Nutrição: Alimentar os anos

Luz Divina

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Nutrição: Alimentar os anos





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Com o passar dos anos, vão surgindo mudanças e são vários os factores que podem contribuir para a malnutrição no idoso, como a ingestão alimentar não adequada às necessidades, problemas digestivos, redução da percepção do sabor e odores, doenças, algumas situações relacionadas com a medicação e, ainda, o isolamento. O grau de risco de desnutrição pode justificar a toma de suplementos nutricionais orais, de modo a melhorar um bom estado nutricional e viver a idade com saúde.




A terceira idade nem sempre tem como consequência natural um enfraquecimento do estado de saúde. Há idosos que - como se diz popularmente – são “sãos como um pêro”.

Mas a verdade é que o passar dos anos traz consigo alterações fisiológicas importantes, mesmo quando não são acompanhadas de doença: as funções vitais abrandam, o metabolismo torna-se mais lento, os movimentos também, o consumo de energia diminui, e a capacidade de reacção e concentração igualmente.

Há ainda perda de massa muscular. Pelo que é importante observar os sinais de alerta da desnutrição. Um bom estado nutricional contribui para a manutenção do bom funcionamento de todas as funções vitais do organismo.


Á medida que se avança na terceira idade aumenta a probabilidade de desenvolver uma ou mais doenças, o que implica, com frequência, a toma de múltiplos medicamentos.

A ingestão de nutrientes depende do consumo alimentar e este é influenciado por alguns medicamentos que podem causar efeitos indesejáveis como náuseas ou vómitos, diminuição do apetite, secura da boca, alteração do cheiro ou sabor, alteração do balanço electrolítico e de fluidos.

Actualmente, sabe-se que podem acontecer alterações no paladar, que causem desinteresse pelos alimentos uma vez que não parecem ter o seu sabor original.

Também podem acontecer alterações na dentição – por perda de dentes ou incorrecta utilização das próteses dentários – que dificultem a mastigação.

Há ainda que levar em consideração factores de natureza social, relacionados, como por exemplo, com a viuvez.

Uma pessoa habituada a confeccionar refeições para o cônjuge e a partilhá-las pode sentir-se desmotivado a fazer compras e cozinhar para si própria.

É razão suficiente para desequilíbrios alimentares, quer porque não se come com a regularidade devida, quer porque não se ingerem os alimentos necessários.

Associada ao isolamento pode haver depressão que, por vezes, tem o mesmo efeito no que diz respeito ao comportamento alimentar e que pode, inclusivamente, conduzir ao consumo de álcool, mais um factor a agravar a perda de apetite.


O resultado é um progressivo agravamento do estado de desnutrição que, na prática, é uma causa e uma consequência da falta de saúde.

Há sinais desse estado: o índice de massa corporal, perda de peso involuntária nos últimos três a seis meses, que é muitas vezes denunciado através da roupa excessivamente larga, e a presença de alguma condição que reduza a ingestão alimentar (ex: alterações na cavidade oral, dificuldade de engolir).

Não são os únicos. São visíveis alterações musculares, cansaço, prostração e alterações na aparência da pele, que fica mais baça e pálida. As unhas e os cabelos tornam-se quebradiços e os olhos mais côncavos.

Em consequência deste défice nutricional, o sistema imunitário fica fragilizado e o idoso fica mais susceptível a desenvolver infecções. Pela mesma razão, demora a cicatrizar feridas, a recuperar doenças, tem maiores complicações pós-cirúrgicas e uma elevada susceptibilidade para sentir frio.

Há situações extremas que conduzem a internamento hospitalar. Sabe-se, aliás, que em Portugal metade dos idosos que chegam aos hospitais estão desnutridos, o que significa que o problema começou, de facto, em casa.

Aos idosos com risco de desnutrição aconselha-se a consulta médica ou nutricionista/dietista, tendo em vista o diagnóstico o mais precoce possível.

É, todavia, possível minimizar este risco, mediante a ingestão de suplementos de nutrição oral que aumentam o aporte de energia, proteínas e micronutrientes capazes de fortificar a alimentação corrente e ajudar a melhorar as necessidades nutricionais do indivíduo, caso a função gastrintestinal esteja conservada.

São, na maioria, formulados por macronutrientes, no entanto, alguns são nutricionalmente incompletos o que faz com que se destinem a complementar a alimentação e não a substituir por completo.


Os suplementos nutricionais orais destinam-se a ser utilizados sob supervisão médica/nutricional. Sendo produtos de saúde devem ser tomados por indicação de um profissional de saúde para uma melhor utilização e monitorização da melhoria do estado nutricional do idoso.

A presença de um profissional de saúde no circuito, nomeadamente o farmacêutico permitirá, ainda, garantir a utilização segura, correcta e efectiva da toma simultânea destes produtos com medicamentos.




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