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A administração de quimioterapia citostática provoca nos doentes diversos efeitos adversos.
A administração de quimioterapia citostática provoca nos doentes diversos efeitos adversos. Entre estes, a neutropenia é o que pode trazer maiores complicações, principalmente a interrupção e/ou adiamento dos ciclos de quimioterapia. As novas opções farmacológicas para o tratamento da neutropenia foram apresentadas durante a 12ª Conferência Europeia sobre Cancro.
“Metade dos doentes com cancro que recebem quimioterapia citostática estão em risco de neutropenia e de infecção”, revelou Robert Leonard, oncologista no Singleton Hospital no País de Gales, durante a 12ª Conferência Europeia sobre Cancro, que decorreu em Copenhaga, Dinamarca.
Já a Sociedade Europeia de Oncologia Médica calcula que entre 25 e 57 por cento de todos os doentes que recebem o primeiro tratamento de quimioterapia desenvolvem neutropenia.
Esta doença caracteriza-se pela redução dos níveis dos neutrófilos, um tipo específico de glóbulos brancos. Quando o número de neutrófilos em circulação diminui abaixo dos valores normais, o sistema imunitário fica fragilizado, tornando-se o organismo vulnerável a infecções. No processo de quimioterapia, os fármacos administrados não conseguem distinguir as células cancerígenas dos neutrófilos, aumentando assim o risco de infecção ao promoverem a sua destruição.
De acordo com Robert Leonard, “a neutropenia, apesar das complicações que acarreta, ainda é uma situação sub-diagnosticada e sub-tratada”. Dados recentes apresentados durante a conferência indicam que apenas 10 por cento dos doentes tratados com quimioterapia recebem tratamento protector contra a neutropenia.
Por outro lado, surge muitas vezes o risco de neutropenia febril. Trata-se de uma condição na qual a febre se associa à redução dos níveis dos neutrófilos. Estima-se que 10 por cento dos casos de neutropenia febril resultam na morte do doente.
O tratamento específico para a neutropenia e suas consequências baseia-se no recurso a factores de crescimento. Nesta classe farmacológica destacava-se até agora o filgrastim, cuja dose diária, determinada consoante o peso do doente, permitia o aumento da produção de glóbulos brancos e evitava a necessidade de redução da dose de quimioterapia ou até mesmo a interrupção do tratamento. Actualmente, o desenvolvimento do pegfilgrastim vem permitir ao doente receber apenas uma dose fixa por cada ciclo de quimioterapia, mantendo pelo menos a mesma eficácia.
Na opinião de Robert Leonard, “a dosagem fixa traz maiores benefícios, tanto para o doente, como para o especialista, já que evita também erros de dosagem”. E acrescenta: “o pegfilgrastim reduz a preocupação da adesão à terapêutica, simplificando o controlo da doença”.
A forma peguilada do filgrastim torna a eliminação renal praticamente desprezível, permitindo que, através de um mecanismo de auto-regulação mediado pelos próprios neutrófilos, permaneça no organismo por um período mais alargado, enquanto o número de neutrófilos assim o exigir. Os especialistas salientam também que o fármaco é igualmente seguro e bem tolerado.
sp.
A administração de quimioterapia citostática provoca nos doentes diversos efeitos adversos. Entre estes, a neutropenia é o que pode trazer maiores complicações, principalmente a interrupção e/ou adiamento dos ciclos de quimioterapia. As novas opções farmacológicas para o tratamento da neutropenia foram apresentadas durante a 12ª Conferência Europeia sobre Cancro.
“Metade dos doentes com cancro que recebem quimioterapia citostática estão em risco de neutropenia e de infecção”, revelou Robert Leonard, oncologista no Singleton Hospital no País de Gales, durante a 12ª Conferência Europeia sobre Cancro, que decorreu em Copenhaga, Dinamarca.
Já a Sociedade Europeia de Oncologia Médica calcula que entre 25 e 57 por cento de todos os doentes que recebem o primeiro tratamento de quimioterapia desenvolvem neutropenia.
Esta doença caracteriza-se pela redução dos níveis dos neutrófilos, um tipo específico de glóbulos brancos. Quando o número de neutrófilos em circulação diminui abaixo dos valores normais, o sistema imunitário fica fragilizado, tornando-se o organismo vulnerável a infecções. No processo de quimioterapia, os fármacos administrados não conseguem distinguir as células cancerígenas dos neutrófilos, aumentando assim o risco de infecção ao promoverem a sua destruição.
De acordo com Robert Leonard, “a neutropenia, apesar das complicações que acarreta, ainda é uma situação sub-diagnosticada e sub-tratada”. Dados recentes apresentados durante a conferência indicam que apenas 10 por cento dos doentes tratados com quimioterapia recebem tratamento protector contra a neutropenia.
Por outro lado, surge muitas vezes o risco de neutropenia febril. Trata-se de uma condição na qual a febre se associa à redução dos níveis dos neutrófilos. Estima-se que 10 por cento dos casos de neutropenia febril resultam na morte do doente.
O tratamento específico para a neutropenia e suas consequências baseia-se no recurso a factores de crescimento. Nesta classe farmacológica destacava-se até agora o filgrastim, cuja dose diária, determinada consoante o peso do doente, permitia o aumento da produção de glóbulos brancos e evitava a necessidade de redução da dose de quimioterapia ou até mesmo a interrupção do tratamento. Actualmente, o desenvolvimento do pegfilgrastim vem permitir ao doente receber apenas uma dose fixa por cada ciclo de quimioterapia, mantendo pelo menos a mesma eficácia.
Na opinião de Robert Leonard, “a dosagem fixa traz maiores benefícios, tanto para o doente, como para o especialista, já que evita também erros de dosagem”. E acrescenta: “o pegfilgrastim reduz a preocupação da adesão à terapêutica, simplificando o controlo da doença”.
A forma peguilada do filgrastim torna a eliminação renal praticamente desprezível, permitindo que, através de um mecanismo de auto-regulação mediado pelos próprios neutrófilos, permaneça no organismo por um período mais alargado, enquanto o número de neutrófilos assim o exigir. Os especialistas salientam também que o fármaco é igualmente seguro e bem tolerado.
sp.