• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Líderes Mundiais!

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Sem dúvida que os povos da pré-história tinham os seus líderes embora nada sabemos acerca deles. Por volta de 10.000 A.C., os humanos começaram a desenvolver a agricultura e a povoar as terras férteis. Construíram aldeias e cidades e desenvolveram o comércio. A partir daí, emergiram líderes e monarcas poderosos e as primeiras civilizações do mundo: Egipto, Suméria e Babilónia. E mais tarde, Assírios e Persas, Índia e China, Grécia e Roma. A partir daí temos os líderes que governaram ao longo da história.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Faraós Importantes do Egipto!

Os Faraós eram poderosos no antigo Egipto, sendo equiparados aos deuses. O primeiro faraó foi Narmer que, por volta de 3100 A.C., uniu os dois grandes reinos do Alto Egipto e Baixo Egipto. O faraó Quéops (2655 A.C.-2589 A.C.) construiu a Grande Piâmide de Gizé, abriu as pedreiras de alabastro de Hatnub, no Nilo, ampliou as minas de cobre do Sinai e edificou o templo de Athor em Dendera. Lutou vitoriosamente contra os beduínos da Península do Sinai. Os faraós mais poderosos reinaram no período conhecido como o Império Novo (1570 A.C.-1085 A.C.). Entre estes contam-se a rainha Hatexepsute (1540 A.C.-1481 A.C.), a única mulher faraó, Aquenaton (século XIV A.C.), que juntamente com a sua rainha Nefertiti, introduziu o culto do Deus Sol chamado Aten ou Atón e por fim, os farós Ramsés II e III.

Ramsés II (1290 A.C.-1224 A.C.), líder militar que defendeu o Egipto contra os Hititas e construiu o templo de Abu Simbel. As suas grandes vitórias militares, em especial a obtida sobre os Hititas, foram perpetuadas em numerosos monumentos que o rei mandou erigir, como o Grande Ramseum, o Templo de Luxor e a grande sala hipóstila de Carnac. A múmia deste poderoso monarca, o Sesostris dos gregos, conserva-se no Museu do Cairo. Teve o segundo maior reinado da história do Egipto. É lembrado pelas monumentais construções espalhadas por todo o Egipto em sua honra. A segunda metade do seu reino foi pacífica e dedicada às grandes construções em Abidos, Carnac e Tanis que fez capital do império.

Ramsés III (século XII A.C.), faraó do Egipto que reinou entre 1198 e 1166 A.C. do seu reinado salientou-se, sobretudo, a vitória que empreendeu sobre os povos vindos do Oriente e do Ocidente em quatro campanhas vitoriosas. O seu império foi ameaçado pelos chamados «povos do mar», e perante isso, reuniu um poderoso exército e derrotou os invasores nas próprias fronteiras do Egipto. Em sucessivas campanhas, perseguiu-os para além das fronteiras palestinianas e alcançou sobre eles grandes vitórias, com as quais restabeleceu a hegemonia do Egipto na Ásia Anterior.
il_340x270.1059341877_b2qa.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Mesopotâmia!

Por volta de 5000 A.C., os Sumérios chegaram à Mesopotâmia, uma faxa de terra fértil entre os rios Tigres e Eufrates. Tal como a civilização egípicia que se desenvolveu nas margens do rio Nilo, os sumérios desenvolveram e construíram as primeiras cidades do mundo. De entre as mais famosas cita-se Uruk, onde reinou em 2700 A.C., o rei Gilgamesh. Cerca de 2300 A.C., Sargão, rei de Acádia, uniu as cidades e fundou o Império Sumério, que se estendia desde a Síria até ao Golfo Pérsico. Por volta de 1900 A.C., o rei semita Hamurabi, que reinou de 1792 a 1750 A.C., conquistou o sul da Mesopotâmia. Produziu o primeiro sistema de códigos de leis e transformou a Babilónia numa grande potência e centro de ensino e cultura. Foi o mais prestigiado soberano da antiga Mesopotâmia, devido à sua imensa obra política e legislativa, de que é o exemplo o Código de Hamurábi. Os anos do seu reinado são considerados a época de ouro da civilização babilónica. Hamurábi preocupou-se com a unidade do império, e fomentou as ciências, a economia e a religião.
9a0fa9a01955406c92f4cdb01f361c99.wix_mp_512

Hamurabi, reinou de 1792 a 1750 A.C., sendo o mais prestigiado soberano da
antiga Mesopotâmia.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Assíria!

A partir do século X A.C., líderes guerreiros fundaram o Império assírio. Um dos primeiros monarcas foi Tiglath-Pileser III, que reinou de 745 a 727 A.C. Chefe guerreiro cujos exércitos conquistaram a Síria, Arménia e Babilónia para formar a Assíria. Entre os seus sucessores contam-se:

Sargão II - Rei da Assíria (722-705 A.C.), que conquistou Samaria, Hamate, Karkemish, Asdod e Babilónia (709 A.C.). Anexou Comagene e subjugou a Arménia. Com a conquista de Karkemish (712 A.C.), a capital hitita, ficou com o caminho aberto para a Ásia Menor, tendo invadido o território hitita. Foi durante o seu reinado que a Assíria atingiu o seu apogeu, destruindo o reino de Israel e realizando várias expedições militares ao Egipto, Caldeia e Arménia com sucesso. Foi assassinado.

Senaqueribe - Rei da Assíria (705-681 A.C.), saqueou a Babilónia e construiu a capital em Nínive. Empenhado em guerras constantes para manter o império que tinha herdado de seu pai, Sargão II, reconquistou a Babilónia, submeteu a Fenícia e a Palestina. Derrotou o Egipto e sitiou Jerusalém, mas teve de levantar cerco por causa de uma praga, supostamente enviada por Deus dos Hebreus. Construiu um palácio colossal em Nínive, canais e aquedutos. Morreu assasinado por dois dos seus próprios filhos.

Assurbanípal - Último dos grandes reis assírios (668-627 A.C.). Foi o último rei a governar Nínive até à sua morte. Imoral e efeminado, entregou-se aos prazeres mais grosseiros até provocar a rebelião dos Medos. Conseguiu derrotá-los por duas vezes, mas acabou por ser expulso de Nínive.
226e313ff77a4bf38760d41706d4d929--ancient-near-east-ancient-city.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Babilónia!

Sob reinado da Babilónia governaram dois dos mais importantes líderes militares:

Nabopolossar - Rei da Babilónia (626-605 A.C.), sob o seu reinado a Babilónia remergiu como uma grande potência. Ao transformar em reino a sua província (satrapia), estabeleceu os alicerces do Império Caldaico-Babilónico.

Nabucodonosor II - Rei da Babilónia (605-562 A.C.), que reconstruiu a Babilónia e conquistou Judá. Em 586 A.C., depois de conquistar a Judeia, destruiu Jerusalém e levou em cativeiro para a Babilónia milhares de judeus. Submeteu Tiro e em 567 A.C. invadiu o Egipto derrotando o Faraó Amasis II, e devastando o país. Enriqueceu a Babilónia com numerosos monumentos que lhe devolveram a sua antiga grandeza, anteriormente destruída por Senaqueribe.
2554cfca5af420dae3f94b5351b8b935.jpg

Para satisfazer a sua esposa, Nabucodonosor II construiu os famosos Jardins
Suspensos dispostos em terraços, que os Gregos consideravam a segunda
das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
5870a2fbaea9d500869d8e46d8a724d3.jpg

A cidade da Babilónia, célebre pela sua arquitectura, avançada para a época.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Pérsia!

Dos monarcas importantes da antiga Pérsia destaca-se dois líderes mundiais:

Ciro "O Grande" - Rei da Pérsia (550-538 A.C.), fundador do Império Persa. Os primeiros anos da sua vida são do domínio da lenda. No entanto, possuímos importantes fontes de informações nos escritos de Heródoto e num cilindro de cuneiforme do próprio Ciro, descoberto entre as ruínas de Babilónia, em que nos surge como filho do persa Cambises I e descendente dos Aqueménidas. Na Bíblia, Isaías chamou-lhe «O Ungido do Senhor». Segundo o cilindro cuneiforme, Ciro era súbdito de Astíages, rei dos Medos, que podia perfeitamente ter sido o seu avô. No marco histórico consta que em 550 A.C. sublevou os Persas contra Astíages e conquistou o Império Medo. Uma vez conseguida a unidade da Média e Pérsia, invadiu a Lídia, derrotou o exército de Creso (famoso pela sua riqueza) e apoderou-se da sua capital, Sardes (546A.C.). Eliminado Creso, erigiu-se em senhor absoluto da Ásia Menor.
cbe84dcb26d2ca0e2dd5b852167e3ca1.jpg

Segundo os relatos cuneiformes e o Antigo Testamento, a Babilónia caiu sem derramento de sangue e o seu rei Nabonides foi feito prisioneiro. Ciro fez a sua entrada triunfal na cidade em Outubro de 539 A.C., e proclamou-se rei da Babilónia. Autorizou os judeus a regressar à sua pátria e a reconstruir o templo de Jerusalém. O seu império era tão vasto que ia da Turquia até à fronteira da Índia. Com um grande império nas suas mãos, diz-se que se dirigiu a Este do Mar Cáspio para submeter a tribo bárbara dos Massagetas e morreu na batalha. Ciro "O Grande" era um excelente líder militar que muitas vezes actuava com prudência, evitando de derramar sangue, preferindo a diplomacia.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Dario I "O Grande" (550-486 A.C.)

Dario I - Rei da Pérsia (521-486 A.C.), foi um dos maiores monarcas da dinastia dos Aqueménidas, ficando célebre pelo seu génio administrativo e pelos seus grandiosos projectos de construção. Fortaleceu e dilatou o Império Persa, o qual dividiu em 20 satrapias, cada uma delas dirigida por três governadores independentes entre si (um sátrapa, um general e um ministro), responsáveis apenas perante o rei. Impôs também uma contribuição fixa a cada satrapia, edificou Presépolis, estabeleceu um sistema postal, construiu novas vias e edifícios públicos. Até 515 A.C. subjugou a Trácia e avançou até à Cítia, em 512 A.C., habitado por um povo do norte do Mar Negro (Citas). O seu general Megabises reduziu o reino da Macedónia à condição de vassalo da Pérsia. No ano 499 A.C., as cidades jónicas da Ásia Menor levantaram-se contra a opressão persa com a ajuda de Atenas, mas a rebelião terminou com a vitória persa de Labe e a destruição de Mileto (494 A.C.). Dario tentou conquistar a Grécia várias vezes, mas em 492 A.C., a sua armada foi destruída por uma tempestade. Por última vez, enviou então Dátis contra a Grécia, mas este foi derrotado em Maratona em 490 A.C. Antes de poder ultimar os seus preparativos para conquistar a Grécia, Dario teve de marchar sobre o Egipto, a fim de sufocar uma sublevação e morreu dali a pouco tempo.
dario-persia-personagens-biblicos-daniel-bibliacenter.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Índia Antiga!

Em 332 A.C., um membro da nobreza, Chandragupta Mauria, uniu grande parte da índia e fundou o primeiro Império Indiano. Foi igualmente o fundador da dinastia Maurya ou Mauria, que reinou de 316 a 188 A.C., na região de Magadha, país situado no norte da Índia. Mas sob o seu neto, Asoka, o reino alcançou maior esplendor com a conquista do reino de Kalinga. Mas sentindo consternação pelo sofrimento causado pela guerra, tornou-se budista e transformou o Budismo em religião oficial.

Asoka - Imperador da Índia (272-232 A.C.) e terceiro da dinastia Maurya, foi um monarca tão poderoso quanto zeloso e propagador do Budismo. O seu império compreendia toda a Península Indostânica - excepto Pondichéry -, Cachemira, a maior parte do Afeganistão e todo o Baluquistão.
andresbrenner.com-chittorgargh-rajasthan-north-india-111-400x266.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da China Antiga!

Apesar de ter sido o império mais duradouro e antigo da história, abrangendo várias dinastias chinesas, incluindo dominação estrangeira dos Manchus até 1911, podemos destacar no meio destas dinastias um líder importante: Che Huang-Ti (259-210 A.C.), que se tornou rei Tsin. De 230 a 222 A.C., uniu vários estados em guerra e em 221 A.C., tornou-se no primeiro imperador da dinastia Tsin. Iniciou a construção da Grande Muralha da China para afastar as tribos invasoras vindas do norte. Os imperadores Han substituíram a dinastia Tsin e dominaram a China até cerca de 220 D.C. Esta dinastia tornou-se muito popular entre os chineses, que por sua vez, se proclamaram "HAN".
TSN_965_1.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Monarcas Importantes da Grécia!

No século V A.C., a Grécia já era uma civilização avançada. Atenas, a primeira democracia do mundo, foi a maior das cidades-estados. O seu político mais influente foi Péricles (490-429 A.C.), que derrotou o rei persa Xerxes (520-465 A.C.) na batalha de Salamina. Em 338 A.C., Filipe II, rei da Macedónia (382-336 A.C.), conquistou as cidades-estados gregas. O seu filho, Alexandre Magno (356-323 A.C.), um general brilhante, forjou um enorme império, conquistando a Fenícia, Judá, Egipto e Pérsia.
93196e4ba88a881f9a9603ea579de010.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Filipe II da Macedónia (382-336 A.C.)

Rei da Macedónia (359-336 A.C.), pai de Alexandre Magno, nascido em Pella. A sua estada como refém em Tebas (367-364 A.C.), familiarizou-o com a cultura grega. Nomeado tutor de Amintas, seu sobrinho, usurpou o trono em 359 A.C., sufocou toda a oposição, reorganizou o exército macedónio e empreendeu a sua série de conquistas. Embora fosse um autêntico génio militar, jamais usou a força, se pudesse conseguir os seus objectivos através da astúcia ou do suborno. As suas campanhas contra as cidades-estado gregas inspiraram as "Fílipicas" de Demóstenes. Apesar delas, a Batalha de Queroneia (338 A.C.) tornou-o no senhor de toda a Grécia. Morreu assassinado quando se dispunha a conduzir os gregos contra a Pérsia.
1-philip-ii-382-336-bc-granger.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Alexandre Magno (356-323 A.C.)

Imperador e Rei Macedónio (336-323 A.C.), filho de Filipe II de Macedónia, que foi assassinado, tendo Alexandre subido ao trono macedónio. Todos quanto se opunham a ele, foram subjugados: os Gregos, Trácios e Ilírios, além de Cleópatra, segunda mulher de Filipe II, e o filho desta. Foi eleito comandante-chefe das forças gregas destinadas a empreender a expedição contra a Pérsia; antes de se dirigir para a Ásia teve de lutar novamente contra os Trácios e saiu vitorioso até ao Danúbio. Imperador Macedónio, Alexandre Magno construiu no século IV A.C., um vasto império mediterrânico-asiático.
alexandre-o-grande.jpg

Distinguiu-se no plano militar com vitórias muito significativas sobre os Persas, conquista de grande parte da Ásia Menor e do Egipto. Lançou-se na invasão da Índia, obtendo algumas vitórias importantes, mas acabou por ter de efectuar uma penosa retirada. Os historiadores registam a sua personalidade multifacetada: a ânsia de saber, de estudar as realidades das novas terras que foi conquistando; a forma implacável como lidou com os generais e governantes do seu império em que deixou de confiar ou que contra ele conspiraram; as honras que dispensou ao seu grande inimigo Dario aquando da morte deste e o desejo de ser deificado.
battle-of-granicus.jpg

Organizou o seu império, ora reconduzindo a administração ora substituindo os governantes dos povos e territórios submetidos por homens da sua confiança. Fundou também algumas cidades, como a de Alexandria. Teve um papel especialmente importante no incremento da influência helénica no Oriente. Um ponto central da sua política de consolidação do império residia no incentivo à miscigenação de helenos com persas. Ele próprio daria o exemplo, desposando uma das filhas de Dario. Morreu ainda jovem, deixando um império extenso que dentro em pouco havia de se fragmentar, mas a influência helénica no mundo mediterrânico e em parte significativa do continente asiático perduria. Em 323 A.C., começou a preparar uma expedição à Arábia, mas ficou doente com febre e morreu a 13 de Junho, com a idade de 32 anos, depois de ter reinado 13 anos. Alexandre deixou uma imagem que nunca foi apagada. Não deve causar admiração, que uma figura de tão alto relevo tenha dado origem a uma série de lendas.
alexandre.jpg

Alexandre Magno foi um dos melhores generais e líderes militares
de todos os tempos.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Líderes Militares e Governantes do Império Romano!

Durante o século III A.C., Roma tornou-se a cidade mais importante da Europa. Os romanos conquistaram toda a Itália e rapidamente entraram em conflito com Cartago por causa do comércio no Mediterrâneo. Tratava-se de saber quem deteria a supremacia no Mediterrâneo, o que originou as Guerras Púnicas que duraram 60 anos. Nestas guerras destacaram-se um dos maiores génios militares da Antiguidade, o general cartaginês Aníbal (247-183 A.C.) e um dos mais brilhantes generais romano, Cipião (236-183 A.C.).
1.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Aníbal Barca (247-183 A.C.)

Um dos maiores génios militares da Antiguidade, que fez a vida negra aos romanos. Quando chegou a Espanha com o seu pai, Amílcar Barca (238 A.C.), este fê-lo jurar ódio eterno aos Romanos. Após a morte do pai (228 A.C.), serviu no exército cartaginês de Espanha, sob as ordens do seu cunhado Asdrúbal. Quando este morreu assassinado (221 A.C.), Aníbal recebeu o comando supremo. Demorou dois anos a consolidar o domínio cartaginês na Península e uma vez instruídas convenientemente as suas tropas, atacou Sagunto, que conquistou após um cerco que durou cerca de 8 meses.
hqdefault.jpg

Com a intenção de atacar Roma, partiu de Cartago Nova com cerca de 90.000 soldados de infantaria, 12.000 cavalos e 37 elefantes e atravessou os Pirenéus, onde perdeu 20.000 homens, dirigindo-se depois para os Alpes. Aí sofreu gravíssimas perdas, visto que só sobreviveram 20.000 soldados de infantaria e 6000 cavalos. Com eles derrotou em Ticino e Trébia, em Dezembro de 218 A.C., o general romano Cipião, que se tinha dirigido para o norte de Itália a fim de deter os invasores. Depois de conceder um breve descanso às suas tropas, Aníbal atravessou os Apeninos e as lagoas da Etrúria com inúmeras dificuldades (ele próprio perdeu um olho) e no Lago Trasimeno, infligiu uma grave derrota ao cônsul Flamínio. Depois avançou até ao sul, penetrando na Apúlia e na Campânia.
f1e1175735f8399d474f0da155907ac9.jpg

A poderosa cidade de Cartago: uma das maiores potências comerciais e militares do
Mediterrâneo.

No ano seguinte (216 A.C.) conseguiu em Canas outra vitória, que custou ao inimigo 50.000 mortos e 20.000 prisioneiros. No ano 212 A.C., tomou Tarento, mas não conseguiu dominar Cápua, que caiu no ano seguinte, apesar da súbita marcha que fez até às portas de Roma. Mas a resistência dos generais romanos em batalhas decisivas, e acima de tudo um ataque à sua pátria, Cartago, pelos romanos, obrigou Aníbal a regressar a casa. O autor desse feito foi Cipião que viria mais tarde, a derrotar definitivamente os cartagineses, dando aos romanos o controlo da Espanha e do Norte de África. Obtendo a supremacia do Mediterrâneo.
200px-Mommsen_p265.jpg

Apesar da derrota, Aníbal demonstrou possuir todas as qualidades de um grande general: génio estratégico, energia indomável, rapidez de acção e enorme habilidade para organizar as suas tropas no campo de batalha. Recusando-se a render aos romanos, Aníbal suicidou-se tomando veneno. Terminou assim a vida de um dos grandes líderes militares de todos os tempos.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Cipião "O Africano" (236-183 A.C.)

General romano, famoso pelas suas vitórias na II Guerra Púnica contra Cartago (218-201 a.c.). Esteve presente na desastrosa Batalha de Ticino, no ano 218 A.C., e na de Canas em 216 A.C. O seu nome aparece pela primeira vez ligado à Batalha de Ticino (218 A.C.), onde salvou a vida de seu pai, Públio Cornélio Cipião, general africano, que foi Cônsul no ano 218 A.C., no começo das guerras Púnicas. O pai de Cipião opôs-se a Aníbal sobre a Itália, mas foi derrotado no rio Ticino. À morte de seu pai no campo de batalha em 211 A.C., Cipião "O Africano" sucedeu-lhe no comando supremo da hispânia. Em 205 A.C., foi eleito Cônsul e recebeu o comando da Sicília. No ano seguinte, levou a guerra directamente a Cartago, no Norte de África, o que obrigou Aníbal a ir em socorro da sua pátria, abandonando a Itália. Em 202 A.C., Cipião derrotou as forças de Aníbal na Batalha de Zama que pôs fim à II Guerra Púnica.

No regresso triunfal, Cipião recebeu o cognome de "Africano". No ano 190 A.C., interveio na guerra contra Antíoco III da Síria, ajudando o seu irmão Lúcio, que pela sua vitória mereceu, por sua vez, o sobrenome de "Asiático". Todavia em 187 A.C. Lúcio foi acusado de desvio de fundos. Por sua vez, Cipião foi igualmente acusado do mesmo motivo, pelos seus inimigos, mas conseguiu salvar-se. Cipião atingiu grande popularidade devido aos seus numerosos feitos militares. Conquistou Nova Cartago, estabeleceu o domínio romano em Espanha, e nas suas campanhas de áfrica, e conquistou Túnis. Foi assim do lado romano, uma das grandes figuras das Guerras Púnicas. Versado em literatura grega foi um homem culto.
300px-Escipi%C3%B3n_africano.JPG

Busto de Cipião, no Museu Arqueológico de Nápoles
(Itália).
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Júlio César (100-44 A.C.)

Político e ditador romano, foi o primeiro homem político de Roma, tendo-se distinguido como chefe militar em diversas campanhas e como reformador das estruturas políticas e administrativas do império. Foi Questor, depois Prestor, tendo de seguida ocupado o cargo de Governador na Ibéria. Em 50 A.C., César foi eleito Cônsul. Constituiu, então com Crasso e Pompeu, um Triunvirato que duraria até ao ano de 56 A.C. O sucesso talvez mais significativo consistiu na submissão total da Gália.
roma-570x350.jpg

Os seus exércitos conquistaram a Gália e invadiram a Bretanha. Entretanto, em perigo de perder a sua posição devido a intrigas de senadores, César atravessou com as suas tropas o Rubicão, entrando em território italiano e dando início a uma guerra civil contra Pompeu. Vitorioso, César, com o título de Ditador de Roma, teve de então a oportunidade de implementar diversas reformas importantes: concedeu a cidadania romana a certos povos que dela não usufruíam; reorganizou as estruturas administrativas locais do império; reformou o calendário; alterou a Constituição do Senado de forma a retirar poder à velha aristocracia.
image002.jpg

Júlio César morreu assassinado em pleno Senado Romano, por aristocratas que viam os
seus privilégios ameaçados pelo governo autocrático deste. Dois anos depois da sua morte,
ser-lhe-ia atribuído o estatuto de "Deus do Povo Romano". Foi um dos melhores generais
de todos os tempos.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
César Augusto (63 A.C.-14 D.C.)

Primeiro Imperador de Roma (29 A.C.-14 D.C.), sobrinho-neto e sucessor de Júlio César. Disputou o poder com Marco António, general romano, após o assassinato de Júlio César. O general Marco António (82/81 A.C.-30 A.C.), foi derrotado por Augusto, juntamente com a sua esposa e rainha do Egipto, Cleópatra, na última guerra civil que destituiu a República Romana. Após a Batalha de Actium, na costa da Grécia, Marco António fugiu com Cleópatra para o Egipto. Mais tarde, ambos suicidaram-se, passando o Egipto a província romana.
AntonioeCleopatra_g.jpg

O amor entre o General Romano Marco António e a sua esposa,
Cleópatra, rainha do Egipto.

Marco António tinha formado com Augusto e Lépido o segundo Triunvirato, que haveria de durar cinco anos. Juntos tinham eliminados os seus inimigos, confiscando os bens a mais de 2000 cavaleiros e 3000 senadores, entre eles, Cícero. Além de terem vencido Bruto, o assassíno de César e Cássio, em Filipos na Grécia, tornando assim inúteis as esperanças do Partido Republicano. Octávio que recebeu o título de Imperador de Roma em 29 A.C., recebeu também o título de Augusto «o Venerado» do Senado e do povo romano no ano 27 A.C. A partir daí, adquiriu um poder sagrado e venerado como tal. Concentrou todo o poder em si, mas o Senado continuou a exercer funções políticas e administrativas.
245px-Statue-Augustus.jpg

Durante o seu reinado, houve paz, nomeadamente, houve a pacificação da Península Ibérica pela submissão dos Galaicos e dos Ásturos. Consolidou o seu Império dentro dos limites naturais: o Atlântico a oeste, o Sara a sul, o Eufrates a este e os rios Danúbio e Reno a norte. Roma melhorou notavelmente sob o seu governo, tornando-se pacífica. Essa paz traduziu-se em progresso económico e cultural, ficando conhecida esta época como a Idade de Ouro de Augusto ou o Século de Augusto. A sua época caracterizou-se pela realização de grandes obras e pelo florescimento das artes. As letras encontraram nele o seu melhor protector: Horácio, Virgílio, Lívio e muitos outros escritores receberam o estímulo da sua ajuda e recompensa. Rodeou-se de colaboradores tão valiosos como Agripina, na acção, e Mecenas, no conselho. Soube preparar a sua sucessão, tendo deixado o governo do império a Tibério Augusto, seu filho adoptivo, que se revelou um excelente governante. Octávio com o título de Augusto foi um dos maiores líderes militares do Império Romano.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Tibério (42 A.C.-37 D.C.)

Imperador Romano (14 D.C.-37 D.C.), filho adoptivo de Augusto, foi um grande chefe militar e administrador. Encarregado com Augusto de dirigir uma campanha na Germânia, foi chamado, depois do desastre de Varo, para reorganizar as defesas e restaurar o prestígio de Roma. Após a morte de Augusto, ocupou o trono do Império. Como chefe militar, derrotou os Cantábrios, os Partos, submeteu as regiões do Danúbio, a Panónia, os Catos e os Sicambros da Germânia e dominou a Ilíria, que se havia revoltado, numa campanha de três anos. Quando subiu ao poder, esforçou-se pelo Senado em assumir as suas responsabilidades e o seu republicanismo levou-o a mostrar-se liberal e a respeitar as magistraturas.
hqdefault.jpg

O seu reinado caracterizou-se por uma maior centralização e burocratização, sendo a administração consolidada com a nomeação de legados e procuradores, controlados por emissários imperiais. Os maus governadores eram imediatamente mudados e os bons permaneciam no cargo muitos anos. Procurou seguir uma política pacífica e resolver os problemas por via diplomática, começando, a partir do seu reinado, o império a ser uma entidade política mais coerente. Mas o seu reinado também ficou manchado por uma série de conspirações a assassínios consentidos ou mesmo instigados por ele, para o seu próprio engrandecimento. Mas em geral, foi benéfico para Roma e o seu Império. Tibério melhorou os serviços públicos, manteve a disciplina do exército e administrou com habilidade as finanças.
2696043306_04d3b086a9.jpg

Foi no reinado de Tibério, que teve lugar o julgamento e a execução de Jesus
Cristo perante Pôncio Pilatos, Governador da Judeia (26-37 D.C.).
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Trajano (53?-117 D.C.)

Imperador Romano (97-117 D.C.), foi o primeiro imperador que não nasceu na Itália, sendo de origem hispânica. Foi considerado um optimo administrador, com grande tolerância e humanidade. O seu reinado foi marcado pelo alargamento das fronteiras do império com a conquista da Arménia, Assíria, Dácia, Babilónia, Mesopotâmia e parte da Arábia e pela implementação de um vasto programa de obras públicas que visava, entre outros objectivos, o melhoramento das condições de saúde. Durante a maior parte do reinado viu-se envolvido em aventuras militares: a I Guerra Daciana (101-102) terminou com a submissão do rei da Dácia, Decébalo, a II Guerra Daciana (105-106) acabou com a morte deste rei e a transformação do seu território numa província romana. Seguiram-se as guerras contras os Partos (113). Na primeira campanha, Trajano ocupou a Arménia e a Mesopotâmia; na segunda, conquistou a capital dos Partos (Ctesifonte) e desceu pelo Tigre quase até à sua foz. Durante a sua permanência na Ásia houve levantamentos de judeus no Chipre e em África e revoltas na Britânia e noutros sítios.
328px-Traianus_Glyptothek_Munich_72.jpg

Morreu em Selim, quando regressava à Itália. Foi sobretudo um soldado e embora mostrasse respeito para com o Senado, retirou-lhe atribuições. Fomentou a agricultura na Itália e restaurou os portos de Óstia e Centuncelas. Criou igualmente instituições para a educação e o sustento de crianças pobres. O seu governo de províncias inspirou-se no amor e na justiça. Na sua correspondência com Plínio nota-se a sua posição face ao Cristianismo que, por se opor à religião do Estado, considera sacrilego e punível. Os cristão foram caçados como feras. As suas qualidades valeram-lhe o título "optimus" (o melhor).
trajano.jpg

Em memória da sua conquista da Dácia mantém-se
ainda em Roma a Coluna Trajana e a sua estátua.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Adriano (76-138)

Imperador Romano (117-138), sobrinho e sucessor de Trajano. Enquanto no reinado do seu tio, Trajano, o Império atingiu a sua extensão mais vasta, Adriano adoptou uma política defensiva, fortificando as fronteiras do Império Romano, mandando construir a Muralha de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia. Nasceu em Itálica, perto de Sevilha (Espanha), recebendo uma educação esmerada. Acompanhou o Imperador Trajano nas suas campanhas, e sendo legado na Síria, comandou o exército do Oriente na guerra contra os Partos, após a morte de Trajano. Proclamado Imperador pelo exército, o Senado confirmou os seus títulos. As guerras tinham arruínado o Tesouro do Estado. Adriano pacificou as tribos bárbaras das fronteiras, dedicou a sua atenção pessoal à organização das províncias, impulsionou a agricultura, expandiu os serviços públicos, humanizou a condição dos escravos e estimulou a cultura e as artes. O seu mérito principal como governante radica na compilação do primeiro código fundamentado de jurisprudência romana, um código de leis para ser aplicado em todo o império.
thumbnail.jpg

Durante o seu reinado, foi um viajante incansável, visitando as várias províncias do império, onde ficou marcada pela construção de novas cidades, aquedutos, templos, bibliotecas, teatros e vias, como resultado da febre construtora que parecia dominá-lo; reedificou Atenas e levantou o Panteão e seu próprio mausóleu, que depois se chamaria Castelo de Santo Ângelo. Quando chegou à Palestina, os judeus esperavam que reconstruísse o Templo de Salomão, mas o seu propósito foi no sentido de substituir o velho templo destruído por um novo dedicado a Júpiter. Por esse motivo, estalou uma revolta judaica contra os Romanos, chefiada pelo judeu Bar Kochba, que durou três anos, até ao seu esmagamento pelo general romano Caio Júlio Severo. Adriano reconstruiu Jerusalém com o nome de Aelia Capitolina e proibiu os judeus de viver nela. Inspirado na cultura grega, embelezou Roma e o Império com monumentos.
 
Última edição:
Topo