Nariz 'aprende a identificar cheiro de perigo'

nita_vsc

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O medo pode aguçar o sentido do olfato em uma pessoa a ponto de que ela passe a associar rapidamente um odor que sentiu no passado a uma situação de perigo e a distinguí-lo de outros semelhantes, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos.


Os pesquisadores da Escola de Medicina Feinberg, da Universidade Northwestern, no Estado de Illinois, submeteram 12 jovens saudáveis a testes envolvendo dois odores muito similares enquanto registravam imagens de ressonância magnética de seus cérebros.

Primeiro, os participantes tiveram que cheirar o conteúdo de duas garrafas. O odor era quase idêntico, com uma variação química sutil. Eles não conseguiram discriminar os aromas.

Depois tiveram que cheirar o conteúdo de uma das garrafas novamente enquanto eram submetidos a uma situação de desconforto - a aplicação de um choque elétrico de baixa intensidade em sua perna. Logo eles aprenderam a distinguir este cheiro específico do outro, que era bastante similar.

Para Wen Li, coordenador do estudo, essa é uma habilidade resultante da evolução. "Isto nos ajuda a ter uma grande sensibilidade para detectar algo que é importante para nossa sobrevivência em um oceano de informações ambientais. Ela nos alerta de que (algo) é perigoso e que nós temos que prestar atenção a isso", disse a pesquisadora.

O estudo será publicado na revista Science.


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Olfato também pode indicar preferência sexual

A preferência de uma pessoa pelo cheiro do corpo de outra depende, em parte, do gênero e da orientação sexual de ambas, segundo dois estudos divulgados nesta segunda-feira que apontam bases biológicas para a homo e a heterossexualidade.

Estes estudos aparentemente dão mais argumentos aos que, no debate sobre a homossexualidade, sustentam que essa é uma característica biológica e não uma conduta escolhida, como afirmam aqueles que condenam a homossexualidade por razões morais e religiosas.

A revista Proceedings of the National Academy of Sciences publicou um estudo, dirigido por Ivanka Savic no Instituto Karolinska, em Estocolmo, sobre as reações de homens e mulheres heterossexuais e de homens homossexuais ao cheiro de hormônios sexuais masculinos e femininos.

Os hormônios conhecidos como ferormônio causam respostas como a defesa e o desejo sexual em muitos animais. Em 2000, pesquisadores americanos disseram que já tinham identificado o gene que comanda o receptor humano dos ferormônios no nariz.

Segundo o estudo, a exposição à testosterona, o hormônio sexual masculino, causou resposta nas partes do cérebro envolvidas na atividade sexual tanto nas mulheres heterossexuais quanto nos homens homossexuais, mas não nos homens heterossexuais. Quando todos os sujeitos do estudo foram expostos a cheiros como alfazema ou cedro, todos os cérebros reagiram somente nas regiões que controlam os cheiros.

Por sua vez, os neurocientistas Charles Wysocki e Yolanda Martins, do Centro Monell de Sentidos na Filadélfia (Pensilvânia), usaram para seu experimento amostras de suor tiradas de axilas de 24 doadores de diferentes gêneros e orientações sexuais. Depois, os pesquisadores pediram a 82 homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais, que indicassem suas preferências.

De acordo com o estudo, que será publicado por completo na edição de setembro da revista Psychological Science, os homens e as mulheres homossexuais mostraram preferências diferentes das dos homens e mulheres heterossexuais.

"Em particular, os homens homossexuais mostraram diferenças notáveis em relação a mulheres homossexuais e homens e mulheres heterossexuais em termos dos cheiros corporais que preferem e de como seus próprios cheiros são percebidos pelos outros grupos", segundo o estudo.

Os homens homossexuais manifestaram uma preferência pelo cheiro de homens homossexuais e mulheres heterossexuais. Mas o cheiro dos homens homossexuais foi o menos preferido pelos homens heterossexuais e mulheres (tanto heterossexuais quanto homossexuais). Em termos gerais, a preferência esteve relacionada à percepção sobre quão prazeroso ou desagradável poderia ser um cheiro, e não com a intensidade do mesmo, explicaram os pesquisadores.

"Temos que compreender como os mecanismos biológicos responsáveis pela produção do cheiro corporal diferem nestes grupos definidos por gênero e preferência sexual", disse Martins. Além disso, é necessário identificar os fatores que fazem com que os homens tenham uma percepção dos cheiros diferente da das mulheres e com que essas diferenças também existam entre homossexuais e heterossexuais, acrescentou.

EFE​
 
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