a uma taxa de quatro por cento.


Redacção / Lusa/SPP
 
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