Matapitosboss
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Os médicos internos rejeitam "frontalmente" a proposta de lei que os obriga a permanecerem no Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante um período igual ao do internato e ameaçam formas de luta, como a greve, caso não haja um “diálogo construtivo”.
“Por injusta, ignominiosa, desnecessária e prejudicial ao SNS e aos doentes, os médicos internos rejeitam frontalmente o conteúdo da atual proposta de Lei”, refere um comunicado da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
Os jovens médicos apelam para que, antes de serem tomadas medidas que “têm o potencial de prejudicar o SNS e os doentes, elas sejam analisadas cuidadosamente com todas as partes envolvidas, particularmente com os sindicatos mas também com a Ordem dos Médicos”, através de um “diálogo construtivo entre todas as partes”.
“Os médicos internos manifestarão o seu desagrado com esta medida de múltiplos modos, nomeadamente por via eletrónica. Se se esgotarem todas as formas de diálogo”, os jovens especialistas dizem que vão encetar as “formas legais de luta”.
Essas formas de luta passam pela prestação diária de cuidados assistenciais, na recusa de horas extraordinárias e, em “caso extremo, numa greve prolongada que os sindicatos médicos possam vir a decretar”.
A decisão foi tomada na quinta-feira na reunião de médicos internos realizada na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, em que estiveram cerca de 500 jovens especialistas.
Durante a reunião foi “amplamente discutida a proposta de lei que pretende estabelecer o período mínimo durante o qual os médicos internos que obtenham formação específica nos estabelecimentos do SNS devem continuar a exercer funções no SNS”, adianta o comunicado.
Os médicos consideram que é “dever e obrigação do Estado formar especialistas com qualidade, pois sem eles não existe sistema de Saúde”, e justificam o seu salário com “o seu trabalho, que é essencial ao bom funcionamento das instituições de Saúde”.
“Sem os médicos internos, os serviços de Saúde, nomeadamente os laboratórios e as urgências, paralisariam”, afirma-se no comunicado, acrescentando: “O Estado paga o trabalho, barato, e não a formação dos médicos internos, pelo que não lhes faz nenhum favor. Na verdade, a formação de especialistas fica completamente gratuita ao Estado”.
Os especialistas afirmam que querem ficar a trabalhar no SNS, mas o “Governo é que lhes está a criar incompreensíveis dificuldades”, lembrando que há médicos a receber 1.100 euros por mês, líquidos, e a deslocarem-se a grandes distâncias, razão pela qual estão a abandonar o SNS.
“O Governo está a importar médicos sem formação específica e neste momento há especialistas portugueses, nomeadamente de medicina geral e familiar, a tratar da documentação necessária para a emigração ou a sair para o sector privado, o que é um contrassenso”, sustentam.
Para os médicos, obrigarem alguns jovens especialistas a permanecerem “compulsivamente no SNS, sem as devidas contra-partidas e desrespeitando as suas legítimas aspirações, ao mesmo tempo que outros são obrigados a sair por ausência de contratação, é criar conflitualidade desnecessária e não resolve o problema”.
Fonte: Diário Digital
“Por injusta, ignominiosa, desnecessária e prejudicial ao SNS e aos doentes, os médicos internos rejeitam frontalmente o conteúdo da atual proposta de Lei”, refere um comunicado da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
Os jovens médicos apelam para que, antes de serem tomadas medidas que “têm o potencial de prejudicar o SNS e os doentes, elas sejam analisadas cuidadosamente com todas as partes envolvidas, particularmente com os sindicatos mas também com a Ordem dos Médicos”, através de um “diálogo construtivo entre todas as partes”.
“Os médicos internos manifestarão o seu desagrado com esta medida de múltiplos modos, nomeadamente por via eletrónica. Se se esgotarem todas as formas de diálogo”, os jovens especialistas dizem que vão encetar as “formas legais de luta”.
Essas formas de luta passam pela prestação diária de cuidados assistenciais, na recusa de horas extraordinárias e, em “caso extremo, numa greve prolongada que os sindicatos médicos possam vir a decretar”.
A decisão foi tomada na quinta-feira na reunião de médicos internos realizada na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, em que estiveram cerca de 500 jovens especialistas.
Durante a reunião foi “amplamente discutida a proposta de lei que pretende estabelecer o período mínimo durante o qual os médicos internos que obtenham formação específica nos estabelecimentos do SNS devem continuar a exercer funções no SNS”, adianta o comunicado.
Os médicos consideram que é “dever e obrigação do Estado formar especialistas com qualidade, pois sem eles não existe sistema de Saúde”, e justificam o seu salário com “o seu trabalho, que é essencial ao bom funcionamento das instituições de Saúde”.
“Sem os médicos internos, os serviços de Saúde, nomeadamente os laboratórios e as urgências, paralisariam”, afirma-se no comunicado, acrescentando: “O Estado paga o trabalho, barato, e não a formação dos médicos internos, pelo que não lhes faz nenhum favor. Na verdade, a formação de especialistas fica completamente gratuita ao Estado”.
Os especialistas afirmam que querem ficar a trabalhar no SNS, mas o “Governo é que lhes está a criar incompreensíveis dificuldades”, lembrando que há médicos a receber 1.100 euros por mês, líquidos, e a deslocarem-se a grandes distâncias, razão pela qual estão a abandonar o SNS.
“O Governo está a importar médicos sem formação específica e neste momento há especialistas portugueses, nomeadamente de medicina geral e familiar, a tratar da documentação necessária para a emigração ou a sair para o sector privado, o que é um contrassenso”, sustentam.
Para os médicos, obrigarem alguns jovens especialistas a permanecerem “compulsivamente no SNS, sem as devidas contra-partidas e desrespeitando as suas legítimas aspirações, ao mesmo tempo que outros são obrigados a sair por ausência de contratação, é criar conflitualidade desnecessária e não resolve o problema”.
Fonte: Diário Digital