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Lar acusado de 'sequestrar' mulher de 80 anos
Quero ver a minha mãe e não consigo. Não me dizem sequer se está bem de saúde. Estou desesperada».
Maria Emília Gonçalves tem feito tudo para estar com a mãe de 80 anos e retirá-la do Lar de Runa, Torres Vedras, onde entrou em 2008.
Tentou visitá-la inúmeras vezes, mas a mãe recusa recebê-la há mais de dois anos e meio e a sua entrada no lar está proibida.
Também não consegue ter notícias sobre o seu estado de saúde.
Já fez queixa aos responsáveis do lar, ao Ministério da Defesa, que é proprietário da instituição, e à Segurança Social.
Em vão. A sua última esperança é uma acção de interdição da mãe, por anomalia psíquica, que interpôs no Tribunal de Torres Vedras, num processo que se arrasta há mais de dois anos.
«A minha mãe é uma pessoa doente e iletrada, não sabe ler, nem escrever [consegue apenas assinar o nome], nem fazer contas.
E no Lar de Runa meteram-lhe na cabeça que a quero roubar», resume ao SOL Emília Gonçalves.
«Têm-na prisioneira e não me deixam retirá-la de lá. Não me dizem como está. Chegou a estar internada e nunca me avisaram», queixa-se.
A mãe, Mariana Pina, entrou no lar pela mão da filha, cuja assinatura também consta do contrato de admissão em Maio de 2008.
Mas apenas dois meses depois Maria Emília era confrontada com uma declaração escrita a computador – mas assinada pela mãe – onde esta vetava qualquer visita da filha, por lhe ser «prejudicial» à saúde.
Maria Emília passou a ser proibida de a ver.
Ao mesmo tempo, da conta bancária de Mariana Pina foi desaparecendo dinheiro, acusa a única filha.
Desde que a mãe está no lar, Maria Emília teve conhecimento que das contas já terão saído 50 mil euros.
«A minha mãe não tem capacidade para fazer levantamentos sozinha.
E não sei para que precisa desse dinheiro».
Também os «três roupeiros de roupa e as jóias de ouro que levou para o lar desapareceram».
Por isso só encontra uma explicação: «Os funcionários manipularam a minha mãe para a roubar».
Além das queixas à Segurança Social e à Defesa e da acção para interditar a mãe, Maria Emília interpôs uma queixa contra incertos por roubo, onde pede a apresentação dos extractos bancários maternos.
A DECO – Associação para a Defesa do Consumidor – recebeu em 2011 30 queixas de furtos em lares, sobretudo de ouro, relógios, roupa, mas também de parte das pensões, que reencaminhou para as instituições competentes.
Idosa é consumidora compulsiva, diz lar
O lar de Runa refuta todas as acusações.
«Nada podemos fazer neste caso.
Esta é a vontade da D. Mariana, que está no seu perfeito juízo», explica ao SOL o coronel Sousa Pereira, que desde há um ano dirige a instituição que acolhe membros das Forças Armadas e familiares.
«A senhora vai sempre acompanhada levantar dinheiro, mas não temos forma de controlar o que gasta: compra vestidos, sapatos.
Tem um comportamento compulsivo», diz, justificando os elevados valores que a filha alega terem desaparecido das contas.
O responsável garante que já foram feitos inquéritos internos para averiguar as denúncias.
«Não há sinais exteriores de riqueza dos funcionários que a acompanham. Temos confiança neles».
Mas o advogado de Maria Emília tem outra teoria: «Da parte do lar tem havido uma acção concertada para afastar a mãe da filha.
Fizeram-lhe uma lavagem ao cérebro e convenceram a senhora de que a filha só quer a mãe por causa do dinheiro».
A Segurança Social, a quem compete a fiscalização das denúncias, não respondeu ao SOL.
SOL
Quero ver a minha mãe e não consigo. Não me dizem sequer se está bem de saúde. Estou desesperada».
Maria Emília Gonçalves tem feito tudo para estar com a mãe de 80 anos e retirá-la do Lar de Runa, Torres Vedras, onde entrou em 2008.
Tentou visitá-la inúmeras vezes, mas a mãe recusa recebê-la há mais de dois anos e meio e a sua entrada no lar está proibida.
Também não consegue ter notícias sobre o seu estado de saúde.
Já fez queixa aos responsáveis do lar, ao Ministério da Defesa, que é proprietário da instituição, e à Segurança Social.
Em vão. A sua última esperança é uma acção de interdição da mãe, por anomalia psíquica, que interpôs no Tribunal de Torres Vedras, num processo que se arrasta há mais de dois anos.
«A minha mãe é uma pessoa doente e iletrada, não sabe ler, nem escrever [consegue apenas assinar o nome], nem fazer contas.
E no Lar de Runa meteram-lhe na cabeça que a quero roubar», resume ao SOL Emília Gonçalves.
«Têm-na prisioneira e não me deixam retirá-la de lá. Não me dizem como está. Chegou a estar internada e nunca me avisaram», queixa-se.
A mãe, Mariana Pina, entrou no lar pela mão da filha, cuja assinatura também consta do contrato de admissão em Maio de 2008.
Mas apenas dois meses depois Maria Emília era confrontada com uma declaração escrita a computador – mas assinada pela mãe – onde esta vetava qualquer visita da filha, por lhe ser «prejudicial» à saúde.
Maria Emília passou a ser proibida de a ver.
Ao mesmo tempo, da conta bancária de Mariana Pina foi desaparecendo dinheiro, acusa a única filha.
Desde que a mãe está no lar, Maria Emília teve conhecimento que das contas já terão saído 50 mil euros.
«A minha mãe não tem capacidade para fazer levantamentos sozinha.
E não sei para que precisa desse dinheiro».
Também os «três roupeiros de roupa e as jóias de ouro que levou para o lar desapareceram».
Por isso só encontra uma explicação: «Os funcionários manipularam a minha mãe para a roubar».
Além das queixas à Segurança Social e à Defesa e da acção para interditar a mãe, Maria Emília interpôs uma queixa contra incertos por roubo, onde pede a apresentação dos extractos bancários maternos.
A DECO – Associação para a Defesa do Consumidor – recebeu em 2011 30 queixas de furtos em lares, sobretudo de ouro, relógios, roupa, mas também de parte das pensões, que reencaminhou para as instituições competentes.
Idosa é consumidora compulsiva, diz lar
O lar de Runa refuta todas as acusações.
«Nada podemos fazer neste caso.
Esta é a vontade da D. Mariana, que está no seu perfeito juízo», explica ao SOL o coronel Sousa Pereira, que desde há um ano dirige a instituição que acolhe membros das Forças Armadas e familiares.
«A senhora vai sempre acompanhada levantar dinheiro, mas não temos forma de controlar o que gasta: compra vestidos, sapatos.
Tem um comportamento compulsivo», diz, justificando os elevados valores que a filha alega terem desaparecido das contas.
O responsável garante que já foram feitos inquéritos internos para averiguar as denúncias.
«Não há sinais exteriores de riqueza dos funcionários que a acompanham. Temos confiança neles».
Mas o advogado de Maria Emília tem outra teoria: «Da parte do lar tem havido uma acção concertada para afastar a mãe da filha.
Fizeram-lhe uma lavagem ao cérebro e convenceram a senhora de que a filha só quer a mãe por causa do dinheiro».
A Segurança Social, a quem compete a fiscalização das denúncias, não respondeu ao SOL.
SOL