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Lula da Silva cancela visita a três estados brasileiros por falta de segurança
Fontes em Brasília avançaram que Lula que atravessa uma fase de críticas e baixa popularidade.
Numa situação inusitada para um chefe de Estado, Lula da Silva, que estava a fazer um périplo por várias regiões do Brasil a inaugurar obras e fortalecendo a candidatura de aliados que disputam cargos nas eleições autárquicas de Outubro, cancelou a visita a três estados onde a maioria dos eleitores são seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro e regressou inesperadamente na noite desta terça-feira de Salvador, capital da Bahia, onde participou em várias cerimónias, a Brasília. A assessoria presidencial não confirma, mas fontes em Brasília avançaram que Lula, que atravessa uma fase de críticas e baixa popularidade, temia ser alvo de hostilidades e que a sua própria segurança receava que ele fosse vítima de algum tipo de ataque.
Lula deveria estar esta quarta-feira, 3 de Julho, em Rondonópolis, segunda cidade mais importante do estado do Mato Grosso, onde faria o anúncio oficial do maior financiamento da história à Agricultura. O estado de Mato Grosso é o berço do agronegócio brasileiro, o setor da actividade económica mais hostil a Lula, e em 2022, nas presidenciais de então, Jair Bolsonaro obteve uma vitória retumbante na região.
Quinta-feira, 4 de Julho, Lula tinha previsto estar em Goiânia, capital do estado de Goiás, outro expoente do agronegócio, onde iria inaugurar um novo instituto federal de educação. A cerimónia, aguardada ansiosamente por diversos candidatos aliados de Lula, foi cancelada no último momento para evitar riscos ao presidente.
O terceiro estado que teve a visita presidencial cancelada é Santa Catarina, o estado brasileiro mais à direita, onde Lula ia inaugurar obras no importante porto de Itajaí no próximo sábado. Acontece que exactamente nesse dia o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei, que esta terça-feira usou as redes sociais para chamar Lula de dinossauro idiota, e outros destacados nomes da extrema-direita da América do Sul fazem na cidade vizinha, Balneário Camboriú, uma cimeira internacional de ultraconservadores.
A avaliação feita por Lula e pela sua equipa de segurança e que levou ao cancelamento da visita foi de que o risco de ocorrerem incidentes com os extremistas de direita era muito elevado. Até porque para se chegar a Balneário Camboriú tem de se desembarcar no Aeroporto Internacional dos Navegantes, que fica em Itajaí, onde o presidente brasileiro estaria.
O cancelamento das visitas a três estados do país provocou surpresa e muito constrangimento, por evidenciar que o outrora destemido Lula da Silva está mais receoso hoje, aos 78 anos, do que sempre se mostrou. E, por outro lado, revela uma incompreensível incapacidade da segurança presidencial, formada por militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e do GSI, Gabinete de Segurança Institucional, em garantirem a segurança do chefe de Estado em partes do território nacional.
Correio da Manhã
Fontes em Brasília avançaram que Lula que atravessa uma fase de críticas e baixa popularidade.
Numa situação inusitada para um chefe de Estado, Lula da Silva, que estava a fazer um périplo por várias regiões do Brasil a inaugurar obras e fortalecendo a candidatura de aliados que disputam cargos nas eleições autárquicas de Outubro, cancelou a visita a três estados onde a maioria dos eleitores são seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro e regressou inesperadamente na noite desta terça-feira de Salvador, capital da Bahia, onde participou em várias cerimónias, a Brasília. A assessoria presidencial não confirma, mas fontes em Brasília avançaram que Lula, que atravessa uma fase de críticas e baixa popularidade, temia ser alvo de hostilidades e que a sua própria segurança receava que ele fosse vítima de algum tipo de ataque.
Lula deveria estar esta quarta-feira, 3 de Julho, em Rondonópolis, segunda cidade mais importante do estado do Mato Grosso, onde faria o anúncio oficial do maior financiamento da história à Agricultura. O estado de Mato Grosso é o berço do agronegócio brasileiro, o setor da actividade económica mais hostil a Lula, e em 2022, nas presidenciais de então, Jair Bolsonaro obteve uma vitória retumbante na região.
Quinta-feira, 4 de Julho, Lula tinha previsto estar em Goiânia, capital do estado de Goiás, outro expoente do agronegócio, onde iria inaugurar um novo instituto federal de educação. A cerimónia, aguardada ansiosamente por diversos candidatos aliados de Lula, foi cancelada no último momento para evitar riscos ao presidente.
O terceiro estado que teve a visita presidencial cancelada é Santa Catarina, o estado brasileiro mais à direita, onde Lula ia inaugurar obras no importante porto de Itajaí no próximo sábado. Acontece que exactamente nesse dia o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei, que esta terça-feira usou as redes sociais para chamar Lula de dinossauro idiota, e outros destacados nomes da extrema-direita da América do Sul fazem na cidade vizinha, Balneário Camboriú, uma cimeira internacional de ultraconservadores.
A avaliação feita por Lula e pela sua equipa de segurança e que levou ao cancelamento da visita foi de que o risco de ocorrerem incidentes com os extremistas de direita era muito elevado. Até porque para se chegar a Balneário Camboriú tem de se desembarcar no Aeroporto Internacional dos Navegantes, que fica em Itajaí, onde o presidente brasileiro estaria.
O cancelamento das visitas a três estados do país provocou surpresa e muito constrangimento, por evidenciar que o outrora destemido Lula da Silva está mais receoso hoje, aos 78 anos, do que sempre se mostrou. E, por outro lado, revela uma incompreensível incapacidade da segurança presidencial, formada por militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e do GSI, Gabinete de Segurança Institucional, em garantirem a segurança do chefe de Estado em partes do território nacional.
Correio da Manhã