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Juan Miró ( artista )

Rita Saymor

GF Prata
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Juan Miró


Pintor espanhol ( 1893 ). As suas primeiras obras sofreram influências diversas do expressionismo ao naturalismo, cubismo e surrealismo.
Mas, embora a pintura onírica dos surrealistas o atraísse muito, entre 1925 e 1927, depressa se liberta de todas as regras estéticas.
O carácter pessoal da sua arte aparece então nesses elementos filiformes e fantasistas que se movem num espaço de sonho ou de pesadelo, criações cheias de humor e de encanto, ingénuas e sábias ao mesmo tempo ( Interior Holandês, Retratos Imaginários )
. Uma após outra, todas as técnicas o interessam : colagens e litografias, cenários de ballet, cerâmica, escultura em barro, etc.

As suas últimas obras, porém, adquirem proporções mais amplas : uma grande pintura mural para a Universidade de Harvard ( 1950 ) e as paredes revestidas de cerâmica para a U.N.E.S.C.O., em Paris ( 1958 ) revelam uma espécie de regresso à arte primitiva, à própria essência da arte.
 

jamila

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Set 23, 2006
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JUAN MIRÓ

Miró nasceu em Barcelona, em 1893. Cursou a Escola de Belas Artes de sua cidade e a Academia de Gali. Em 1919, visitou Paris, onde foi contagiado por aspectos dos movimentos estéticos fovista e dadaísta. No início dos anos 20, conheceu Breton e outros artistas surrealistas. A pintura O Carnaval de Arlequim, 1924-25, inaugurou uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia inocente, sem as profundezas das questões surrealistas. Participou da primeira exposição surrealista em 1925. Em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado a tela Interiores Holandeses. Em 1937, trabalhou em pinturas-mural. Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura. Três anos depois, viajou pela primeira vez aos Estados Unidos. No anos seguintes, trabalhou entre Paris e Barcelona.
No final de sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto.
Morreu em 1983, em Palma de Mallorca, na Espanha.


Personagem Atirando uma Pedra num Pássaro, 1926
Guache s/ papelão, 56,5 x 72,2 cm
Em Personagem atirando uma pedra num pássaro, Miró constrói a profundidade através da divisão do campo da pintura: um azul intenso, o céu, e um amarelo sobre fundo negro, a areia da praia e o mar escuro. O tema principal subdivide-se em dois desenhos, nomeados como personagem e pássaro. Ligados por uma linha côncava e interrompida, a ação dessas figuras vai sublinhar-se: a forma clara, a pedra, situada a meio caminho entre os seres redesenhados, recebe ênfase da forma negra, no canto esquerdo superior, e movimenta todo plano compositivo. Em torno dela, a profundidade da paisagem se deflagra: no amarelo intenso repousa a personagem, em primeiro plano; nele ainda, porém em suspensão, estão a lua, a pedra e o pássaro. Como um pano de fundo, as superfícies negra e azul estendem os segundo e terceiro planos.

Os símbolos criados para compor essa obra introduzem um distanciamento entre as linguagens verbal e visual. É preciso buscar o título da composição para relacioná-la ao mundo real.

E ainda dizem que de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos...

Abraço,
 
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