Moisés: Maré baixa e vento muito forte podem ter sido o verdadeiro milagre

Feraida

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Na fuga para a Terra Prometida, Moisés conduziu o povo por um caminho seco aberto no mar Vermelho. O cinema já pegou nisto à letra, mas Ridley Scott preferiu uma piscadela de olho à ciência. Pode é ter sido ao lado
No texto sagrado, Moisés ergue a mão frente ao mar, um vento levanta-se, soprando durante toda a noite, e abre um percurso seco por entre as águas. É o caminho da fuga, rumo à Terra Prometida, uma das epopeias mais míticas do povo hebreu. No seu encalço, os egípcios já não chegam a tempo e afogam-se quando as águas retomam o leito.
É assim que o livro bíblico do Êxodo conta a história e o cinema seguiu-a sempre de perto, no clássico de Cecil B. DeMille Os Dez Mandamentos, de 1956, e no filme da animação O Príncipe do Egito, de 1998. Mas Ridley Scott, no seu Exodus: Deuses e Reis, agora estreado em Portugal, toma outro rumo e pisca um olho à ciência.
No épico contemporâneo, as águas separam-se, mas há uma causa não milagrosa. Ridley Scott quis evitar esse recurso e, assim, incluiu no filme uma erupção vulcânica em Santorini, que desencadeia um terramoto e este, por sua vez, gera um tsunami e faz recuar o mar. Para grande infelicidade das tropas do faraó, devolve-o depois com uma força redobrada. A solução é engenhosa e pode agradar ao público mais racionalista do terceiro milénio, mas será que funciona?

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