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Roter.Teufel

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Monitores de glicose comuns podem criar distúrbios alimentares em pessoas sem diabetes

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Investigadores referem que existe falta de provas que apoiem a utilização destes dispositivos em pessoas sem doença.

Uma revisão de estudos realizada por investigadores da University College London (UCL) e do Birmingham Children's Hospital, no Reino Unido, alerta para o facto de aparelhos conhecidos como monitores contínuos de glicose (MCG), que permitem analisar em tempo real as variações dos níveis de açúcar no sangue e são facilmente encontrados na internet, poderem estar a potenciar o desenvolvimento de ansiedade ou distúrbios alimentares.

Estas medições são realizadas através de sensores no braço ou na barriga que avaliam o tecido intersticial, e partilhadas numa aplicação para smartphone onde ficam registadas grandes flutuações de glicose, as hipoglicemias ou hiperglicemias, com envio de alarmes para que as situações possam ser resolvidas.

No entanto, os investigadores referem que existe falta de provas que apoiem a utilização destes dispositivos em pessoas sem diabetes. Adrian Brown, um dos autores do estudo, refere que existem "boas evidências" de que estes dispositivos "transformam a vida das pessoas com diabetes tipo 1" e têm "bons efeitos para as pessoas com diabetes de tipo 2 em terapia com insulina". Contudo, para quem não tem diabetes, os dados não são os mesmos e as provas são "limitadas", afirma Brown.

O especialista explica que, após as refeições, é normal que pessoas sem diabetes tenham níveis de glicemia mais elevados durante um tempo, mas esses valores voltam, geralmente, ao normal de uma a duas horas depois.

"Uma pessoa que não vive com diabetes tem uma glicemia normal que varia entre 3,8 e 7,8", diz Brown, em declarações ao Daily Mail. "No entanto, o monitor pode apresentar leituras entre 2,6 e 9,4, mostrando assim uma potencial glicemia baixa ou alta, apesar de a pessoa ter uma glicemia normal". Isto, de acordo com Brown, "pode fazer com que as pessoas vejam resultados que são, de facto, leituras normais de glicemia e alterem as suas dietas em conformidade", acrescenta.

Correio da Manhã
 
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