Era uma vez um arbusto, a crescer para árvore. Não era uma árvore de fruto.
Isso é que a desgostava, porque ela tinha um sonho: queria dar. Fossem cerejas, maçãs, laranjas, nozes, limões, fosse o que fosse. Esta arvorezinha tinha o gosto de dar prendas. Mas o quê, se não dispunha de prendas para oferecer?
Parou à beira dela uma vaca.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou leite — respondeu a vaca.
Depois, parou uma ovelha.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou lã — respondeu a ovelha.
Depois, parou um porquinho.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou tudo — respondeu o porco.
Não julguem que dizia isto com ar resignado e triste, a pensar na salgadeira. Dizia até com bastante orgulho. Os porcos sabem que são muito úteis.
— Só eu sou uma inútil — queixava-se a árvore.
A vaca, a ovelha e o porco, sentados a descansar, junto à árvore, não eram da mesma opinião.
— Tu dás imenso e sem regatear a todos os que por ti passam — disse um deles.
A árvore não queria acreditar:
— O que é que eu dou, coitadinha?
— Dás sombra — disseram os três animais, em coro — És fundamental.
Daí para diante, a arvorezinha cresceu mais feliz.
Isso é que a desgostava, porque ela tinha um sonho: queria dar. Fossem cerejas, maçãs, laranjas, nozes, limões, fosse o que fosse. Esta arvorezinha tinha o gosto de dar prendas. Mas o quê, se não dispunha de prendas para oferecer?
Parou à beira dela uma vaca.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou leite — respondeu a vaca.
Depois, parou uma ovelha.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou lã — respondeu a ovelha.
Depois, parou um porquinho.
— Tu, o que dás? — perguntou a árvore.
— Dou tudo — respondeu o porco.
Não julguem que dizia isto com ar resignado e triste, a pensar na salgadeira. Dizia até com bastante orgulho. Os porcos sabem que são muito úteis.
— Só eu sou uma inútil — queixava-se a árvore.
A vaca, a ovelha e o porco, sentados a descansar, junto à árvore, não eram da mesma opinião.
— Tu dás imenso e sem regatear a todos os que por ti passam — disse um deles.
A árvore não queria acreditar:
— O que é que eu dou, coitadinha?
— Dás sombra — disseram os três animais, em coro — És fundamental.
Daí para diante, a arvorezinha cresceu mais feliz.