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O Discurso do Rei' foi o grande vencedor, e 'Indomável', dos irmãos Coen, o maior derrotado da 83ª edição dos Óscares, atribuídos no domingo em Los Angeles, Califórnia.
A longa-metragem de produção britânica estava nomeada em 12 categorias, mas arrecadou apenas quatro prémios, só que foram os mais cobiçados da noite: melhor filme, realização, actor principal e argumento original.
Tom Hooper, inglês de 38 anos, pela primeira vez nomeado pela Academia, arrecadou o Óscar de melhor realizador e David Seidler o de melhor argumentista.
Colin Firth, que esteve nomeado em 2010 com Um Homem Singular, venceu agora no papel de George VI de Inglaterra, um monarca gago e tímido em O Discurso do Rei.
Se for avaliado apenas pelos números, A Origem, de Cristopher Nolan, também saiu vencedor, porque conquistou quatro Óscares. No entanto foram todos em categorias técnicas, incluindo melhor fotografia.
A Rede Social, de David Fincher, apontado por muitos críticos como o verdadeiro rival de O Discurso do Rei, levou para casa três Óscares: argumento adaptado, banda sonora original e montagem.
Sem surpresas, a actriz Natalie Portman foi premiada por Cisne Negro, enquanto Melissa Leo e Christian Bale foram distinguidos como atores secundários em The Fighter - O Último Round.
Melissa Leo protagonizou o momento politicamente incorrecto da noite quando deixou escapar a palavra «fuck» no discurso de agradecimento, tendo pedido depois desculpas na sala de imprensa.
Indomável, dos irmãos Ethan e Joel Coen, que somava dez nomeações, não arrecadou qualquer estatueta dourada.
O drama dinamarquês Num Mundo Melhor, de Susanne Bier, foi eleito o melhor filme em língua não inglesa e tem estreia assegurada em Portugal a 7 de Abril.
O Óscar de melhor documentário foi atribuído a Inside Job - A Verdade da Crise, de Charles Ferguson, sobre a crise financeira de 2008.
«Perdoem-me, mas tenho que começar por dizer que três anos depois da horrível crise financeira, causada por fraudes fiscais, nem um executivo financeiro foi detido, e isso está errado», disse o realizador.
Outro dos momentos sérios da cerimónia ficou por conta de David Seidler, argumentista de O Discurso do Rei, que sofreu de um problema de gaguez e passou por vários terapeutas, tal como a personagem do filme, o monarca George VI.
«Eu digo isto em nome de todos os gagos do mundo: nós temos uma voz», disse o argumentista, de 73 anos, no discurso de agradecimento.
Toy Story 3, de Lee Unkrich, dos estúdios Pixar, venceu como melhor filme de animação e melhor canção original, de Randy Newman, compositor vinte vezes nomeado para os Óscares e duas vezes premiado.
A edição foi conduzida pelos actores James Franco e Anne Hathaway e embora tenham mostrado empatia em palco, ela mais à vontade do que ele, no papel de anfitriões, nem sempre conseguiram segurar a cerimónia.
No caso de James Franco, foi quase mais interessante o que mostrou nos bastidores, através de pequenos vídeos divulgados no Twitter, do que aquilo que fez em palco.
Os melhores registos da noite aconteceram, por exemplo, com o actor Kirk Douglas que, apesar da dificuldade em falar, arrancou sonoras gargalhadas da audiência, especialmente nos elogios a Anne Hathaway, e com o comediante Billy Cristal, em tempos apresentador dos Óscares.
Celine Dion interpretou o tema Smile no momento de homenagem às figuras de Hollywood que morreram em 2010, enquanto a cantora norte-americana Lena Horne, falecida também no ano passado, teve direito a um tributo especial.
A cerimónia terminou com todos os vencedores em palco acompanhados por um grupo de crianças que interpretou Somewhere Over the Rainbow, tema do filme O Feiticeiro de Oz.
Lusa / SOL