Maioria das escolas tem negativa a matemática

[Feraida]

Mais de metade das escolas chumba nos exames da disciplina no 4º ano, 6º, 9º e 12º. Amatemática é a grande dor de cabeça dos alunos portugueses.
A matemática continua a ser o grande calcanhar-de-aquiles dos alunos portugueses e, se dúvidas havia, os resultados dos exames nacionais do ano passado vêm demonstrá-lo mais uma vez. A maioria das escolas tem negativa a esta disciplina em todos os graus de ensino em que há exame nacional, no fim de cada ciclo: no 4º, 6º, 9º e 12º ano.
Esta grande dor de cabeça que a matemática representa para muitos alunos em Portugal faz com que na altura de escolher o curso superior muitos optem por áreas que não eram uma escolha à partida , mas fazem-no porque não têm nota suficiente a matemática para seguir o curso que gostariam.
As negativas a matemática começam logo no 4º ano, onde mais de metade das escolas - cerca de 56%, o que equivale a 754 de um total de 1.347 - tiveram negativa na prova de matemática que encerra o 1º ciclo. A melhor escola nesta disciplina foi o Colégio N'Avózinha, de Lisboa, que conseguiu 4,5 de média (numa escala de 0 a 5), levando a exame apenas 12 alunos.
Mas o caso ainda piora à medida que a escolaridade avança e os conteúdos da disciplina se complicam. Aliás, no 6º ano é onde há mais percentagem de escolas no país com notas negativas no exame de matemática, que encerra o 2º ciclo, mais até que no 12º ano: 80%, que equivalem a 929 de um total de 1.166 escolas. A melhor nota foi no Externato O Mundo da Criança, em Torres Vedras, com 4,71 valores.
Nos exames do 9º ano que antecedem a entrada no secundário, são 70% as escolas com negativa a esta disciplina: 889 em 1.258. A melhor nota foi no Colégio Nossa Senhora da Paz, no Porto (4,5).
No ensino secundário o cenário repete-se, com 75% das escolas com menos de 10 de média nos exames de matemática, o que equivale a 452 escolas num total de 605.
Estes números significam que apenas 25% das escolas conseguiram média positiva no exame nacional de matemática no final do ensino secundário, com a média mais baixa a ficar abaixo dos dois valores, na Escola Portuguesa da Guiné-Bissau (1,4, numa escala até 20).
A nota mais alta foi obtida por um único aluno do Colégio Arautos do Evangelho, de Braga (17,6), curiosamente, muito acima da nota da disciplina dada pela escola: 13. A segunda melhor nota é do Colégio Valsassina, em Lisboa (15,4) e a terceira dos Salesianos do Estoril (15).
O que acontece na maior parte dos casos é um diferencial - que chega a ultrapassar os quatro valores - nesta disciplina, tal como em física e química, entre as médias internas de classificações internas da escola e as dos exames. Em física e química a média da nota das provas é de 9,19 valores quando a média interna é de 13,51. O diferencial é de 4,32 valores. No caso da matemática não anda muito longe: nas provas é de 9,2 e nas notas internas 13,45. A diferença fica nos 4,21 valores. Todos estes dados se baseiam na análise dos dados do MEC feita pela agência Lusa.

In:Económico

Obs: Será que somos todos burros? com vencedores de troféus internacionais sobre Matemática??? Cheira-me que o grande problema está, além das famílias, neste binômio: relação Professor-Aluno e vice versa.

Feraida