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Níveis de cálcio da maçã caíram para metade nos últimos 80 anos

Satpa

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Níveis de cálcio da maçã caíram para metade nos últimos 80 anos


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Uma maçã comida há 80 anos pelos nossos avós tinha o dobro dos níveis de cálcio que o mesmo fruto comido hoje. E um bife comido por alguém em 1940 continha o dobro do ferro de um outro bife comido em 2002, neste caso devido à mudança da alimentação dos animais.

As conclusões são de uma pesquisa do Nutrition Security Institute, que analisou as mudanças nutritivas em alguns alimentos nos últimos 80 anos e foram anunciadas numa reunião do Omega Institute for Holistic Studies, em Hudson Valley, Nova Iorque.

A reunião contou com a presença de agricultores, educadores, pesquisadores e activistas e centrou-se na qualidade da comida, nutrição e agricultura – o vale do Hudson tornou-se um destino gastronómico devido às suas pequenas quintas e publicidade feita por chefes famosos.

Segundo Graeme Sait, um autor e educador na área da nutrição e agricultura na Austrália, a comida que hoje comemos oferece apenas 30% do alimento, comparada com a comida que os nossos avós comiam quando eram crianças.

Este foi o ponto de partida para um debate em que o escritor gastronómico Fran McManus, presente na reunião, explicou que o gosto das pessoas foi “capturado” pelos alimentos processados, através do sal, adoçantes e sabores artificiais. “A referência de uma pessoa em relação ao sabor – ou ao que a comida deve saber – é colocada numa parte inicial da vida. Se não ensinamos as nossas crianças a reconhecerem a qualidade, nunca lá chegaremos”, explicou.

O sabor não está apenas relacionado com a estética, de acordo com os produtores de fruta, mas é um reflexo de como a química da apanha de um fruto ou vegetal se interliga com as nossas necessidades biológicas. Um exemplo: um fruto é normalmente apanhado verde, para ser mais facilmente transportável, por isso nunca chega a todo o seu potencial ao nível do sabor.

“E o sabor está relacionado com a saúde”, explica Walter Goldstein, um produtor de milho fundador do Mandaamin Institute e que se dedica a desenvolver milho e trigo mais nutritivo. “Se os produtores e consumidores perderem a capacidade de saborear os seus vegetais, fruta ou cereais, e apenas se preocuparem com a sua aparência, irá ocorrer uma erosão de sabor. Esta perda de qualidade pode afectar a nossa saúde”, concluiu o agricultor.


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