Sei que o Rodrigo Menezes sofria de Epilepsia há muitos anos, e foi a causa da sua morte...uma vez vi numa noticia que ele foi de urgência para o hospital com uma crise forte. Coloquei aqui este texto para se fazer uma reflexão de como é grave esta doença.
Epilepsia
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Epilepsia
Classificação e recursos externos
CID-10 G40-G41
CID-9 345
DiseasesDB 4366
MedlinePlus 000694
eMedicine neuro/415
Star of life caution.svg Aviso médico
Epilepsia (do verbo grego ἐπιλαμβάνειν: tomar, capturar, possuir)1 é um grupo de transtornos neurológicos de longa duração caracterizados por ataques epilépticos.2 Estes ataques são episódios de duração e intensidade variável, desde os de curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa.3 Em epilepsia, os ataques tendem a ser recorrentes e a não ter uma causa subjacente definida,2 enquanto que os ataques que ocorrem devido a uma causa específica não são considerados representativos da epilepsia.4
Na maior parte dos casos de epilepsia desconhece-se a origem da doença, embora algumas pessoas desenvolvam epilepsia posteriormente a lesões cerebrais, AVC, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo, entre outros. Os ataques epilépticos são o resultado de atividade excessiva e anormal das células nervosas do córtex cerebral.4 O diagnóstico geralmente pressupõe excluir outras condições que possam provocar sintomas semelhantes (como a síncope) e perceber se existem quaisquer causas imediatas. A epilepsia é muitas vezes confirmada através de um eletroencefalograma (EEG).
A epilepsia não tem cura, embora os ataques possam ser controlados com medicação em cerca de 70% dos casos.5 Em pessoas cujos ataques não respondem à medicação, pode-se considerar cirurgia, neuroestimulação ou alterações na dieta. Nem todos os casos de epilepsia se prolongam durante toda a vida e há um número significativo de pessoas que melhoram até ao ponto de já não ser necessária qualquer medicação.
Cerca de 1% da população mundial (65 milhões de pessoas) tem epilepsia.6 Aproximadamente 80% dos casos ocorrem em países em vias de desenvolvimento.3 A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança.7 8 Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos,9 enquanto que em países em vias de desenvolvimento é mais frequente em crianças mais velhas e jovens adultos.10 Entre 5 e 10% de todas as pessoas terão um ataque sem causa definida até aos 80 anos de idade,11 sendo a probabilidade de sofrer um segundo ataque entre 40 e 50%.12 Em diversas partes do mundo, é restrita ou vedada a autorização de condução a pessoas com epilepsia,13 embora muitas possam voltar a conduzir após determinado período sem ataques.
Índice [esconder]
1 Características
1.1 Convulsão
2 Classificação
3 Sinais e sintomas
4 Causas
4.1 Epilepsia secundária ou sintomática
4.2 Epilepsia piridoxina-dependente
4.3 Desencadeamento de crises
5 Tratamento
5.1 Tratamento farmacológico
5.2 Outros tratamentos
6 Prognóstico
7 Crise epiléptica
7.1 Crises generalizadas
7.2 Crises parciais
8 Epidemiologia
9 Campanha internacional da OMS
10 Imputabilidade
11 Epilepsia ou "disritmia cerebral paroxística"?
12 Referências
13 Ligações externas
Características[editar | editar código-fonte]
Cerca de 50 milhões14 de pessoas no mundo sofrem de epilepsia, e quase 90% delas ocorrem em países em desenvolvimento.15 A epilepsia se torna mais comum com a idade.16 17 O início de novos casos ocorrem na maioria das vezes em crianças e idosos.18 Como consequência de uma cirurgia cerebral, crises epilépticas podem ocorrer em pacientes em recuperação.
A epilepsia possui tratamento, mas não é curada com a medicação. Contudo, cerca de 30% das pessoas com epilepsia não têm o controle das crises mesmo com os melhores medicamentos disponíveis. Cirurgia pode ser considerada em casos em que medicação não seja eficiente ou os efeitos colaterais sejam muito incômodos.19 20 Não deve ser entendida como uma doença única.
Convulsão[editar | editar código-fonte]
Uma só convulsão não significa epilepsia, cerca de 10% da população tem pelo menos um episódio de convulsão durante a vida. É necessário pelo menos dois episódios de convulsão não provocada por outras causas, além de outros sintomas, antes de poder diagnosticar uma epilepsia.21
Classificação[editar | editar código-fonte]
Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 50% a 60% dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". As crises também podem ser classificadas como focais (ou parciais), quando as crises epilépticas são originárias de uma área específica do cérebro, ou generalizadas, quando as crises epilépticas são originárias a partir dos dois lados do cérebro, em geral de forma sincronizada e simétrica.22 23 24
Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]
As características das convulsões variam dependendo da área do cérebro na qual o distúrbio começa e como se propaga. Sintomas temporários podem ocorrer, tais como21 :
Esquecimento súbito;
Desmaios;
Distúrbios do movimento
Distúrbios de sensações (incluindo visão, audição e paladar)
Distúrbios de humor (como depressão e ansiedade)
Distúrbios de função cognitiva.
É também comum que os episódios de convulsões resultem em ferimentos e dificuldades de socialização.21
Causas[editar | editar código-fonte]
Em 60% a causa é desconhecida, mas algumas doenças neurológicas como Síndrome de Rasmussen podem causar epilepsia (foto).
Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes se comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.
Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise.
Epilepsia secundária ou sintomática[editar | editar código-fonte]
Dentre as causas para epilepsias com causas conhecidas estão25 :
Danos cerebrais de uma lesão pré-natal ou perinatal (asfixia ou trauma durante o parto, baixo peso ao nascer);
Defeitos congênitos ou doenças genéticas associadas a malformações cerebrais;
Ferimentos graves na cabeça;
Acidente vascular cerebral, privando o cérebro de oxigênio;
Infecções cerebrais, tais como meningite e encefalite e neurocisticercose;
Algumas síndromes genéticas;
Tumores cerebrais.
Embora possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por traumatismo provocado por acidente físico, num tumor, numa infecção, no parasita cisticerco, num parto com complicações, meningite, embora em menor frequência pode ser genético,26 27 significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas de suas possíveis causas, como a infecção e a meningite, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose, que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium (transmitida através da ingestão de ovos da tênia por alimentos contaminados com as fezes do porco), é adquirida através da ingestão de alimentos contaminados, que costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular de que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.
Epilepsia piridoxina-dependente[editar | editar código-fonte]
Epilepsia piridoxina -dependente é uma condição rara que envolve convulsões desde que podem começar ainda nos primeiros meses de vida ou, em alguns casos, antes do nascimento. A doença foi identificada nos anos 1950, tendo sido descrita por Hunt et al. em 1954. 28 A causa mais provável é uma mutação dp gene ALDH7A1 (antiquitina). As pessoas afetadas geralmente sofrem ataques que duram vários minutos (estado de mal epiléptico). Esses ataques envolvem rigidez muscular, convulsões e perda de consciência (crises tônico-clônicas). Outras características da epilepsia piridoxina-dependente incluem baixa temperatura corporal (hipotermia), baixo tônus muscular (distonia) logo após o nascimento e irritabilidade antes de um episódio de convulsão. Em casos raros, as crianças com essa condição não têm convulsões até 1 a 3 anos de idade. Uma vez que é uma condição rara, o diagnóstico muitas vezes não é preciso, e anticonvulsivantes são normalmente administrados para controlar as convulsões, revelando-se ineficazes. O tratamento com grandes doses diárias de piridoxina (vitamina B6) é eficaz, porém, se diagnosticadas e não tratadas a tempo, as crianças podem vir a apresentar problemas neurológicos, tais como atraso do desenvolvimento, distúrbios de aprendizagem ou mesmo disfunção cerebral grave (encefalopatia). 29
Desencadeamento de crises[editar | editar código-fonte]
Alguns dos fatores que podem desencadear crises epilépticas:
Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar;
Mudanças de temperatura corporal;
Privação de sono;
Ingestão de álcool;
Febre;
Ansiedade;
Cansaço;
Intoxicação;
Verminoses (como a neurocisticercose).
Fatores de vulnerabilidade dependem das áreas do cérebro mais afetadas pela epilepsia. Algumas pessoas têm ataques quando veem televisão, jogam jogos no computador ou frequentam boates.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia