Medo do pediatra

Luana

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Algumas crianças têm pavor ao médico e a consulta pode converter-se num pesadelo para os pais e para o profissional.



A consulta ao pediatra pode ser traumática para um bebé. A criança tem de ser despida, pesada, medida, sujeita a diversas provas. O frio ou o calor, as palpações, o contacto do estetoscópio, a observação da garganta...

Se, em vez de uma consulta de rotina, a criança vai ao pediatra porque se encontra doente, sente-se mal, tem febre, vomita... a consulta pode tornar-se num verdadeiro pesadelo.

O choro pode iniciar-se no momento em que a mãe começa a despir a criança e terminar somente quando termina a consulta e o bebé se encontra protegido nos braços da mãe.

É habitualmente entre os três e os seis meses que o bebé sinta as primeiras sensações de medo, como consequência de experiências desagradáveis.

A partir dos seis meses, a criança já conta com algumas memórias e já tem a capacidade de distinguir entre as pessoas que lhe são familiares e aquelas que lhe são estranhas e o médico é para ela também um estranho que lhe mete medo.

A sua bata branca é muito semelhante às que usam as enfermeiras que o vacinam e como tal, traz-lhe um rol de más recordações.


A humanização das consultas

Muito embora nem todas as crianças apresentem medo ao ir ao médico, porque vivem as suas experiências de forma distinta, não têm o mesmo nível de sensibilidade ou o mesmo limiar para a dor, a forma como os pais lhes transmitem a sua confiança e o seu apoio pode influenciar, em muito, o seu comportamento.

Para além disso, é muito diferente quando a criança vai a uma consulta a um Centro Hospitalar, a um Centro de Saúde ou ao consultório particular de um pediatra.

Os consultórios pediátricos particulares são hoje concebidos de forma a oferecer à criança a comodidade e o bem-estar que necessita.

Os espaços são adaptados ao universo infantil e não é raro encontrar as crianças, enquanto esperam pela sua vez, a brincarem com brinquedos ou jogos existentes no espaço criado para a sua utilização.

Têm também espaços próprios climatizados para que as mães possam proceder às mudas e às mudanças de roupa sem que as crianças possam sofrer alterações de temperatura. Muitos pediatras, devido à síndrome da bata-branca, não a utilizam na consulta.

Nos Centros de Saúde ou hospitais, as crianças, para além de não terem um espaço próprio para brincar, estão no meio de adultos que, muitas vezes, se incomodam com os seu choros ou brincadeiras, durante largos períodos de espera.

Nestes centros de atendimento estão geralmente confinadas ao colo dos pais, pois, muitas vezes, devido ao espaço disponível, nem no carrinho de passeio podem permanecer.

Depois de uma longa espera, as crianças quando chegam ao médico encontram-se saturadas e é natural que chorem sem que isso possa significar que têm medo do especialista.


Más experiências
Também as experiências com os senhores ou senhoras de bata-branca não são geralmente agradáveis. As vacinas estão no topo das más experiências visto, a estas, os mais pequenos não poderem fugir.

Outras crianças foram sujeitas a qualquer tipo de internamente e, mesmo que curto, foi sempre uma experiência dolorosa, quer pelo sofrimento em si, quer pelos exames a que foram sujeitas e pelo afastamento momentâneo da família e do seu ambiente familiar.

No entanto, não é necessário sequer que exista uma experiência anterior, como ter estado internada ou muito doente, para que esse medo apareça.


A angústia dos pais
A angústia e o medo dos pais provocados pela doença da criança é muitas vezes a principal causa para que as crianças tenham medo do clínico. A angústia transmite-se quando entre ambos - pais e filho - existe um vínculo muito forte.

O medo dos pais faz com que a criança interprete esses sentimentos e, também ela, sinta esse medo como se fosse seu.

Embora com o tempo a criança comece a diferenciar as suas próprias sensações, nos primeiros anos não consegue distinguir entre aquilo que a angústia e o que angústia os seus pais.

Por isso, os pais devem ter uma atitude positiva e não mostrar perante a criança as suas apreensões. Uma atitude confiante é tudo o que a criança necessita para que também ele confie no médico.


O pediatra - um amigo
Para que a criança possa confiar no pediatra como se ele fizesse parte da sua família, os pais não devem mudar constantemente de médico.

Ao manter o mesmo pediatra, a criança poderá mais facilmente criar laços de confiança e amizade.

Quando, em virtude de alguma doença mais grave, a criança associa a visita do médico com o sentir-se mal, é importante que os pais lhe expliquem que o pediatra não só faz com que a febre lhe passe depressa, mas que é um amigo que a ajuda a crescer.

As consultas de rotina são óptimas para que a criança possa estabelecer laços de amizade com o médico, porque nestas consultas, como a criança se encontra bem de saúde, o médico apenas analisará e avaliará o seu desenvolvimento, podendo muitas fazer testes que para a criança são novas brincadeiras. Como por exemplo, fazer torres, fazer desenhos...

Os pais, especialmente se a criança demonstra ter medo do pediatra, nunca devem ameaçá-la – como forma de castigo – dizendo-lhe, por exemplo "Se te portas mal, levo-te ao médico".





DESTAQUES

É habitualmente entre os três e os seis meses que o bebé sinta as primeiras sensações de medo, como consequência de experiências desagradáveis

Os consultórios pediátricos particulares são hoje concebidos de forma a oferecer à criança a comodidade e o bem-estar que necessita

As vacinas estão no topo das más experiências visto, a estas, os mais pequenos não poderem fugir

Uma atitude confiante é tudo o que a criança necessita para que também ele confie no médico





 
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