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Mulher aproveita melhor o sono do que homem, diz estudo
Ficar na cama falando sozinha enquanto o marido boceja e depois 'apaga' pode não ser sinal de desinteresse dele. Estudo inédito do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que avaliou as diferentes características do sono de homens e mulheres, mostrou que elas demoram mais tempo para conseguir dormir, cerca de 25 minutos. Em compensação, durante a noite elas passam mais horas em sono profundo e reparador, necessários para garantir o bom funcionamento do organismo.
O estudo foi feito com 2.365 pacientes. Os resultados foram obtidos após análise dos questionários aplicados e de exames de polissonografia realizados no Instituto do Sono, em São Paulo.
Os cientistas verificaram que os homens levam menos de 20 minutos para dormir depois que se deitam. Entretanto, ficam mais tempo nos estágios superficiais de sono e têm seu repouso prejudicado porque são muito afetados por distúrbios como o ronco e paradas respiratórias sucessivas (apnéias).
Segundo o diretor do Centro de Estudo de Distúrbios do Sono da Casa de Saúde São José, Barros Franco, apesar de mais agitadas e de levar mais tempo para dormir, as mulheres têm o sono mais profundo porque conseguem chegar melhor à fase REM, conhecida como 'sono total', período em que ocorre a maioria dos sonhos.
"Isso muda quando a mulher chega na fase pós-menopausa. Ela, então, passa a apresentar distúrbios do sono similares aos dos homens, por causa da dosagem do hormônio estrogênio no corpo, e acaba até roncando também" explica.
Pesadelos
Outra conclusão do estudo é que as mulheres relatam ter mais pesadelos e que os homens apresentam mais movimentos involuntários de pernas durante a noite. "É possível que a mulher sonhe mais, porque passa mais tempo na fase de sono profundo", avalia Franco.
"Eu sempre acordo com a sensação de estar bem disposta. Já o Renato fica mais cansado pela manhã. Por outro lado, tenho muito mais pesadelos e demoro para me deitar à noite", conta Janaina Sabino, 35 anos, mulher de Renato Carvalheira, 34.
Já na casa da família Cardoso, o sono é algo complicado: todos têm dificuldade para dormir. Segundo o pai, Antonio Washington Cardoso, a confusão de trocar o dia pela noite ocorre porque ele e sua mulher trabalham até meia-noite e só vão dormir às 4h da madrugada. As crianças acompanham a rotina do casal. "Nós sempre acordamos cansados", diz Washington.
Má alimentação e estresse
Em época de folia, quando dormir bem não é a principal preocupação dos brasileiros, especialistas dão dicas de como tentar melhorar a qualidade do sono. Segundo a neurologista do Hospital Israelita Albert Sabin Juliana Vilela, sono ruim está associado a dois problemas da modernidade: hábitos alimentares exagerados e o estresse da vida agitada nas grandes cidades.
Mas é possível tornar o ambiente mais agradável para ter um melhor sono. "O primeiro passo para uma boa noite de sono é fazer a chamada higiene do sono. O ideal é fazer do quarto um local exclusivo para dormir e o mais tranqüilo possível, sem televisão, sem computador e nem comer em cima da cama. O quarto não pode ser transformado em sala ou escritório. Também é importante ter uma alimentação leve antes de dormir, evitando alimentos estimulantes como chocolate e café", afirma.
Entre os distúrbios mais prevalentes na população brasileira estão a sonolência diurna excessiva, a apnéia, a insônia e os distúrbios de movimento.
O professor de neurologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, Alexandre Dolganov, explica que a apnéia do sono é problema respiratório muito comum nos idosos e obesos. Mais de 4% da população mundial é apnéica, assim como 25% dos idosos e 9% dos homens obesos.
O Dia -
Ficar na cama falando sozinha enquanto o marido boceja e depois 'apaga' pode não ser sinal de desinteresse dele. Estudo inédito do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que avaliou as diferentes características do sono de homens e mulheres, mostrou que elas demoram mais tempo para conseguir dormir, cerca de 25 minutos. Em compensação, durante a noite elas passam mais horas em sono profundo e reparador, necessários para garantir o bom funcionamento do organismo.
O estudo foi feito com 2.365 pacientes. Os resultados foram obtidos após análise dos questionários aplicados e de exames de polissonografia realizados no Instituto do Sono, em São Paulo.
Os cientistas verificaram que os homens levam menos de 20 minutos para dormir depois que se deitam. Entretanto, ficam mais tempo nos estágios superficiais de sono e têm seu repouso prejudicado porque são muito afetados por distúrbios como o ronco e paradas respiratórias sucessivas (apnéias).
Segundo o diretor do Centro de Estudo de Distúrbios do Sono da Casa de Saúde São José, Barros Franco, apesar de mais agitadas e de levar mais tempo para dormir, as mulheres têm o sono mais profundo porque conseguem chegar melhor à fase REM, conhecida como 'sono total', período em que ocorre a maioria dos sonhos.
"Isso muda quando a mulher chega na fase pós-menopausa. Ela, então, passa a apresentar distúrbios do sono similares aos dos homens, por causa da dosagem do hormônio estrogênio no corpo, e acaba até roncando também" explica.
Pesadelos
Outra conclusão do estudo é que as mulheres relatam ter mais pesadelos e que os homens apresentam mais movimentos involuntários de pernas durante a noite. "É possível que a mulher sonhe mais, porque passa mais tempo na fase de sono profundo", avalia Franco.
"Eu sempre acordo com a sensação de estar bem disposta. Já o Renato fica mais cansado pela manhã. Por outro lado, tenho muito mais pesadelos e demoro para me deitar à noite", conta Janaina Sabino, 35 anos, mulher de Renato Carvalheira, 34.
Já na casa da família Cardoso, o sono é algo complicado: todos têm dificuldade para dormir. Segundo o pai, Antonio Washington Cardoso, a confusão de trocar o dia pela noite ocorre porque ele e sua mulher trabalham até meia-noite e só vão dormir às 4h da madrugada. As crianças acompanham a rotina do casal. "Nós sempre acordamos cansados", diz Washington.
Má alimentação e estresse
Em época de folia, quando dormir bem não é a principal preocupação dos brasileiros, especialistas dão dicas de como tentar melhorar a qualidade do sono. Segundo a neurologista do Hospital Israelita Albert Sabin Juliana Vilela, sono ruim está associado a dois problemas da modernidade: hábitos alimentares exagerados e o estresse da vida agitada nas grandes cidades.
Mas é possível tornar o ambiente mais agradável para ter um melhor sono. "O primeiro passo para uma boa noite de sono é fazer a chamada higiene do sono. O ideal é fazer do quarto um local exclusivo para dormir e o mais tranqüilo possível, sem televisão, sem computador e nem comer em cima da cama. O quarto não pode ser transformado em sala ou escritório. Também é importante ter uma alimentação leve antes de dormir, evitando alimentos estimulantes como chocolate e café", afirma.
Entre os distúrbios mais prevalentes na população brasileira estão a sonolência diurna excessiva, a apnéia, a insônia e os distúrbios de movimento.
O professor de neurologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, Alexandre Dolganov, explica que a apnéia do sono é problema respiratório muito comum nos idosos e obesos. Mais de 4% da população mundial é apnéica, assim como 25% dos idosos e 9% dos homens obesos.
O Dia -