José Sócrates assegura aumento do investimento destinado ao desenvolvimento científic

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O primeiro-ministro apresentou hoje na Universidade de Aveiro as medidas do Governo para a Ciência, sublinhando que o investimento no desenvolvimento científico "não só não foi sacrificado como cresceu", ao beneficiar de um investimento, pela primeira vez este ano, de "um por cento da riqueza nacional".

"Hoje em dia, na economia global assente no conhecimento, nenhum país terá sucesso se não apostar no seu potencial científico", disse, justificando a "aposta na Ciência num momento de contenção da despesa pública", que corresponde a "uma visão política presente desde a campanha eleitoral com o Plano Tecnológico". "Não digo isto para agradar aos cientistas, mas porque corresponde a uma aposta para o país, capaz de gerar mais riqueza e bem-estar", completou.

José Sócrates procurou garantir à comunidade académica a estabilidade da política que tem vindo a ser seguida, considerando que, face aos resultados alcançados, é uma via sem retorno. "Depois de se conseguir integrar mais mil investigadores não acredito que alguém cometa a irresponsabilidade de voltar atrás", comentou, considerando o investimento público na Ciência a forma de promover a economia e gerar mais investimento privado.

Realçando que em 2007 foi atingida a meta que havia sido definida para a legislatura e o país formou nas suas universidades 1500 novos doutores, o primeiro-ministro sustentou que a política que está a ser seguida pelo Governo "melhora as universidades, liga o conhecimento ao mundo empresarial e tem vantagens para a sociedade, que só pode andar para a frente e ter melhores salários com mais conhecimento".

Entre as medidas anunciadas hoje pelo Executivo está o lançamento de bolsas para estudantes que se associem a centros de investigação durante a licenciatura e a contratação de mais 500 doutorados.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago, também presente na apresentação, explicou que o conjunto de medidas para a Ciência corresponde a um investimento de 400 milhões de euros para um horizonte de três a cinco anos.

Das medidas previstas, Mariano Gago deu especial destaque ao lançamento de 5000 bolsas para estudantes com bom aproveitamento escolar que se queiram associar a centros de investigação logo durante a licenciatura, concluindo que se abre assim "uma nova via de reforço na renovação curricular dos primeiros anos das universidades portuguesas".

A criação de 50 cátedras convidadas, financiadas pelo Estado e por empresas, foi outra das novidades apresentadas, tendo por objectivo "atrair investigadores de alto nível internacional". As duas primeiras cátedras, em telecomunicações e em energias renováveis, foram formalmente criadas durante a cerimónia, mediante acordos celebrados entre a Universidade de Aveiro, a Nokia Siemens Network e a Martifer.

Mariano Gago salientou ainda a abertura de concurso para mais 500 doutorados, por contratos de cinco anos, continuando o "modelo transparente e de competição aberta para a selecção dos melhores, nacionais ou estrangeiros", iniciado em 2007 com o concurso para mil doutorados.

"Gostaríamos que este movimento de transparência penetrasse em todas as áreas científicas e que as universidades não mais contratassem professores auxiliares sem concurso e que esses concursos sejam conhecidos de todos", comentou.

Público
 
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