Megaconferência sobre inovação e energias renováveis

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Megaconferência entra no segundo dia

Prossegue esta terça-feira o debate de dois dias sobre inovação e energias renováveis. Hoje fala, entre outros, o economista Nicholas Stern.

Carlos Pimenta: «É preciso ser ousado»

Carlos Pimenta não tem dúvidas: há um novo paradigma para a energia. «Vamos passar de um modelo de gestão passivo para um modelo tipo internet», em que o consumidor é também produtor casando informática com inteligência distribuída. «Não serão só parques eólicos ou barragens» mas um mundo totalmente diferente. «A mudança será maior do que no sector das comunicações móveis», garante o director do CEEETA.

«Portugal atrasou-se no sector das energias renováveis» e para estar lado a lado com os restantes países é necessário um investimento muito grande. «Precisamos de ser ousados.»


DIA 15

Branson defende nuclear


«Portugal tem estabelecido os seus objectivos para travar as emissões de carbono, o que é corajoso e excitante», afirmou, esta segunda-feira à tarde, em Lisboa, Sir Richard Branson na conferência inovação e energias renováveis. No entanto, se os cientistas estiverem correctos quanto ao aquecimento global, «temos de nos movimentar rapidamente» para reduzir as emissões de carbono e encarar todas as possibilidades.

A energia nuclear pode ser um dos caminhos. Por isso, «temos de encorajar os países que podem produzir energia nuclear a fazê-lo», defendeu Branson. Para o patrão da Virgin, o maior problema é o tempo que uma central nuclear leva a construir.

Quanto ao problema dos resíduos, «este é negligenciável, quando comparado com os benefícios em termos de redução de dióxido de carbono.»

Richard Branson:
«Os grandes países têm grandes responsabilidades»


O multimilionário britânico admite que não se deve ter vergonha de fazer dinheiro ao mesmo tempo que se resolvem questões importantes, como os problemas ambientais. Durante o seu discurso, o empresário relembrou as palavras centenárias do presidente Roosvelt: «os grandes países têm grandes responsabilidades». Branson apelou às empresas para fazerem investimentos dramáticos no sector ambiental, afirmando que para haver um bom plano de negócios, há que ter a certeza de que vai fazer a diferença.

Na sua intervenção, Branson contou o percurso da marca que criou e o momento em que se deparou com a ideia de que a terra tem a capacidade de eliminar os seus problemas, «que neste momento somos nós».

Manuel Pinho:
Aposta na inovação, energia e ambiente


Os países com mais hipóteses de sucesso são aqueles que investirem na inovação, energia e ambiente, afirmou o ministro da Economia, Manuel Pinho. No discurso de abertura da conferência, o ministro garantiu que Portugal está entre os cinco países mais avançados em matéria de energias renováveis.

Pinto Balsemão:
«Acção imediata» precisa-se


O presidente do grupo Impresa aproveitou para relembrar que as alterações climáticas colocam em risco as estruturas sociais, económicas e políticas. Francisco Pinto Balsemão apelou à acção imediata para travar o problema, afim de evitar cenários extremos, como a fome, a violência ou a emigração sem controlo: «são cenários plausíveis», garante.

Salsa lança jeans reciclados:

Quanto tempo duram as calças de ganga? Toda a gente sabe que têm uma grande durabilidade. Na verdade, comprá-las é mais uma questão de vaidade do que necessidade. A pensar nisso, a Salsa vai lançar uma linha de calças recicladas, anunciou hoje Filipe Vilanova, o presidente do grupo, na conferência Inovação e Energias Renováveis.

«Em Julho, fizemos um teste nas nossas lojas. Recebíamos jeans usados na compra de uns novos, em troca de 10 euros», explicou Vilanova. «Sabem quantas calças lá tenho? Contentores delas. Algumas que nunca foram usadas.»

Segundo o empresário, o projecto vai estar em funcionamento brevemente no país e garante que as calças vão ser únicas. A empresa junta assim a uma estratégia inovadora, a causa ambiental.



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