Novo ciclo tectónico pode acordar vulcões

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Novo ciclo tectónico pode acordar vulcões

Vulcanismo. Não há vulcões activos em Portugal continental e só profundas mudanças nos processos tectónicos, que demorariam milhões de anos, podem desencadear novamente actividade no território, garantem os especialistas


Há muitos vestígios "perdidos" no Sul do território


Há cerca de 70 milhões de anos que não há actividade vulcânica em Portugal continental, mas o planeta pode estar a entrar num novo ciclo geológico, com a criação de uma zona de convergência (por subdução) a sudoeste da Península Ibérica, que levará ao reaparecimento de vulcanismo no território.

Não é razão para alarme: a hipótese faz parte do modelo defendido desde a década de 90 por António Ribeiro, antigo professor da Faculdade de Ciências de Lisboa, mas este é um modelo que "será sempre difícil de confirmar à escala humana", explica João Cabral, especialista em tectónica, uma vez que se tratam de processos que ocorrem à escala geológica, ou seja, em que o tempo se pensa em milhões de anos.

"As evidências que existem são escassas, podemos falar apenas de pistas", diz o professor da Faculdade de Ciências. Pistas como a actividade tectónica anómala a sul de Lisboa, no litoral alentejano e algarvio: "há uma concentração de actividade sísmica nessa área, o terramoto de 1755 pode ser encarado nesse contexto, por exemplo", diz João Cabral.

Por outro lado, "a idade antiga da crosta oceânica, que fica mais densa e tem tendência a mergulhar sob a continental", é outra pista para acreditar que pode surgir um processo de subdução no que hoje é a costa portuguesa. A aproximação da placa da Ibéria e da placa Africana também poderá favorecer este processo. Se a margem entre as placas ficar activa, isso favorecerá o reaparecimento de vulcanismo no território continental, explica o geólogo José Francisco Santos.

No continente, a actividade vulcânica mais recente registou-se no Complexo Vulcânico de Lisboa, que tem como sinal mais óbvio a Serra de Sintra, cujos 200 quilómetros quadrados se estendem da capital a Torres Vedras. "Muitos vestígios foram, ao longo dos anos, cobertos pelo casario", explica Victor Hugo Forjaz, director do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.

O mesmo acontece com outras manifestações que ocorreram no território nacional há centenas de milhões de anos: os vestígios de actividade surgem ainda noutras regiões, mas não é fácil detectá-los, assinala José Francisco, sobretudo para quem é leigo na matéria.

O geólogo assinala ainda a existência de um complexo vulcânico no Algarve. Associado à Serra de Monchique, este complexo teve derradeiros sinais de actividade há 72 ou 75 milhões de anos, sendo ainda observável uma chaminé vulcânica na Praia da Luz, perto de Lagos. Também na "Faixa Piritosa Ibérica, que abrange o Baixo Alentejo e continua para Espanha, o vulcanismo submarino teve forte expressão no início do período Carbónico (há 360 a 300 milhões de anos), levando à formação de jazigos minerais como a mina de Neves Corvo", exemplificou.

Um vulcão é declarado extinto se não teve manifestações exteriores de actividade nos últimos 10 mil anos "e quando os estudos científicos demonstram que debaixo dele não há magma que o possa alimentar", explicou Victor Forjaz. |


PATRÍCIA JESUS
Com Lusa/DN
 

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Aqui na Serra de Sintra existia um vulcão oxalá ele não acorde tb, mas com o movimento das placas divergentes muitos fenómenos irão acontecer tais como: Sismos, vulcões , tornados entre outras tempestades para as quais temos de nos precaver.. Deve se começar ja a pensar nisso pois estima-se que estará para breve um grande sismo na Região de Lisboa e garanto que isto não é so para assustar o pessoal mas sim a pura das verdades..

Abraço
 
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