T
TIN
Visitante
Ordenaram-me que arranjasse um cd que anda a ser publicitado na TV. "As melhores canções infantis". Já nem me lembrava quem me tinha ordenado fazer tal coisa. Mas, quando arranjei as ditas canções, o mandante do meu crime sentou-se ao meu lado. Bastaram as primeiras notas da música do Dartacão.
Sentou-se ao meu lado um rapazinho pequeno. Rosto redondo como um queijo, cabelo castanho de cobre e o olhar mais assustado da Terra. Abriu um sorriso enorme quando ouviu a música do Dartacão. Aquele pequenito cão, que veio para a cidade grande. Que pagou a primeira espada com trabalho num ferreiro. Uma espada de lata que se dobrava toda, mas que carregava na sua ponta toda a honra daquele pequeno cachorrinho.
O rapazinho que ouvia a música comigo sorria. "Quero ser assim!" dizia ele. "Vou abrir a porta às donzelas! Vou estender a minha capa para elas passarem pelas poças de lama. Vou defender a minha honra! A dos meus amigos! Mesmo que seja com uma espada torta. Nem que pensem que vou perder. Nunca vou perder se tentar."
Foi a minha vez de sorrir. A música do Dartacão chegava ao fim. Passei a mão pelo cabelo ainda fraco do pequenito, beijei-o no couro cabeludo e voltei a guardá-lo dentro de mim...
Sentou-se ao meu lado um rapazinho pequeno. Rosto redondo como um queijo, cabelo castanho de cobre e o olhar mais assustado da Terra. Abriu um sorriso enorme quando ouviu a música do Dartacão. Aquele pequenito cão, que veio para a cidade grande. Que pagou a primeira espada com trabalho num ferreiro. Uma espada de lata que se dobrava toda, mas que carregava na sua ponta toda a honra daquele pequeno cachorrinho.
O rapazinho que ouvia a música comigo sorria. "Quero ser assim!" dizia ele. "Vou abrir a porta às donzelas! Vou estender a minha capa para elas passarem pelas poças de lama. Vou defender a minha honra! A dos meus amigos! Mesmo que seja com uma espada torta. Nem que pensem que vou perder. Nunca vou perder se tentar."
Foi a minha vez de sorrir. A música do Dartacão chegava ao fim. Passei a mão pelo cabelo ainda fraco do pequenito, beijei-o no couro cabeludo e voltei a guardá-lo dentro de mim...