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GF Ouro
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O movimento antigovernamental tailandês retomou hoje os protestos para reclamar a demissão do Governo e a aprovação de reformas políticas antes das eleições de 2 de fevereiro.
Dezenas de manifestantes concentraram-se hoje em frente à sede da polícia tailandesa para reclamar uma investigação mais célere aos incidentes entre apoiantes e opositores do Governo que causaram cinco mortos a 30 de novembro. O protesto teve lugar depois de vários dias de calma em Banguecoque e depois de o líder do movimento da oposição, Suthep Thaugsuban, ter convocado, durante a noite, uma manifestação para domingo para pedir a demissão da primeira-ministra, Yingluck Shinatwatra, que recusa deixar o cargo antes de ser eleito um novo Governo. Suthep anunciou protestos para quinta e sexta-feira no centro de Banguecoque antes da manifestação de domingo, que terá lugar em frente à sede do executivo.
A oposição exige a formação de um "conselho popular" não eleito que reforme o sistema político antes das eleições, alegadamente para erradicar a corrupção e o que qualifica como um "regime de Thaksin". Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, governou a Tailândia entre 2001 e 2006, quando foi deposto por um golpe militar, e desde 2008 vive exilado no Dubai, mas, segundo os seus opositores, dirige o Governo a favor dos seus interesses. O Puea Thai, partido que está no poder depois de ter vencido as eleições de 2011 com maioria absoluta, é o principal favorito ao próximo ato eleitoral graças ao apoio da população rural do norte e nordeste do país que beneficiou das políticas populistas de Thaksin.
O Partido Democrata, preferido da elite de Banguecoque, vai decidir até sábado se participará nas eleições ou se as boicotará, como pedem os manifestantes que formam parte do seu eleitorado tradicional. Os "democratas" reelegeram na terça-feira como seu líder Abhisit Vejjajiva, que foi primeiro-ministro da Tailândia entre 2008 e 2011. Suthep foi vice-primeiro-ministro de Abhisit, mas abandonou o partido em novembro para liderar as manifestações. A Tailândia enfrenta uma grave crise política desde o golpe de 2006, registando frequentes manifestações.
dn