Nuclear: Fischer assume estar contra e defende renováveis

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Nuclear: Fischer assume estar contra e defende renováveis


O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros alemão Joschka Fischer manifestou-se hoje contra a energia nuclear, «uma tecnologia muito arriscada se cair nas mãos erradas», e defendeu que o futuro passa pela aposta nas energias renováveis.

«Sou contra a energia nuclear e congratulo-me pelo facto de a Alemanha já estar a seguir no sentido das energias renováveis», declarou à agência Lusa o ex-ministro da diplomacia alemã à margem do «Green Festivel», a decorrer no Estoril até segunda-feira.
Sem solução à vista para os resíduos nucleares, Fischer considera que «a energia nuclear não é sustentável» e explica porquê.
«A minha experiência enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros diz-me que não acredito que precisemos de energia nuclear, é demasiado arriscado, é igualmente arriscado no âmbito das exportações ilegais e é uma tecnologia muito arriscada se cair nas mãos das pessoas erradas», sustentou.
A Alemanha tem ainda 17 centrais em actividade.
Sob Gerhard Schröder, sociais-democratas e verdes concluíram um acordo para o abandono do nuclear até 2020. No contrato de coligação assinado em 2005, os conservadores comprometeram-se a contragosto a não voltar atrás nesta decisão.


Mas a chanceler Angela Merkel já fez saber que nas legislativas de 2009, fará campanha por um adiamento do fecho destas centrais.
No seio da UE, a França é o país mais presente no nuclear, com 58 reactores em 18 centrais, que produzem cerca de 80 por cento de electricidade.
O Reino Unido aprovou em Janeiro a construção de uma nova geração de centrais por empresas privadas. Actualmente, 18 por cento da electricidade é produzida em dez centrais que datam dos anos 1960 e 1970.
A Itália renunciou ao nuclear por ocasião de um referendo em 1987, pouco depois da catástrofe de Tchernobyl, e fechou as suas quatro centrais, mas o governo de Sílvio Berlusconi afirmou querer renovar o nuclear. A Finlândia constrói o primeiro reactor de terceira geração do mundo. Dirigido por um consórcio formado pelo grupo francês Areva e o alemão Siemens, esta obra sofreu vários atrasos, devendo entrar ao serviço em 2011.


A Eslováquia teve de comprometer-se a fechar dois reactores de concepção soviética antes de ser integrada na UE. O primeiro foi fechado no final de 2006.
A Roménia pôs ao serviço dois reactores da sua central de Cernavoda. Outros dois estão previstos arrancar por volta de 2014-2015 e Bucareste já comunicou a sua intenção de construir uma segunda central, a fim de garantir a sua independência energética.
A Lituânia pretende construir até 2016 uma nova central nuclear para substituir a de Ignalina, de concepção soviética, condenada ao encerramento no final de 2009 por razões de segurança em virtude de um acordo entre a Lituânia e a União Europeia.
A Bulgária acaba de iniciar a construção da sua segunda central nuclear, em Béléné (Norte) depois de ter sido obrigada pela UE a fechar, no final de 2002 e final de 2006, quatro secções da central de Kozlodoui consideradas obsoletas.

Diário Digital / Lusa
 

maar3amt

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Tanta polémica em torno do nuclear e das renováveis.
Eu pessoalmente acho que as renováveis não chegaram para satisfazer as nossas necessidades futuramente, por isso penso que a extinção das energias nucleares estão completamente fora de questão, apesar de ter noção dos riscos e problemas ambientais que elas provocam.
 
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