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José Niza reuniu 50 poemas de guerra no seu primeiro livro lançado hoje
Santarém, 21 Abr (Lusa) -- O médico, escritor, músico e político José Niza lançou hoje, em Santarém, o seu primeiro livro, "Poemas da Guerra (Angola 1969-1971)", com prefácio do seu amigo Francisco Pinto Balsemão.
São 50 poemas escritos por José Niza no período em que esteve na tropa em ngola, uma pequena parte do manancial de escrita desses dois anos, numa "terapêutica" que prescreveu a si próprio, confessou hoje à agência Lusa.
"Tenho milhares de páginas, cartas que escrevia todos os dias à minha mulher", um diário que admite publicar um dia e que descreve como um trabalho "um pouco como o de um repórter".
Para já, são 50 poemas reunidos numa edição de 40 mil exemplares feita pelo semanário regional O Mirante, que vai distribuir gratuitamente o livro com a sua próxima edição.
O livro foi lançado ao fim da tarde, antes de um espectáculo em que Tonicha e Paço Bandeira cantam, no Largo do Seminário, poemas de José Niza, abrindo as celebrações do 25 de Abril em Santarém.
Com centenas de poemas escritos, muitos conhecidos do público através de canções como "E depois do Adeus", interpretada por Paulo de Carvalho no Festival da Canção da RTP e que acabou por servir de senha para o arranque da Revolução de Abril de 1974, José Niza disse à agência Lusa que nunca publicou antes "por inércia, por uma certa timidez".
Mas, também, admitiu, porque só agora, aposentado, tem o tempo disponível para mexer nos papéis e pensar dar-lhes destino.
Antes mesmo do seu diário de Angola, Niza quer escrever o livro "Sete Vidas", na linha da nota autobiográfica que sairá na próxima edição do Jornal de Letras.
"Sete Vidas" porque teve uma vida "muito dispersa", em que as "coisas vieram" ter consigo.
Foi a guerra, a medicina (e depois a especialização em psiquiatria), as lutas académicas em Coimbra, a televisão, a música, a política, "experiências muito ricas em áreas completamente diferentes", disse.
"Tenho muita coisa para contar, muitas coisas inéditas da televisão e da política", disse à Lusa, frisando que "material não falta".
"É como uma casa com tecto e paredes que falta acabar", afirmou.
Entre os seus próximos projectos está, além do livro que reunirá as letras para canções que escreveu, a edição de dois CDs com 50 músicas que compôs, acompanhados de um livro que conta a história de cada canção.
"Algumas coisas estão em arquivo, nomeadamente da RTP. Agora é mais o trabalho de conseguir as autorizações", disse.
José Manuel Niza Antunes Mendes nasceu em Lisboa, "por acaso", a 16 de Setembro de 1938, porque os seus pais viviam em Portalegre, onde cresceu até aos 6 anos, disse à Lusa.
A sua ligação a Santarém, onde fez a escola primária e o liceu, permanece desde essa altura, residindo actualmente numa aldeia próxima da cidade, Perofilho.
Foi durante vários anos eleito deputado pelo Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Santarém, cidade onde, durante quase 20 anos, pertenceu à Assembleia Municipal, órgão que chegou a presidir.
MLL:
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Santarém, 21 Abr (Lusa) -- O médico, escritor, músico e político José Niza lançou hoje, em Santarém, o seu primeiro livro, "Poemas da Guerra (Angola 1969-1971)", com prefácio do seu amigo Francisco Pinto Balsemão.
São 50 poemas escritos por José Niza no período em que esteve na tropa em ngola, uma pequena parte do manancial de escrita desses dois anos, numa "terapêutica" que prescreveu a si próprio, confessou hoje à agência Lusa.
"Tenho milhares de páginas, cartas que escrevia todos os dias à minha mulher", um diário que admite publicar um dia e que descreve como um trabalho "um pouco como o de um repórter".
Para já, são 50 poemas reunidos numa edição de 40 mil exemplares feita pelo semanário regional O Mirante, que vai distribuir gratuitamente o livro com a sua próxima edição.
O livro foi lançado ao fim da tarde, antes de um espectáculo em que Tonicha e Paço Bandeira cantam, no Largo do Seminário, poemas de José Niza, abrindo as celebrações do 25 de Abril em Santarém.
Com centenas de poemas escritos, muitos conhecidos do público através de canções como "E depois do Adeus", interpretada por Paulo de Carvalho no Festival da Canção da RTP e que acabou por servir de senha para o arranque da Revolução de Abril de 1974, José Niza disse à agência Lusa que nunca publicou antes "por inércia, por uma certa timidez".
Mas, também, admitiu, porque só agora, aposentado, tem o tempo disponível para mexer nos papéis e pensar dar-lhes destino.
Antes mesmo do seu diário de Angola, Niza quer escrever o livro "Sete Vidas", na linha da nota autobiográfica que sairá na próxima edição do Jornal de Letras.
"Sete Vidas" porque teve uma vida "muito dispersa", em que as "coisas vieram" ter consigo.
Foi a guerra, a medicina (e depois a especialização em psiquiatria), as lutas académicas em Coimbra, a televisão, a música, a política, "experiências muito ricas em áreas completamente diferentes", disse.
"Tenho muita coisa para contar, muitas coisas inéditas da televisão e da política", disse à Lusa, frisando que "material não falta".
"É como uma casa com tecto e paredes que falta acabar", afirmou.
Entre os seus próximos projectos está, além do livro que reunirá as letras para canções que escreveu, a edição de dois CDs com 50 músicas que compôs, acompanhados de um livro que conta a história de cada canção.
"Algumas coisas estão em arquivo, nomeadamente da RTP. Agora é mais o trabalho de conseguir as autorizações", disse.
José Manuel Niza Antunes Mendes nasceu em Lisboa, "por acaso", a 16 de Setembro de 1938, porque os seus pais viviam em Portalegre, onde cresceu até aos 6 anos, disse à Lusa.
A sua ligação a Santarém, onde fez a escola primária e o liceu, permanece desde essa altura, residindo actualmente numa aldeia próxima da cidade, Perofilho.
Foi durante vários anos eleito deputado pelo Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Santarém, cidade onde, durante quase 20 anos, pertenceu à Assembleia Municipal, órgão que chegou a presidir.
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