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migraçao dos peixes

nita_vsc

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MIGRAÇÕES

As migrações anuais de aves das regiões frias para as regiões quentes são bem conhecidas, não só porque os bandos se vêem facilmente mas também porque voam por cima de nós. Menos conhecidas são as grandes viagens feitas pelos peixes, porque em geral menos visíveis. Os peixes emigram pelas mesmas razões que os outros animais: encontrar zonas de reprodução, procurar sazonalmente reservas de alimento, ou (em adultos) perseguir o seu alimento preferido. Estas viagens podem ser diárias, por estação do ano ou apenas uma vez na vida. As distâncias percorridas variam desde uma viagem vertical de um dia, de um milhar de metros, a uma viagem única na vida, de cerca de 6000 quilómetros. Apenas conhecemos estas.
Os atuns vivem em cardumes que se deslocam seguindo os movimentos sazonais dos peixes de que se alimentam. As cavalas, seus parentes menores, vivem no Inverno no mar alto, no Norte do Atlântico, onde a água está levemente quente, e deslocam-se para perto das costas europeias, na Primavera e Verão, procurando águas de pouca profundidade, mais quentes porque aquecem mais rapidamente do que as águas mais profundas. É aqui que se reproduzem.

Os peixes das águas doces também migram. As distâncias podem ser tão pequenas como as dos movimentos anuais entre os lagos árcticos e os afluentes dos rios onde os peixes vão reproduzir-se ou tão extensas como a viagem de 2,7 quilómetros por dia que o peixe-espátula empreende no Mississipi para encontrar o seu local de reprodução.

Para alguns peixes, a migração significa mudança traumática do mar para a água doce. Peixes como o salmão, que deixam o mar para desovar na água doce, são chamados "anadrómicos". A enguia, que proporciona o exemplo de uma viagem inversa, é um peixe catadrómito.

Viagem da enguia


Nas noites húmidas, as enguias serpenteiam a água, por cima da terra, para procurar rios que conduzam ao mar. Neste, nadam cerca de 6400 quilómetros até ao Mar dos Sargaços, onde desovam. Os ovos eclodem e os pais morrem. Os filhos, nada parecidos com os pais, partem para uma viagem de três anos de regresso à Europa. Nas águas costeiras metamorfoseiam-se em pequenas versões dos pais. Sobem os rios, saltando por cima de obstáculos que se

lhes deparem, e alcançam as águas calmas onde crescem até estarem prontos para fazerem a grande viagem para reproduzir-se e morrer.
 
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