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4 Jul 2008, 13:39h
O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, Joaquim Raposo, considera “estranho” o anúncio feito quarta-feira por José Sócrates sobre a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), defendendo que o Governo “não se pode demitir das suas responsabilidades”.
Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro classificou como “inadmissível” o aumento de 15 por cento que o IMI registou em 2007 e adiantou que o Governo vai alterar os limites máximos daquele imposto para reduzir o encargo fiscal dos proprietários de casas, contando com a compreensão das autarquias.
O líder dos socialistas de Lisboa e presidente da câmara da Amadora referiu que o poder central “não pode criar problemas aos outros para resolver os seus próprios problemas” e contestou os argumentos apresentados José Sócrates para justificar a medida.
“É um anúncio estranho. Em primeiro lugar, porque quem mexe nos impostos das autarquia sem falar com os autarcas, o que é que não faz com os seus impostos? Depois, é uma falsa questão dizer que este é o problema das famílias, que tem a ver com empréstimos e com taxas de juro”.
“O Governo não se pode demitir das suas responsabilidades, nem pode resolver estes problemas de qualquer forma. Podíamos analisar o futuro do IMI, mas é preciso dizer exactamente o que vai acontecer”, acrescentou.
Para o líder socialista no distrito de Lisboa, é essencial fazer um estudo económico do impacto da medida junto das autarquias e ponderar a possibilidade de reduzir os impostos nacionais.
“Esperamos que o primeiro-ministro diga que ideia tem, qual o objectivo, e que tenha respeito pela autonomia dos municípios e dialogue com os mesmos para encontrar uma forma equilibrada de diminuir a carga fiscal dos portugueses”, concluiu Joaquim Raposo.
O MIRANTE